O país passa por um momento ímpar, em que investimentos públicos e privados estão acontecendo em varias regiões, incentivados pela modernização e pelo incremento da infraestrutura produtiva em estradas, portos, ferrovias, aeroportos, energia e comunicações, com obras de foco social nas áreas de habitação, saneamento, educação e saúde pública.
Em várias cidades brasileiras, os canteiros de obras são visíveis. Em função da atratividade internacional de eventos culturais, artísticos, esportivos e até religiosos, em algumas cidades, os investimentos em arenas esportivas, espaços e obras de mobilidade urbana são perceptíveis.
Em paralelo, percebe-se um conjunto de investimentos produtivos privados de ampliação e modernização da capacidade produtiva instalada, que, somado ao boom que vem ocorrendo em alguns setores como agronegócio, petróleo e gás, energia, só para citar os principais, pode indicar que um novo país vem sendo construído, com impacto na geração de postos de trabalho e melhoria na renda da população.
Os indicadores vêm melhorando, e isso não é à toa. O país ainda atravessa outro momento que favorece essa nova realidade: o bônus demográfico, que garante a inserção no mercado consumidor de parcelas cada vez maiores e com melhor potencial de consumo. É a inclusão no mercado das novas classes C e D.
Isso deve estar sintonizado a um conjunto de políticas públicas complementares e integradas, que juntas criam condições favoráveis para um desenvolvimento inclusivo e mais equânime. Estamos caminhando para um ambiente de desenvolvimento com foco em competitividade e sustentabilidade. Nesse sentido, torna-se extremamente oportuna a discussão conduzida pela Associação Brasileira de Instituições de Desenvolvimento (ABDE) sobre a construção de um sistema nacional de fomento, pilar estratégico para uma proposta de desenvolvimento do país.
O fomento à produção exige articulação de atores públicos e privados, nos níveis federal e estaduais, para apoiar o setor produtivo no esforço de oferta de bens e serviços competitivos, gerando novos e melhores postos de trabalho, com impacto direto no desenvolvimento local, geração e circulação de renda e melhoria na qualidade de venda. Esse fomento deve apoiar, em condições adequadas e competitivas em níveis internacionais, a produção e suas capacidades de gestão e inovação, bem como a melhor inserção nos mercados interno e externo. Trata-se de um fomento competitivo, inovador e sustentável, cujas premissas devem ser aperfeiçoadas segundo a oferta de fundings alternativos, no marco regulatório, na tributação, nas garantias, entre outros aspectos, em prol do processo produtivo. Não podemos perder esta oportunidade única em momento diferenciado para a construção de um país diferente.