Para o piscicultor que tem foco em espécies nativas brasileiras é importante saber como esses peixes se reproduzem para um melhor aproveitamento na produção e maior lucratividade.
Falando de peixes nativos podemos usar como exemplo o Pirarucu. Ele apresenta as melhores características zootécnicas: desenvolvimento, precocidade, rendimento de carcaça, qualidade da carne, amplo mercado consumidor interno e externo. Em contrapartida, atualmente a produção de alevinos se apresenta limitada por causa de tecnologia insuficiente para assegurar um processo em larga escala a preços economicamente viáveis.
A solução desse gargalo trará à piscicultura nacional um salto de desempenho, certamente nunca visto em nenhum outro segmento do agronegócio no Brasil.
A maioria dos peixes nativos, com importância econômica, são denominados reofílicos, ou seja, peixes que migram uma vez por ano para se reproduzirem.
Isso pode ser verificado nas bacias hidrográficas cujos peixes, às vezes, migram até mais de um estado da Federação dentro da mesma bacia. Como exemplo, temos o tambaqui, que normalmente pertence à Bacia amazônica e migra do amazonas ou Pará, rio acima, pelo rio Teles Pires até toda a metade do estado de Mato grosso.
A piraputanga, habitante apenas dos rios da bacia do Paraguai, pode viver muito bem nos rios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, fazendo sempre a migração rumo às cabeceiras dos afluentes do rio Paraguai.
Essas piracemas provocam nos peixes alterações fisiológicas e hormonais, que são induzidas por muitos estímulos ambientais, sendo que alguns já são estudados nas últimas décadas. Esses fenômenos acontecem conforme a época do ano, coincidindo com o período de verão.
Fortes e contínuas chuvas nessa época carregam nas correntezas dos rios mais águas e mais minerais das erosões, além de uma infinidade de micro-organismos que aumentam as riquezas naturais da água que influencia a produção. As condições naturais estimulam a produção dos hormônios, que provoca a produção dos óvulos cheios de vitelos (gema), iniciando a alimentação do embrião quando forem fecundados.
Para mais informações acesse: Como Iniciar Piscicultura com Espécies Regionais
Fonte: Sebrae.com.br