A aquicultura sustentável preza pela produção lucrativa, com conservação do meio ambiente e dos recursos naturais, promovendo o desenvolvimento social e no Brasil este é um segmento em plena expansão.
Alguns registros históricos apontam que a piscicultura é praticada há muito tempo: os chineses já a cultivavam vários séculos antes de nossa era e há cerca de 4 mil anos, os egípcios já criavam a tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus).
A prática se difundiu pelo mundo a partir da pesca excessiva em mares e rios, o que provocou uma sucessiva destruição da fauna. Foi então que, para poder controlar melhor a pesca e seu consumo, passou-se a criar peixes em represas, lagos e açudes e a se aprofundar mais em estudos sobre o assunto. Surgiram em seguida os tanques para a criação de variadas espécies, e a atividade foi aos poucos se profissionalizando, com técnicas e recursos tecnológicos próprios, até tornar-se uma promissora indústria, voltada para a comercialização em grande escala dos pescados.
O brasil conta com 8.400 km de costa marítima e 5.500.000 ha de reservatórios de água doce, o que corresponde a aproximadamente 12% dos reservatórios do planeta, o Brasil apresenta boas condições para o desenvolvimento da piscicultura. Tudo isso aliado ao clima favorável e o crescente mercado interno criam um interessante cenário para investimentos no setor.
O Ceará é o maior produtor aquícola do país, destacando-se as tilápias e o camarão marinho, já o Rio Grande do Sul ocupa o primeiro lugar na produção de peixes de água doce.
Com a atual desoneração do pescado, fazendo com que fosse incluído na cesta básica, a simplificação do licenciamento ambiental, a unificação das licenças e a centralização do licenciamento no Ibama, o investimento na piscicultura ficou mais atrativo. Além disso, o Plano Safra 2013/2014 disponibiliza R$ 4,1 bilhões para investimentos no setor e o governo federal oferece 0,5% do espelho d’água da União para a produção de pescado.
O mercado piscicultura é amplo e tem grande potencial de crescimento. Somente entre 2005 e 2010 a produção nacional de pescados em cativeiro aumentou 86,3%, chegando a 479 mil toneladas. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil tem condições de produzir, de maneira sustentável, 20 milhões de toneladas por ano de pescado.
Já foram descritas mais de 3.000 espécies de peixes no Brasil. Dentre os alevinos nativos, vários tem um grande potencial para a utilização dentro da piscicultura, como o Dourado, Piau, Pintado, Jaú, Pirarucu, Bijupirá, entre outros.
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