Relatório lançado pelo Sebrae Nacional apresenta os resultados do último estudo realizado pela instituição sobre a taxa de sobrevivência das empresas brasileiras com até 2 anos de atividade. O trabalho foi realizado pela segunda vez, a partir do processamento e da análise das bases de dados mais recentes disponibilizadas pela Secretaria da Receita Federal (SRF).
O estudo constatou que, tomando como referência as empresas brasileiras constituídas em 2007, e as informações sobre estas empresas disponíveis na SRF até 2010, a taxa de sobrevivência das empresas com até 2 anos de atividade foi de 75,6%. Essa taxa foi superior à taxa calculada para as empresas nascidas em 2006 (75,1%) e nascidas em 2005 (73,6%).
Como a taxa de mortalidade é complementar à da sobrevivência, pode-se dizer que a taxa de mortalidade de empresas com até 2 anos caiu de 26,4% (nascidas em 2005) para 24,9% (nascidas em 2006) e para 24,4% (nascidas em 2007).
Avaliação por setores de atividade
Em termos setoriais, para as empresas nascidas em 2007, verifica-se que a maior taxa de sobrevivência foi registrada nas empresas do setor industrial (79,9%), seguida pela taxa do comércio (77,7%), pela construção (72,5%) e pelo setor de serviços (72,2%).
O bom desempenho do setor industrial é puxado pelas empresas da indústria nas regiõesSudeste e Sul, onde a taxa de sobrevivência dessas empresas chega a 83,2% e 81,4% respectivamente.
Resultados por segmentos de atividade
O levantamento também se dedicou a analisar as taxas de sobrevivência para cerca de 150 segmentos de atividades específicos. Optou-se por limitar a análise da taxa de sobrevivência aos segmentos que tenham tido, pelo menos, 200 empresas constituídas no ano de 2007. Isto porque os segmentos com baixo número de constituições tendem a apresentar taxas de sobrevivência extremas, muito altas ou
muito baixas, apenas pelo fato de que a base de constituições é muito reduzida.
Assim, no setor industrial, a taxa de sobrevivência varia entre 59% na “fabricação de bebidas” e 86% na “fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos”.
No comércio, a taxa de sobrevivência varia entre 44% no segmento de “Representantes comerciais e agentes do comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo” a 89% no segmento de “Comércio varejista especializado de instrumentos musicais e acessórios”, segmento mais especializado, cuja demanda tende a crescer concomitantemente ao crescimento da renda e do grau de escolaridade da sociedade.
No setor da construção, a taxa de sobrevivência varia entre 62% nos segmentos de “Obras de urbanização – ruas, praças e calçadas”, que envolve atividades mais tradicionais da construção, e 84% na “Incorporação de empreendimentos imobiliários”, atividade que tende a apresentar comparativamente maior valor agregado.
No setor de serviços, a taxa de sobrevivência varia entre 44% na “seleção, agenciamento e locação de mão-de-obra” e 81% na “reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e de objetos pessoais e domésticos”.
Para saber mais, acesse a íntegra do estudo.