Diante das mudanças de hábitos dos consumidores, especialistas afirmam que o varejo brasileiro precisa se adaptar às tendências tecnológicas.
As mudanças no varejo, segundo Alberto Serrentino
Um dos consultores mais requisitados do mercado varejista no Brasil, Alberto Serrentino, afirmou em palestra na cidade do Rio de Janeiro que o varejo precisa mudar para acompanhar as tendências tecnológicas. Ele falou para cerca de 1 mil empresários varejistas de grande, médio e pequeno porte, a convite da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL).
Serrentino traduziu para os lojistas cearenses o que foi dito e apresentado na maior convenção mundial do varejo, que aconteceu em Nova Iorque em janeiro deste ano. O consultor destacou que a pandemia desorganizou as cadeias mundiais de suprimento e ainda afeta a economia do planeta, que enfrenta instabilidade geopolítica, inflação, altas taxas de juros, risco de recessão nos Estados Unidos e carência de mão de obra.
O cenário do varejo brasileiro
No Brasil, Serrentino destacou os programas sociais do novo governo que incrementam a renda e melhoram o consumo, mas citou fatores contrários como a inflação, os juros, a renda, o crédito e o PIB. Ele apresentou perspectivas para o varejo brasileiro em 2022 e destacou que os setores de alimentos, farmácias, cosméticos, beleza, Pet e moda premium devem crescer, enquanto os setores de eletroeletrônicos, móveis, telefonia e informática enfrentarão dificuldades.
Serrentino também afirmou que o consumidor mudou seus hábitos e sua jornada, o que repercutiu no dia a dia das lojas físicas, que registram agora menor tráfego de pessoas. Ele sugeriu que a loja precisa ser transformada em um Hub para se adaptar à mudança e que o varejo precisa captar mais dados, pois 80% das pessoas que entram e saem das lojas não compram. O consultor ainda falou sobre a importância da tecnologia para esquentar as lojas físicas e para a otimização do negócio, recomendando a captura de dados dos clientes e o uso da Inteligência Artificial.
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