Minimercados são estabelecimentos de pequeno porte com boa variedade de itens que atendem as necessidades básicas de abastecimento doméstico de alimentos. Geralmente estão localizados em bairros e por isso são também conhecidos como Mercado de Vizinhança.
O fato de as lojas serem próximas das residências torna este tipo de empreendimento promissor por atender as necessidades básicas e de urgência dos consumidores. O número de vezes que um consumidor visita um minimercado por semana é de 5 vezes/semana. Nas grandes redes de supermercados e hipermercados esse número é bem menor.
10 passos para abrir um minimercado
1- Conheça bem o negócio
O mercado de vizinhança, como é mais popularmente conhecido, é caracterizado por até 4 caixas registradoras ou check outs. Este tipo de negócio é responsável por cerca de 35% do volume total de vendas do setor de varejo de autosserviço.
Segundo dados do Sebrae, há aproximadamente 350 mil estabelecimentos com estas características em todo o território nacional. O Estudo Setorial Minimercados, produzido pelo Sebrae, demonstra ainda que os minimercados, juntamente com as lojas de 5 a 9 check outs, respondem por 56% das vendas de todo o setor supermercadista. Estes números destacam a força do segmento e a importância desse tipo de negócio para a economia nacional.
2- Defina a localização
Definir a localização e escolher o imóvel para a instalação da loja é uma das decisões mais importantes para o negócio. Este é um fator de sucesso do empreendimento pois seus potenciais clientes são os moradores das regiões próximas de sua loja, e é para eles que você irá vender.
Por isso, para a instalação do minimercado considere os bairros residenciais com alta densidade populacional e de fácil acesso. Dê preferência para locais com acesso seguro, amplo, bem sinalizado e iluminado. A área para o estacionamento é fator primordial.
A localização deve considerar principalmente:
• O objetivo do negócio;
• O público-alvo que se quer atingir;
• A população dos arredores;
• A concorrência existente ou potencial concorrência nas redondezas;
• As condições do imóvel;
• As vias de acesso;
• Área de carga e descarga de mercadorias.
3- Estude o mercado e a concorrência
O processo a ser seguido no acompanhamento da concorrência inicia-se com a coleta de informações, que pode ser realizada com algumas possibilidades listadas abaixo:
• Equipe de vendas: por sua presença no campo, em contato permanente com os clientes e vendedores dos concorrentes. A equipe de vendas torna-se uma importante fonte de informação para a direção;
• Fornecedores: por se constituírem em empresas que fornecem também para a concorrência e que, por isso, devem ser utilizadas IDENTIFICAÇÃO: Título: COMO PESQUISAR A CONCORRÊNCIA;
• Associações de classe: por seu objetivo de promover a congregação de várias empresas e a discussão de assuntos comuns;
• Institutos de pesquisa de mercado: por possuírem metodologia científica para a coleta de informações relevantes de caráter qualitativo ou quantitativo no mercado;
• Internet: por representarem um canal de divulgação das empresas, oferecendo informações esclarecedoras sobre novos produtos e serviços e sobre estratégias que utilizam em seus sites;
• Meios de comunicação: por apresentarem a publicidade da concorrência, oferecendo à empresa condições de análise da ação mercadológica utilizada. Ainda nos meios de comunicação, em colunas especializadas, a empresa poderá encontrar, eventualmente, informações relativas ao andamento dos negócios do concorrente, tais como a abertura de uma nova filial etc.
4- Equipamentos
Inicialmente, são necessários os seguintes móveis e equipamentos:
• Área administrativa: mobiliário para escritório como computador, impressora, telefone, wi-fi, no-break, armário fechado, arquivo, mesa, cadeira, cofre e software para o gerenciamento da loja;
• Área de vendas ou salão de vendas: gôndolas, prateleiras, paletes, balcão refrigerado, geladeiras, freezers, estufa, fruteiras, cortador de frios, balcão de atendimento, forno;
• Área externa: Carrinho, cestinhos de compras e armário de aço com chave (guarda volumes);
• Linha de frente: impressora de cupom fiscal, computadores, máquinas de cartão, leitor de código de barras, balança eletrônica, software específico para minimercado;
• Estoque de expedição: paletes, prateleiras, leitor de código de barras, balança; • Vestiário: armário de aço com chave.
5- Pessoas
A escolha de profissionais que irão trabalhar precisa ser feita com muita responsabilidade, pois são estes colaboradores que irão atender os clientes e representar a imagem da empresa. Se você for o gerente da loja, basicamente você irá precisar de um auxiliar de gerência, um profissional para a limpeza, dois operadores de caixa, um estoquista e repositor, um entregador, um açougueiro e um padeiro. Estamos falando de, aproximadamente, uma equipe de 8 pessoas. Considere os horários e dias de funcionamento da loja para identificar a necessidade de ter turnos para revezamento da equipe.
É recomendável que, no início do negócio, a loja seja gerenciada por você: empreendedor e dono do negócio. Isso ajudará no entendimento de toda a operação da loja auxiliando nas tomadas de decisão, na redução de custos operacionais e em compras mais efetivas.
6- Investimento
Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto sustentação. Pode ser caracterizado como investimento fixo (capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações, reformas), investimentos pré-operacionais (todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, projeto de decoração, honorários profissionais, compra inicial) e capital de giro (capital necessário para suportar todos os gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa).
7- Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas e insumos consumidos no processo de estoque e comercialização.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.
8- Exigências burocráticas
Além de conhecer sobre o funcionamento do negócio, é necessário a contratação de um contador profissional para obter registros, alvarás e fornecer informações legais sobre o novo negócio, enquanto o empreendedor se dedica a outras questões do empreendimento.
Antes de abrir o negócio será necessário:
• Registros junto à Secretaria de Receita Federal, para obtenção do CNPJ;
• Registros Junta Comercial;
• Registros junto a Receita estadual, para obtenção da inscrição estadual;
• Registro junto a prefeitura, para obtenção do alvará de localização e de licença sanitária;
• Registro na Secretaria Estadual da Fazenda;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se encaixa (é obrigatório o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal por ocasião da constituição da empresa até o dia 31 de janeiro de cada ano);
• Cadastro na Caixa Econômica Federal (CEF) no sistema Conectividade Social;
• Autorização do Corpo de Bombeiros – CBM;
• Indicação de Responsabilidade Técnica (RDC 216 de 15/09/2004 da ANVISA);
• Indicação da Convenção Coletiva de Trabalho a ser utilizada;
• Cadastro Municipal de Vigilância Sanitária (CMVC), do Sistema Estadual de Vigilância Sanitária (Sevisa); • Confirmar o enquadramento no CNAE, que para este tipo de negócio é o “4711-3/02 – Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – SUPERMERCADOS”.
9- Formalize
Para uma microempresa exercer suas atividades no Brasil, é preciso, entre outras providências, possuir registro na prefeitura ou na administração regional da cidade onde ela funcionará, no estado, na Receita Federal e na Previdência Social. Dependendo da atividade, pode ser necessário também o registro naEntidade de Classe, na Secretaria de Meio-Ambiente e outros órgãos de fiscalização.
É certo que o procedimento varia de acordo com as leis estaduais, mas os passos a serem seguidos são basicamente os mesmos em todo o Brasil: vão da consulta da viabilidade de abertura até o estabelecimento do aparato fiscal necessário para o funcionamento.
Ao formalizar a empresa, o empreendedor conquista não apenas o CNPJ (cadastro nacional de pessoa jurídica), mas também uma série de direitos como aposentadoria, auxílio doença, auxílio maternidade e direitos previdenciários.
10- Divulgação
Os meios de divulgação para um minimercado variam de acordo com o porte e o público-alvo escolhido. As ações devem ser feitas sob a ótica do cliente, muitas vezes divergente do que o empreendedor entende ser adequado. Para um empreendimento de pequeno porte, pode ser usada a distribuição local de folhetos e folders, junto aos clientes que procuram a empresa e nos arredores da loja, divulgando os serviços e produtos que são ofertados. Outras formas de propaganda são os anúncios em jornais de bairro, revistas locais, taxidoor e bussdoor, banners e artes visuais para fixar a marca e chamar atenção do cliente, redes sociais, e-mail marketing para clientes que autorizam e carros da família com a logomarca da loja.
Contribui também para a divulgação a promoção de vendas, que é uma estratégia bastante utilizada pelos empresários incluindo: descontos, brindes, estímulos para a compra de quantidades maiores, entre outros.
Saiba mais em: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-um-minimercado,64f87a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD
Pesquisa feita pelo SEBRAE mostra porque as empresas falham, e a falta de planejamento é uma das razões pelas quais as empresas falham.
Os empreendedores muitas vezes ignoram informações básicas. Então, é como tentar construir uma casa do telhado. Você sabe que é impossível.
“É apenas uma mercearia, coisas pequenas, você não precisa disso!”
Não, não é apenas uma mercearia. Afinal, seu negócio é sua fonte de renda. Por isso, vincular a importância de um bom planejamento ao tamanho da sua empresa é um grande erro que pode fazer com que o seu negócio falhe rapidamente. Confira: https://newmetaverso.com/