Enquanto a produção cafeeira do País está se especializando, o consumo do produto cresce. Não considerado um produto sazonal, o café possui um consumo consistente ao longo dos anos – o que frequentemente inspira a abertura de cafeterias pelo Brasil.
No estudo de mercado sobre o consumo brasileiro de café ficou evidenciado o aumento de consumo dos cafés especiais (descafeinado, gourmet, orgânico, de origem certificada) fora de casa. Para 2013, a ABIC prevê o aumento contínuo do consumo fora do lar, com um número crescente de cafeterias e restaurantes oferecendo cafés de melhor qualidade e destaca que, desde 2004, o consumo fora do lar já cresceu mais de 350%.
A Associação ressalta que a tendência de procura por formas de preparação em monodoses, isto é, os cafés preparados na hora em uma única xícara. São os expressos, os cafés em sachês, as cápsulas e os preparados em coadores e filtros de dose única que se disseminam rapidamente nas casas de café.
No lar ou fora dele, os brasileiros, além de estarem consumindo mais xícaras de café por dia, estão diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado, consumido habitualmente nos lares, também os expressos, cappuccinos e outras combinações com leite.
A Associação observou que o consumo per capita da temporada 2011/2012 superou o de 1965, tornando-se o maior já registrado no Brasil, sendo maior que o consumo por habitante que a Itália, a França e os EUA.
Ambiente consolida o público nas cafeterias
A pesquisa de 2010 da ABIC, cuja amostra foi de 1.680 pessoas em todas as regiões brasileiras, apontou de 95% delas consomem café. A maior frequência está na forma de consumo filtrada – o que se alinha claramente à tendência crescente do serviço do café filtrado monodose fora de casa. Os cafés, nessa forma pura (sem combinações de leite, chocolate, entre outras) são mais frequentemente consumidos depois das refeições – seja do almoço ou do jantar.
Diante desse alto índice de consumo da sociedade brasileira é evidente que o café já é um fator de atração de público por si só. Mas a definição do local de consumo do produto conta inúmeras variáveis e, entre elas, o ambiente da cafeteria.
No momento no qual o Brasil se prepara para receber os dois maiores eventos esportivos do planeta, é curioso observar que o café é considerado uma bebida altamente saudável para os atletas. Isso porque quem consome café regularmente pode ter um aumento dos níveis de endorfina no cérebro e o efeito é que os atletas podem ter sua performance aumentada de forma significativa.
Outro perfil de público que atualmente é atraído para as cafeterias são os profissionais que têm preferência por fazer reuniões e encontros de negócios em ambientes mais descontraídos que entre as paredes dos escritórios.
Esses dois perfis de consumidores podem ensejar a ambientação das cafeterias, como por exemplo, no caso dos aletas a disponibilização de estacionamento para bicicletas. Esportistas como os ciclistas têm hábitos de organizar pedaladas matinais e noturnas em grupos, incluindo na programação um momento de socialização do grupo, antes ou depois dos seus trajetos.
Já os profissionais de negócios podem requerer um ambiente um pouco mais reservado, com espaços entre mesas mais amplos a fim de garantir-lhes maior privacidade em suas conversações. Para esse perfil, a disponibilização de rede wi-fi gratuita faz maior diferença, uma vez que o acesso à internet pode ter um peso alto quanto à decisão sobre o local de agendamento do encontro de negócios.
Para os empresários estabelecidos nas atividades comerciais do café, mais propriamente os donos de cafeterias ou os pequenos mercados de bairro, é fundamental conhecer também o universo das certificações do produto. Assim será possível delinear as melhores estratégias de comunicação com o consumidor final, de forma a atraí-lo e mantê-lo fiel ao seu estabelecimento.
Leia sobre o tema: Cafés certificados consolidam consumo
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