O cuidado com o próprio corpo tem conquistado cada vez mais espaço no dia a dia de mulheres e também de homens. A lista de itens indispensáveis para uma nécessaire hoje pode ser bem extensa e parte isso se deve às mudanças radicais nas rotinas, uma vez que as pessoas hoje estão passando muito mais tempo de seu dia fora de casa.
Soma-se a esse cenário o aumento do poder de consumo, o qual possibilitou que itens, antes considerados supérfluos na lista de compra, sejam agora adquiridos com maior regularidade.
Segundo uma matéria do jornal Le Monde, publicada em julho de 2013, há uma crescente progressão do crescimento do consumo de cosméticos e produtos de higiene pessoal no Brasil.
O jornal apresenta os seguintes dados: entre 2006 e 2011, a venda de produtos de depilação aumentou em 299%, os produtos cosméticos em 281% e proteções solares em 230%. E destaca ainda que embora o Brasil represente apenas 3% da população mundial é o primeiro na liderança no mercado de desodorantes com 12% do segmento.
Uma pesquisa conjunta da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), com a consultoria Booz & Company, indica que:
- O consumo de produtos do setor deve crescer em torno de 5%, ao ano, em volume até 2015.
- Haverá um salto, em valores, de R$ 27,3 bilhões em 2010 para R$ 50 bilhões em 2015.
- O investimento anual das empresas, hoje, na faixa de R$ 9,3 bilhões, deve mais que dobrar, alcançando R$ 20 bilhões.
Certamente os números positivos aumentam as oportunidades, mas também acirram a concorrência. Em parte porque o Brasil chama, com seu crescimento de consumo, o interesse das marcas multinacionais tanto do ramo da indústria quanto do varejo ligadas ao setor.
Mesmo assim, ainda há muito espaço a ser explorado pelos pequenos negócios. Afinal, as grandes marcas vivem o desafio de atingir um volume elevado de compradores para justificarem seus investimentos, fator que muitas vezes dificulta dar maior celeridade às demandas dos consumidores e também à personalização dos produtos.
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