Pesquisas apresentadas no Redesign 2014 trazem as principais tendências para o visual merchandising.
Uma das tendências destacadas é a HIPER ESCALA: trata-se da utilização de algo familiar de forma maximizada, podendo, muitas vezes, remeter ao humor. É uma das formas de trabalhar o processo de percepção do consumidor, surpreendendo com o resultado final. A tendência da hiperescala abrange exatamente esses dois últimos aspectos, a intensidade e a incongruência. Investir no exagero dentro do ponto de venda (PDV) ou nas vitrinas é a certeza de sobressair frente a concorrência. Só não podemos esquecer-nos de adequar esse “exagero” ao perfil do público-alvo, a temática da campanha, a ambientação da loja e ao espaço físico disponível.
- CROMÁTICO: Essa tendência abarca a gama de cores do arco-íris na construção das ambientações, porém sem sobrepor aos produtos. O colorido energiza a personalidade da loja, seja como pano de fundo ou nos próprios equipamentos e displays. A marca indiana Asian Paints criou um espaço que ensina o consumidor a usar tintas, habito que não é comum na cultura indiana. Pautada na experiência, no ensino das cores e em como elas nos afetam, ao final do percurso no espaço, o cliente recebe um perfil da cor que mais tem a ver com o seu estilo.
- MONOCROMÁTICO: A ideia é se apropriar de uma cor e seus tons e usá-las não só a favor do ambiente comercial, mas na apropriação das marcas, assim como o branco está para Apple, o azul para Tiffany, o laranja para Nextel e o amarelo para Saraiva.
- LEGADO: É abarcar no passado, buscar algo que tenha um referencial real ou artificial que possa trazer para o cliente através da decoração ou comunicação visual algum significado especial e afetivo. A marca Anthropologie é um exemplo de resgate da cultura americana.
- IMERSÃO: É lembrar da Disney e mergulhar o cliente num universo como se ele fosse personagem de uma história. A marca Bass Pro Shops, que vende equipamentos de caça e pesca, recriou em seu PDV alguns lagos, montanhas e animais silvestres.
- BIOMIMÉTICA: É a ideia de se inspirar na natureza para criar designs mais orgânicos, como o de um inseto, uma célula, uma planta, as mais diversas e diferentes opções que natureza nos fornece. Um exemplo é o design das lojas de Carlo Pazolini, no Soho, que foram inspiradas nos pés de uma criança.
- SER LOCAL: Levar a ideia e o conceito da comunidade local para a loja, sendo literal na reprodução da inspiração ou na própria conservação do espaço histórico que vai virar loja, o que passa pela valorização de artistas e momentos históricos locais. A marca R.E.I Recreational Equipment Inc., no Soho, manteve as estruturas de uma antiga gráfica que fora importante para comunidade, incorporando ao design da loja quando assumiram o antigo prédio.
- TEXTURA: Traz a ideia de que você pode incorporar a materialidade e o ritmo das texturas no PDV, em diversas formas e camadas, do chão aos equipamentos.
Essas tendências, conforme aponta Eduardo Vilas Bôas – coordenador do MMdaModa – muitas vezes aparecem de forma híbrida, exigindo que o varejista encontre a melhor combinação e forma de expressão, associando a própria criatividade ao perfil do seu público-alvo. Ele ressalta ainda que nada deve ser gratuito dentro de um projeto de visual merchandising e que todas as escolhas devem ser muito bem refletidas sobre qual impacto causarão no consumidor.
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Fonte: MMdaModa
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