Confira uma ideia de negócio completa sobre Como montar uma loja de presentes e artigos de decoração. Abaixo dividimos o conteúdo em tópicos como mercado, custos, pessoas, investimentos, divulgação, exigências legais e mais dicas.
1 - O que é?
Loja de presentes e artigos de decoração, é um negócio que visa o comércio de diversos tipos de produtos, tais como, acessórios para cozinha, artigos para escritório, artesanatos, cama mesa e banho, arranjos de flores, eletroportáteis, produtos de decoração para sala, quartos, cozinha e área de lazer, aromatizantes, dentre outros. Esses produtos são destinados tanto para presentear, como para consumo próprio.
O ato de presentear representa uma das manifestações comportamentais mais marcantes da nossa cultura. O presente simboliza a reafirmação de vínculos e o fortalecimento do relacionamento com parentes e amigos. O varejo estimula ainda mais este comportamento promovendo o consumo nas datas comemorativas. Não faltam, ao longo do ano, ocasiões festivas para presentear os entes queridos: dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, dia dos namorados, dia dos professores, natal, páscoa, casamentos, aniversários, dia da mulher, entre outros. Segundo pesquisas norte-americanas, cerca de 10% das vendas mundiais de produtos são destinadas para presente. Somente no Natal, gastam-se US$ 145 bilhões em todo o mundo. No Brasil, o varejo de artigos decorativos para o lar cresceu 23% em 2017. Assim, o mercado para o surgimento de lojas de presentes e artigos de decoração é próspero.
O principal objetivo de quem entra em uma loja de presentes é encontrar com rapidez e facilidade o presente ideal. A variedade de produtos é fundamental para a atração de clientes. Os artigos mais procurados são bichinhos de pelúcia, porta-retratos, bijuterias, presentes criativos, arranjos de flores e, principalmente, artigos de decoração. Por este motivo, muitas lojas de presentes se especializam na venda de objetos e enfeites residenciais.
Um fator que contribui para o sucesso do empreendimento é a localização da loja. Pontos com grande fluxo de pessoas (tais como estações de ônibus e metrô, shopping centers, calçadões e centros comerciais) são muito convenientes para a venda de presentes de última hora.
Devido à alta sazonalidade do setor, a previsão de demanda deve ser contemplada no planejamento estratégico da empresa. Mais informações podem ser obtidas por meio da elaboração de um plano de negócios. Para a construção deste plano, consulte o SEBRAE mais próximo.
2 - Mercado
Segundo a Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas e Flores (Abcasa), em 2017 o setor de decoração movimentou em torno de R$ 62 bilhões no país, os pontos comerciais, correspondem a cerca de 169.5 mil e os clientes que consomem os produtos vendidos nas lojas de presentes e artigos de decoração, são assim divididos, 68% das vendas para classes C e B, 15% para Classe A e 17% para outras Classes e demais entidades. Os shopping centers temáticos saíram do eixo Rio – São Paulo e já marcam presença em diversas cidades, tais como Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Niterói. Os elementos de decoração ganharam o conceito de qualidade de vida e superaram a característica de “luxo para poucos”. A internet e o aumento da quantidade de revistas sobre o tema formaram uma geração de consumidores mais informados e interessados em novidades. A quantidade estimada de profissionais especializados no Design de Interiores está em cerca de 15 mil, existem ainda dezenas de novos cursos técnicos e faculdades de decoração.
Dentro do mix de produtos para presentes e artigos de decoração, podemos destacar uma nova tendência observada neste mercado, que são os “presentes criativos”, como por exemplo almofadas porta pipoca, canecas decoradas, porta-retratos, quadros temáticos, acessórios para churrasco, dentre outros diversos produtos, que são direcionados tanto para consumo próprio quanto para presentes
Devido ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a realização de ações de pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a concorrência. Seguem algumas sugestões:•Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro para quantificação do mercado-alvo.•Pesquisa a guias especializados e revistas sobre o setor. Trata-se de um instrumento fundamental para fazer uma análise da concorrência, selecionando concorrentes por bairro, faixa de preço e especialidade.•Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho.•Participação em seminários especializados.
3 - Localização
A localização do ponto comercial é uma das decisões mais relevantes para uma loja de presentes e artigos de decoração. Dentre todos os aspectos importantes para a escolha do ponto, deve-se considerar prioritariamente a densidade populacional, o perfil dos consumidores locais, a concorrência, os fatores de acesso e locomoção, a visibilidade, a proximidade com fornecedores, a segurança e a limpeza do local. Para potencializar a venda dos artigos de decoração, o ponto da loja deve equilibrar o padrão aquisitivo da vizinhança com o valor dos produtos ofertados. Para artigos mais sofisticados, com preços unitários elevados, a loja deve estar localizada em bairros nobres e ruas da moda. Nas principais capitais brasileiras existem shopping centers temáticos voltados para decoração de interiores.
Caso a loja se concentre na venda de itens mais baratos, a ponto pode ser estabelecido em bairros populares e locais de alta circulação de pessoas. Neste caso, lojas próximas a pontos de ônibus, estações de trem e metrô e calçadões são excelentes opções.
Esses locais de alta circulação também são indicados para a venda de presentes e lembrancinhas. Frequentemente, tais artigos são comercializados mediante a compra por impulso, quando o cliente só adquire o produto porque passou em frente à loja.
O ponto comercial deve atender a relação entre receitas e despesas estimadas precisa ser compatível com os objetivos definidos pelo empreendedor. É preciso estar atento ao custo do aluguel, prazo do contrato, reajustes e reformas a fazer.
Certifique-se de que o imóvel atende às necessidades operacionais quanto à localização, capacidade de instalação, características da vizinhança, serviços de água, luz, esgoto, telefone, transporte etc.
Verifique se existem facilidades de acesso, estacionamento e outras comodidades que possam tornar mais conveniente e menos onerosa a adaptação do imóvel.
Cuidado com imóveis situados em locais sujeitos a inundação ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito.
Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área, que deverá estar devidamente regularizada.
As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU), que determina o tipo de atividade que pode funcionar em determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura deve atentar para:
• se o imóvel está regularizado, ou seja, se possui HABITE-SE;
• se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos em qualquer bairro;
• se os pagamentos do IPTU referente ao imóvel estão em dia;
• no caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, letreiros e outdoors, será necessário verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento das mesmas;
• exigências da legislação local e do Corpo de Bombeiros Militar.
4 - Exigências Legais
Para abrir uma empresa, o empreendedor poderá ter seu registro de forma individual ou em um dos enquadramentos jurídicos de sociedade. Ele deverá avaliar as opções que melhor atendem suas expectativas e o perfil do negócio pretendido. Leia mais sobre este assunto nas publicações do Sebrae: Caderno do empreendedor individual e o Microempreendedor individual.
O contador, profissional legalmente habilitado para elaborar os atos constitutivos da empresa e conhecedor da legislação tributária, poderá auxiliar o empreendedor neste processo.
Para abertura e registro da empresa é necessário realizar os seguintes procedimentos:
– Registro na Junta Comercial;
– Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
– Registro na prefeitura municipal, para obter o alvará de funcionamento;
– Enquadramento na entidade sindical patronal: empresa ficará obrigada a recolher a contribuição sindical patronal, por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano;
– Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;
– Registro no Corpo de Bombeiros Militar: órgão que verifica se a empresa atende as exigências mínimas de segurança e de proteção contra incêndio, para que seja concedido o “Habite-se” pela prefeitura.
Importante:
– Para a instalação do negócio é necessário realizar consulta prévia de endereço na Prefeitura Municipal/Administração Regional, sobre a Lei de Zoneamento.
– A Lei 123/2006 (Estatuto da Micro e Pequena Empresa) e suas alterações estabelecem o tratamento diferenciado e simplificado para micro e pequenas empresas. Isso confere vantagens aos empreendedores, inclusive quanto à redução ou isenção das taxas de registros, licenças etc.
– É necessário observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei Federal nº. 8.078 publicada em 11 de setembro de 1990.
5 - Estrutura
A estrutura mínima de uma loja de presentes e artigos de decoração ocupa uma área estimada de 50 m2, com flexibilidade para ampliação conforme o desenvolvimento do negócio. Os ambientes podem ser divididos em área para a exposição de produtos, área de vendas (com balcão de atendimento, caixa, empacotamento e entrega de produtos), escritório e depósito para estoque.
Caso a loja comercialize artigos de decoração que ocupem muito espaço – tais como quadros, tapetes, vasos, abajures e luminárias – há a necessidade de uma área superior a 100 m2. Para ganhar algum espaço, o empreendedor pode eliminar o depósito para estoque e expor todos os artigos à venda. As áreas destinadas a balcão de atendimento, caixa, empacotamento e entrega de produtos podem ser agrupadas em apenas um birô no canto da loja. Outra vantagem de concentrar estas atividades em um só local é a otimização de mão de obra, já que um funcionário pode desempenhar várias tarefas.
Estoque/Depósito deverá ser composto de escaninhos para acomodar os produtos a serem comercializados, separados por tipo.
É conveniente que o ponto comercial possibilite o auto-atendimento do cliente. O empreendedor deve planejar o mostruário de produtos no começo da loja, com gôndolas, prateleiras e araras, em ambiente arejado, limpo, claro e dentro das normas de segurança pré-estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros.
O escritório é destinado à elaboração das tarefas administrativas e financeiras da loja de descartáveis, tais como fechamento do caixa, conciliações das vendas via cheque, dinheiro, cartões de crédito, crediário, contas a pagar, dentre outros. Também serão executadas nessa área as tarefas de controle de estoques, compras e outras atividades administrativas.
A utilização de forros de gesso proporciona a criação de diferentes efeitos de iluminação. Sancas com lâmpadas embutidas podem iluminar indiretamente o ambiente, ao mesmo tempo em que focos direcionados a vitrines e prateleiras destacam os produtos. Sempre que possível, deve-se aproveitar a luz natural. No final do mês, a economia da conta de luz compensa o investimento. Quanto às artificiais, a preferência é pelas lâmpadas de led.
Profissionais qualificados (arquitetos, engenheiros, decoradores) poderão ajudar a definir as alterações a serem feitas no imóvel escolhido para funcionamento da loja, orientando em questões sobre ergometria, fluxo de operação, design dos móveis, iluminação, ventilação etc.
6 - Pessoas
O fator humano é fundamental para o sucesso de uma loja de presentes e artigos de decoração. Contar com profissionais qualificados e comprometidos deve estar no topo da lista de prioridades do empreendedor.
O número de funcionários da loja vai variar de acordo com seu o tamanho. Em geral, uma pequena loja pode contar com três vendedores, além do empreendedor. Suas atribuições são:
•Empreendedor: responsável pelas atividades administrativas, financeiras, de controle de estoque e da comercialização. Deve ter conhecimento da gestão do negócio, do processo produtivo e do mercado. Precisa manter contato com os fornecedores e acompanhar as últimas tendências do mercado de decoração;
•Vendedor: responsável pelo atendimento aos clientes e venda dos produtos. Suas principais qualidades devem ser:
- Conhecer em profundidade os produtos oferecidos;
- Entender as necessidades dos clientes;
- Conhecer a cultura e o funcionamento da empresa;
- Conhecer as tendências do mercado;
- Desenvolver relacionamentos duradouros com os clientes;
- Transmitir confiabilidade e carisma;
- Atualizar-se sobre as novidades do segmento;
- Zelar pelo bom atendimento após a compra.
Normalmente, a loja funciona em horário comercial das 10 às 18 h. Lojas situadas em shopping centers seguem o horário do centro comercial, normalmente das 10 às 22 h. Sábados e domingos são dias de grande faturamento. Dependendo do movimento e da época do ano, pode ser necessária a ampliação do horário de funcionamento, exigindo a contratação temporária de mais vendedores. Esta expansão do negócio precisa ser planejada conforme o aumento do faturamento. O atendimento é um item que merece uma atenção especial do empresário, visto que, nesse segmento de negócio, os clientes satisfeitos ajudam na divulgação da loja para novos clientes.
A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. O treinamento dos colaboradores deve desenvolver as seguintes competências:
•Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;
•Agilidade e presteza no atendimento;
•Capacidade de apresentar e vender os serviços da loja;
•Motivação para crescer juntamente com o negócio.
Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências desagradáveis. O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor. O SEBRAE da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.
7 - Equipamentos
Os materiais básicos para a instalação de uma loja de presentes e artigos de decoração são:
• Expositor de Vidro;
• Balcão Caixa;
• Gôndola Central;
• Gôndola De Parede Com Ganchos;
• Gôndola De Ponta;
• Móveis e Materiais de Escritório;
• Telefone;
• Microcomputador;
• impressoras;
• Sistema de Segurança;
Ao fazer o layout da loja, o empreendedor deve levar em consideração a ambientação, decoração, circulação, ventilação e iluminação. Na área externa, deve-se atentar para a fachada, letreiros, entradas, saídas e estacionamento.
8 - Matéria Prima ou mercadorias
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:Giro dos estoques:
- giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.
- Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.
- Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro.
O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.O estoque de mercadorias é muito importante para o sucesso de uma loja de presentes e artigos de decoração.
O empreendedor deve conhecer o perfil de sua clientela e vender artigos que satisfaçam aos seus desejos de consumo. Os principais produtos ofertados pela loja são:
•Acessórios para churrasco;
•Acessórios para cozinha;
•Álbuns de fotografias;
•Aromatizantes;
•Arranjos de flores;
•Artesanatos;
•Artigos de escritório;
•Bijuterias;
•Bolsas;
•Bombonières;
•Cama, mesa e banho;
•Cristais;
•Canivetes;
•Eletroportáteis;
•Faqueiros;
•Fruteiras;
•Incensos;
•Lixeiras;
•Porcelanas;
•Porta-chaves;
•Porta-retratos;
•Produtos em aço inox;
•Relógios de parede;
•Revisteiro;
•Vasos;
•Velas;
•Quadros. dentre outros.
Uma forma de minimizar o risco do negócio é oferecer uma ampla variedade de produtos, de vários fornecedores. Com o tempo, será possível identificar as preferências dos consumidores e investir nas mercadorias de maior demanda.
A oferta de novidades é a principal fonte de atração de clientes. Além do giro do estoque, o empreendedor pode aumentar a oferta de produtos através do lançamento de novas linhas de venda.
Pesquisa de satisfação do cliente, também é de suma importância para avaliar os produtos que estão sendo vendidos nas lojas, e o interesse dos clientes a novos produtos.
9 - Processo Produtivo
O processo de comercialização dos produtos de uma loja de presentes e artigos de decoração pode ser dividido em duas etapas:
1) Aquisição de mercadorias – no comércio, “vender bem” significa, acima de tudo, “comprar bem”. Como a loja oferece produtos de baixo custo, deve-se investir em mercadorias com alto giro. A negociação com fornecedores e distribuidores deve buscar condições favoráveis de preço e prazo de pagamento.
2) Vendas – os artigos para a venda devem ser separados em setores, de preferência com etiquetas de preços e códigos de barra. A organização é fundamental para o cliente encontrar com rapidez o que procura. Vendedores capacitados podem complementar o autoatendimento, sempre com prestatividade e cortesia.
As atividades da loja também englobam os processos de administração, finanças e gestão de recursos humanos. A gestão administrativa e financeira abrange o faturamento, o controle de caixa, o controle de contas a receber e cobranças, a compra de insumos, o controle de contas a pagar de fornecedores e a prestação de informações ao escritório contábil. Já a gestão de recursos humanos compreende a admissão, rescisão, treinamento e pagamento de funcionários.
10 - Automação
Esse segmento empresarial funciona com um nível de automação relativamente baixo, já que a sistemática deste tipo de empreendimento é basicamente a área de vendas, controle de estoque e administrativo-financeiro.
A estrutura de automação de uma loja de presentes e artigos de decoração irá requerer um software integrado, que consiga operacionalizar a área de vendas, estoque e administrativo-financeira. Com uma automação completa a gestão operacional da empresa se tornará mais simples e ágil.
Atualmente, existem diversos sistemas informatizados (softwares) que podem auxiliar o empreendedor na gestão de uma loja de produtos descartáveis. Seguem algumas opções:
- BitLoja Plus;
- Loja Fácil – Easystore;
- Myloja One;
- Posh Shop;
- SGI-Plus;
- SisGEF – Loja Comercial.
- Sistema Vendaki.
Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal municipal e estadual, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo fornecedor, verificando ainda se o aplicativo possui funcionalidades, tais como:
•Controle de mercadorias;
•Controle de taxa de serviço;
•Controle dos dados sobre faturamento/vendas, gestão de caixa e bancos (conta corrente);
•Emissão de pedidos;
•Lista de espera;
•Organização de compras e contas a pagar;
•Relatórios e gráficos gerenciais para análise real do faturamento da loja.
11 - Canais de distribuição
A expressão “canais de distribuição” designa os caminhos adotados pela empresa para fazer chegar os seus serviços até os clientes. É determinado em função da abrangência da área de atuação, das características sociais e econômicas do local e principalmente do perfil da clientela. É um dos elementos do composto mercadológico “4Ps do Marketing”, representando a Praça, juntamente com Produto, Preço e Promoção.
O Produtos devem ser disponibilizados em prateleiras de forma que os clientes possam ter acesso sem demais dificuldades.
Ao determinar os canais de distribuição da loja de presentes e artigos para decoração o empreendedor deve avaliar os aspectos de cobertura de atendimento, meio de transporte usado pelos clientes e acessibilidade. Nesta atividade o atendimento, normalmente é realizado no espaço físico do negócio, por meio de demanda espontânea ou provocada. As vendas também podem ser realizadas por meio eletrônico, acompanhando as tendências do novo consumidor.
O sucesso no negócio depende ainda da percepção em analisar o mercado e se adequar aos novos canais de distribuição dos seus produtos, considerando sempre, o produto a ser ofertado, o preço, a praça e eventuais promoções.
A loja pode ampliar os canais de distribuição por meio de venda pela internet, com a criação de Website, e-mail ou WhatsApp. Indica-se também criação de páginas da empresa em redes sociais para divulgação de fotos dos produtos, publicação de clientes usando e comprando os produtos da loja. Redes sociais como Instagram e Facebook, além de apresentar os produtos de forma atrativa, pode ser um local de comunicação com o cliente, podendo inclusive realizar vendas através destes canais.
12 - Investimentos
O investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento. Uma loja de presentes e artigos de decoração, estabelecida em uma área de 50 m², exige um investimento inicial estimado em R$ 44 mil, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens:
• 1 Balcão Caixa: R$ 600,00;
• Móveis e materiais de escritório: R$ 2.000,00;
• 2 Microcomputadores: R$ 3.000,00;
• 1 Impressora: R$ 800,00;
• 1 Impressoras Notas Fiscais: R$ 400,00;
• Telefone: R$ 200,00;
• 3m de Gôndolas de Paredes com gancho: R$ 600,00;
• 10m de Gôndolas de Parede: R$ 1.600,00;
• 10m de Gôndolas de Central: R$ 2.000,00;
• 2 Gôndolas de Ponta: R$ 1.000,00;
• 1 Expositor Aramado: R$ 300,00;
• 3m Vitrine: R$ 600,00;
• Sistema de Segurança: R$ 1.500,00;
• Despesas Pré-operacionais (contador, Taxas para abertura da empresa): R$ 2.000,00;
• Capital de giro: R$ 7.500,00
• Estoque inicial: R$ 20.000,00.
Antes de montar a empresa, é importante que o empreendedor elabore um Plano de Negócios, onde os valores necessários à estruturação da empresa podem ser mais detalhados, em função dos objetivos estabelecidos de retorno e alcance de mercado. O capital de giro necessário para os primeiros meses de funcionamento do negócio também deve ser considerado neste planejamento.
Nessa etapa, é indicado que o empreendedor procure o Sebrae para consultoria adequada ao seu negócio, levando em conta suas particularidades. O empreendedor também poderá basear-se nas orientações propostas por metodologias de modelagem de negócios, em que é possível analisar o mercado no qual estará inserido, mapeando o segmento de clientes, os concorrentes, a mão de obra necessária, fornecedores, as atividades chave, as parcerias possíveis, sua estrutura de custos e fontes de receita.
A previsão de Faturamento médio mensal da Loja gira em torno de R$ 35.000,00
Obs.: vale ressaltar que estes números são estimados, não devendo, portanto, dispensar uma pesquisa detalhada para cada projeto alinhada à elaboração de um Plano de Negócio.
13 - Capital de Giro
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos).
Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão.
Geralmente, a necessidade de capital de giro corresponde a 10% a 20% do volume total de investimento para os primeiros meses de operação da Loja, perfazendo aproximadamente R$ 7.500,00.
14 - Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos consumidos no processo de produção.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.
Previsão de Custos tendo como base um faturamento médio mensal de R$ 35.000,00
Custos variáveis
São aqueles que variam diretamente com a quantidade produzida ou vendida, na mesma proporção.
Custos fixos
São os gastos que permanecem constantes, independente de aumentos ou diminuições na quantidade produzida e vendida. Os custos fixos fazem parte da estrutura do negócio.
Os gastos realizados para operar o negócio devem ser estimados considerando os itens abaixo:
– Custos dos impostos (9,5% Simples Nacional 3ª Faixa) – R$ 3.325,00
– Propaganda / Marketing – R$ 600,00
– Comissões Sobre Vendas – R$ 800,00
– Salários e encargos – R$ 3.900,00
– Água – R$ 150,00
– Energia Elétrica – R$ 400,00
– Contador – R$ 850,00
– IPTU/12 – R$ 110,00
– Despesas Financeiras – R$ 400,00
– Telefone/internet – R$ 250,00
– Pró-labore – R$ 957.00
– Aluguel – R$ 2.000,00
-Seguro/12 – R$80,00
Obs.: vale ressaltar que estes números são estimados, não devendo, portanto, dispensar uma pesquisa detalhada para cada projeto alinhada à elaboração de um Plano de Negócio.
Um dos fatores fundamentais para o sucesso do empreendimento é a forma como serão gerenciados os custos diretos e indiretos, por isso, na tarefa de controlar custos o administrador deve procurar preços menores na hora de comprar, negociar prazos mais extensos para pagamento de fornecedores, evitar gastos e despesas desnecessárias, manter equipe de pessoal enxuta, cercar-se de medidas que reduzam a inadimplência dando preferência por cartões de crédito e débito como forma de recebimento das vendas, etc.
15 - Diversificação ou Agregação de Valor
O grande desafio é atrair a atenção do cliente e em meio a tantas opções, ser o escolhido para fornecer os presentes e artigos de decoração que ele demanda naquele momento. Por essa razão bem óbvia quanto maiores forem os meios de fazer esse link, maiores serão as chances de sucesso nessa disputa. Então, fazer investimento constante em estratégias de promoção de vendas, adotar política de preços que considere aspectos internos (custos) e externos (praticados pelos concorrentes), ter produtos de marcas reconhecidas e confiáveis, prestar serviços de boa qualidade, e disponibilizar várias portas de entrada para o cliente.
A divulgação é uma estratégia que deve ser usada abundantemente, porém de forma, planejada. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao orçamento da empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades do local. Algumas ações mercadológicas consideradas acessíveis e bem eficientes:
• Disponibilizar um site institucional com atendimento online e até mesmo vendas on-line. É fundamental divulgar nos sites de busca;
• Participar das redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, etc.);
• Disponibilizar whatsapp para agilizar a comunicação com clientes e fornecedores;
• Confeccionar folders e flyers para a distribuição em pontos estratégicos e residências;
• Participar de feiras e eventos setoriais;
• Oferecer brindes como forma de cativar os clientes;
• Firmar parcerias com fornecedores;
• Estar atento aos produtos no mercado;
• Outras opções de divulgação que podem ser adotadas, sempre considerando o custo-benefício e raio de abrangência: rádio, TV, jornais locais, outdoor, revistas, carro ou bicicleta de som, etc.
As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios de valor agregado. Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta possuir algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.
16 - Divulgação
A divulgação é um componente fundamental para o sucesso de uma loja de presentes e artigos de decoração. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao orçamento da empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades do local. Abaixo, sugerem-se algumas ações mercadológicas acessíveis e eficientes:
•Confeccionar folders e flyers para a distribuição em residências;
•Oferecer brindes para clientes que indicam outros clientes;
•Anunciar em jornais de bairro e revistas de decoração;
•Oferecer descontos e pacotes promocionais para produtos combinados;
•Montar um website com a oferta de produtos para alavancar as vendas, divulgação em redes sociais.
O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes satisfeitos e bem atendidos.
17 - Tributação
O segmento de LOJA DE PRESENTES E ARTIGOS DE DECORAÇÃO, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4789-0/99 como a atividade de comércio varejista especializado na revenda de artigos para presentes e decoração poderá optar pelo SIMPLES Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas MEs (Microempresas) e EPPs (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse R$ 360 mil para microempresa e R$ 4,8 milhões para empresa de pequeno porte e sejam respeitados os demais requisitos previstos na Lei.
Nesse regime, o empreendedor de ME e EPP poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional):
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do Simples Nacional variam de acordo com as tabelas I a VI, dependendo das atividades exercidas e da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período. Esta atividade se enquadra no Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006, cujas alíquotas aplicáveis variam de 4% a 19%, dependendo da faixa de receita bruta anual auferida.
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar R$ 81 mil, o empreendedor poderá optar pelo registro como Microempreendedor Individual (MEI), desde que ele não seja dono ou sócio de outra empresa e tenha até um funcionário. Para se enquadrar no MEI, sua atividade deve constar na tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 – Alterada pela Resolução CGSN Nº 135, DE 22 de agosto de 2017.
Ao ultrapassar o limite de faturamento, o MEI migrará para microempresa, tendo duas situações:
1º) Se o faturamento for maior que R$ 81 mil no ano (ou proporcional no primeiro ano considerando R$6.750,00/mês de funcionamento), deve solicitar o desenquadramento e passar a recolher o imposto Simples Nacional como microempresa, com percentuais de acordo com a atividade exercida.
2ª) MEI passa à condição de microempresa (faturamento até R$ 900 mil) ou de empresa de pequeno porte (faturamento R$ 4,8 milhões), retroativo ao mês janeiro ou ao mês da inscrição (formalização), caso o excesso da receita bruta tenha ocorrido durante o próprio ano-calendário da formalização. Passa, então, a recolher os tributos devidos na forma do Simples Nacional, com percentuais de acordo com a atividade exercida.
Nas duas situações acima, o MEI deverá solicitar obrigatoriamente o desenquadramento como MEI no portal do Simples Nacional: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/
Fundamentos Legais: Leis Complementares nº 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011), Lei Complementar nº 147/2014, Lei Complementar 155/2016 e Resolução CGSN – Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011 e Resolução CGSN Nº 135, DE 22 de agosto de 2017.
Para mais informações sobre essa modalidade consulte o site do portal do empreendedor: http://http://www.portaldoempreendedor.gov.br/.
Outros regimes de tributação
Para os empreendedores que preferem não optar pelo Simples Nacional, há os regimes de tributação abaixo:
Lucro Presumido: é o lucro que se presume através da receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços. Trata-se de uma forma de tributação simplificada utilizada para determinar a base de cálculo dos tributos das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração pelo Lucro Real. Nesse regime, a apuração dos impostos é feita trimestralmente.
A base de cálculo para determinação do valor presumido varia de acordo com a atividade da empresa.
18 - Eventos
A seguir, são indicados os principais eventos sobre o segmento:
Casacor
Exibição Brasileira de Decoração
Website: http://www.casacor.com.br
NATAL SHOW – Feira de Artigos de Natal, Decoração e Presentes – São Paulo – SP :
.
ABCasa Fair – artigos para casa, decoração, presentes, utilidades domésticas –
EXPO CENTER NORTE R. José Bernardo Pinto, 333 Vila Guilherme, São Paulo – SP:
.
19 - Entidades em geral
A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao empreendedor:
ABD
Associação Brasileira de Designers de Interiores
Al. Casa Branca, 652, cj. 71/72, São Paulo – SP
CEP 01408-000
Website: http://www.abd.org.brE-mail:
ABCasa – Associação Brasileira de decoração, artigos para casa, decoração, presentes, utilidades domésticas, festa e flores.
Receita Federal
Brasília – DF
Website: http://www.receita.fazenda.gov.br
20 - Glossário
Seguem alguns termos técnicos referentes aos tipos de produtos da loja.
ADESIVO TERMOPLÁSTICO: adesivo sensível a pressão e capaz de transferir um filme adesivo em superfícies mais difíceis como cerâmica e metal, devido ao seu alto poder de adesão.
CACHEPOT: produto indicado para decoração de ambientes internos e externos, utilizado para colocar vasos de plantas.
CEPO: suporte para facas e utensílios.
ICE MAKER: produz automaticamente cubos de gelo. No congelador, o ice maker deixa o gelo sempre à mão e possibilita a produção de mais cubos.
NICHO: espaço ou compartimento para a colocação de algum objeto.
PAELLERA: panela tradicional da culinária espanhola, ideal para fazer paellas. É muito versátil, podendo ser usada para preparo de risotos, fritadas, guisados, entre outros. As duas alças em aço inox dão um toque clássico ao produto.
RACLETE: grelha que possui uma chapa com espátula para grelhar ou raspar alimentos.
RAMEKIN: potinho de cerâmica muito utilizado para a preparação de pratos gratinados com queijo. Foi criado para resistir a altas temperaturas.
RECHAUD: tipo de panela utilizada para aquecer alimentos. Alguns são como banho maria e outros possuem um fogareiro para flambar sobremesas e aquecer um prato para consumo imediato.
SOUSPLAT: prato que serve como base para os pratos tradicionais.
WOK: utensílio de cozinha utilizado na culinária oriental. Trata-se de uma panela asa e aberta, com o fundo arredondado e côncavo e duas alças. Ideal para fazer fritadas com macarrão e arroz.
21 - Dicas para o negócio
Um dos principais fatores de sucesso de uma loja de presentes e artigos de decoração é o atendimento. Os funcionários precisam estar capacitados para transmitir informações sobre os produtos e serviços prestados pela loja.
Outro importante fator de sucesso da loja é a localização. O processo de compra de artigos de decoração ocorre juntamente com produtos para reforma e construção. Portanto, estabelecer-se próximo a home-centers e lojas de material de construção, além de pontos movimentados com grande circulação de pessoas, avenidas, centros comerciais, podem auxiliar na viabilidade financeira do negócio,
O empreendedor deve priorizar a venda de produtos com valor agregado mais elevado, tais como cristais, porcelanas e presentes criativos. O foco nestes produtos sofistica o conceito da loja, aumenta a circulação de clientes e impulsiona o faturamento.
Tentar fidelizar seus clientes com ações de pós-venda, como: promoções diárias, informando novos produtos/serviços ofertados, cartões de aniversários, contato telefônico ou via mensagem de texto informando de novos produtos/eventos/promoções.
Motivar os funcionários, através de cursos, treinamentos e feedback, incentivando a vender mais e melhor.
22 - Características do Empreendedor
As pessoas de sucesso apresentam comportamentos comuns que foram destacadas num estudo realizado pela ONU. Algumas dessas características já nascem com os empreendedores e outras podem ser desenvolvidas por meio de aprendizados e práticas. Todas elas têm seu grau de importância, mas algumas se destacam como primordiais na essência deste negócio específico. São elas:
• Busca de oportunidades – o empreendedor deve estar atento às tendências de tecnologia da informação, acompanhar os movimentos deste mercado, identificar as novidades e adaptar sua oferta e forma de atuação.
• Busca de Informações – conhecer muito bem o ramo que escolheu. Preferencialmente que trabalhe no mesmo ou tenha trabalhado. Caso não seja possível, faça muitas pesquisas, muitas visitas aos concorrentes. Não economize neste quesito, pois mais tarde você será recompensado.
• Estabelecimento de Metas – com visão futurística o empreendedor estabelece desafios a serem cumpridos, determina um ponto de chegada com prazo definido.
• Planejamento e Monitoramento – organiza de atividades de maneira objetiva, com prazos de execução definidos, estabelecendo medidores que permitam o monitoramento dos resultados.
• Comprometimento – essa característica está diretamente relacionada com sacrifício pessoal. O empreendedor comprometido vai além dos seus interesses e coloca a empresa em primeiro lugar.
• Qualidade e Eficiência – Exige que os recursos disponíveis sejam usados da melhor forma possível de modo que alcance os melhores resultados com o emprego do menor quantitativo de insumos.
• Riscos Calculados – O empreendedor deve ainda ter bem desenvolvida a capacidade de assumir “riscos calculados”. Isto quer dizer, não ter medo de desafios, arriscar conscientemente. Calcular detalhadamente cada passo em direção a formatação da empresa.
• Persistência – ela não permite que o empreendedor desista diante de obstáculos, reavalia e insiste ou muda seus planos para alcançar os objetivos, esforça-se além da média para fazer dar certo.
• Independência e autoconfiança – Não importa o tamanho dos problemas que enfrentará no andamento do processo de empreender. O empreendedor encontra dentro de si motivos para sempre seguir em frente, pois agindo assim, sua equipe nunca esmorecerá e o sucesso virá com certeza.
• Persuasão e Rede de Contatos – usa estratégias de convencimento de pessoas levando-as a fazerem aquilo que considera importante para o seu negócio. Relaciona-se com pessoas que podem dar alguma contribuição positiva para o alcance dos seus objetivos e segundo seus interesses.
Para desenvolver o comportamento empreendedor
Empretec – Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9
23 - Bibliografia Complementar
COBRA, Marcos. Administração de vendas: casos, exercícios e estratégias. São Paulo: Atlas, 1981. 398 p.
FIGUEIRA, Eduardo. Quer vender mais? Campinas: Papirus, 2006. 112 p.
GIL, Edson. Competitividade em vendas. Rio de Janeiro: Alta Books, 2003. 92 p.
LUPPA, Luis Paulo. O vendedor pit bull. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007. 128 p.
MCCORMACK, Mark H. A arte de vender. [S. l.]: Best Seller, 2007. 192 p.
SEGAL, Mendel. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 1976. 253 p.
STANTON, William J. Administração de vendas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1984. 512 p.
TOMANINI, Cláudio et al. Gestão de vendas. São Paulo: Ed. FGV, 2004. 148 p. (Marketing das publicações FGV management).
SIQUEIRA NETO, Armando Correa de Atendimento fora de série: manual para atender muito bem o cliente / Armando Correa de Siqueira Neto Mogi Mirim – São Paulo: 2016
ABCasa – Associação Brasileira de decoração, artigos para casa, decoração, presentes, utilidades domésticas, festa e flores – http://www.abcasa.org.br acessado em 12/09/2019
ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores – http://www.abd.org.bracessado em 12/09/2019
Revista Exame – Mercado de Decoração Esta Entre os Maiores Em Vendas Online do Brasil – http://www.exame.abril.com.br – acessado em 13/09/2019
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. Legislação tributária. Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br>. Acesso em: 15 setembro 2019.
Ministério da Educação – https://www.mec.gov.br/. Acesso em 11 de setembro 2019
IBGE – https://www.ibge.gov.br/. Acesso em 12 de setembro de 2019.
24 - Fonte de recursos
O empreendedor pode buscar junto às agências de fomento linhas de crédito que possam ser utilizadas para ajudá-lo no início do negócio. Algumas instituições financeiras também possuem linhas de crédito voltadas para o pequeno negócio e que são lastreadas pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios, desde que atendidas alguns requisitos preliminares. Maiores informações podem ser obtidas na página do Sebrae na web:http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/fundo-de-aval-do-sebrae-oferece-garantia-para-ospequenos-negocios,ac58742e7e294410VgnVCM2000003c74010aRCRD.
25 - Planejamento Financeiro
Ao empreendedor não basta vocação e força de vontade para que o negócio seja um sucesso. Independentemente do segmento ou tamanho da empresa, necessário que haja um controle financeiro adequado que permita a mitigação de riscos de insolvência em razão do descasamento contínuo de entradas e saídas de recursos. Abaixo, estão listadas algumas sugestões que auxiliarão na gestão financeira do negócio:
FLUXO DE CAIXA O controle ideal sobre as despesas da empresa é realizado por meio do acompanhamento contínuo da entrada e da saída de dinheiro através do fluxo de caixa. Esse controle permite ao empreendedor visão ampla da situação financeira do negócio, facilitando a contabilização dos ganhos e gestão da movimentação financeira. A medida que a empresa for crescendo, dificultando o controle manual do fluxo de caixa, tornando difícil o acompanhamento de todas as movimentações financeiras, o empreendedor poderá investir na aquisição de softwares de gerenciamento.
PRINCÍPIO DA ENTIDADE O patrimônio da empresa não se mistura com o de seu proprietário. Portanto, jamais se deve confundir a conta pessoal com a conta empresarial, isso seria uma falha de gestão gravíssima que pode levar o negócio à bancarrota. Ao não separar as duas contas, a lucratividade do negócio tende a não ser atingida, sendo ainda mais difícil reinvestir os recursos, gerados pela própria operação. É o caminho certo para o fracasso empresarial.
DESPESAS O empreendedor deve estar sempre atento para as despesas de rotina como água, luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de equipamentos. Embora pequenas, o seu controle é essencial para que não reduzam a lucratividade do negócio.
RESERVAS/PROVISÕES Esse recurso funcionará como um fundo de reserva, o qual será composto por um percentual do lucro mensal – sempre que for auferido. Para o fundo de reserva em questão, poderá ser estabelecido um teto máximo. Quando atingido, não haverá necessidade de novas alocações de recursos, voltando a fazê-las apenas no caso de recomposição da reserva utilizada. Esse recurso provisionado poderá ser usado para cobrir eventuais desembolsos que ocorram ao longo do ano.
EMPRÉSTIMOS Poderão ocorrer situações em que o empresário necessitará de recursos para alavancar os negócios. No entanto, não deverá optar pela primeira proposta, mas estar atento ao que o mercado oferece, pesquisando todas as opções disponíveis. Deve te cuidado especialmente com as condições de pagamento, juros e taxas de administração. A palavra-chave é renegociação, de forma a evitar maior incidência de juros.
OBJETIVOS Definidos os objetivos, deve-se elaborar e implementar os planos de ação, visando amenizar erros ou definir ajustes que facilitem a consecução dos objetivos financeiros estabelecidos.
UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES As novas tecnologias são de grande valia para a realização das atividades de gerenciamento, pois possibilitam um controle rápido e eficaz. O empreendedor poderá consultar no mercado as mais variadas ferramentas e escolher a que mais adequada for a suas necessidades.
26 - Produtos e serviços do Sebrae
Aproveite as ferramentas de gestão e conhecimento criadas para ajudar a impulsionar o seu negócio. Para consultar a programação disponível em seu estado, entre em contato pelo telefone 0800 570 0800.
Confira as principais opções de orientação empresarial e capacitações oferecidas pelo Sebrae:
Cursos online e gratuitos – http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline
Para desenvolver o comportamento empreendedor
Empretec – Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9
Para quem quer começar o próprio negócio
As soluções abaixo são úteis para quem quer iniciar um negócio. Pessoas que não possuem negócio próprio, mas que querem estruturar uma empresa. Ou pessoas que tem experiência em trabalhar por conta própria e querem se formalizar.
Plano de Negócios – O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, além de clientes, concorrentes, fornecedores e pontos fortes e fracos, construindo a viabilidade da ideia e na gestão da empresa: http://goo.gl/odLojT
Para quem quer inovar
Ferramenta Canvas online e gratuita – A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado: https://www.sebraecanvas.com/#/
Sebraetec – O Programa Sebraetec oferece serviços especializados e customizados para implantar soluções em sete áreas de inovação: http://goo.gl/kO3Wiy
ALI – O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) é um acordo de cooperação técnica com o CNPq, com o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte: http://goo.gl/3kMRUh
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