Cadastrar

Esqueceu a senha?

Perdeu sua senha? Por favor, indique o seu endereço de e-mail. Você receberá um link e criará uma nova senha por e-mail.

Você precisa se logar para postar no Blog

Please briefly explain why you feel this question should be reported.

Explique brevemente por que você acha que essa resposta é inadequada ou abusiva.

Please briefly explain why you feel this user should be reported.

Sebrae Respostas Latest Articles

Como Montar Uma Farmácia de Manipulação

Como Montar Uma Farmácia de Manipulação

Confira uma ideia de negócio completa sobre Como montar uma farmácia de manipulação. Abaixo dividimos o conteúdo em tópicos como mercado, custos, pessoas, investimentos, divulgação, exigências legais e mais dicas.

Uma farmácia de manipulação é um estabelecimento de saúde onde fórmulas são manipuladas e preparadas de forma personalizada para cada cliente, seguindo receitas prescritas por profissionais da área da saúde. Todas as matérias-primas utilizadas na farmácia de manipulação são adquiridas de fornecedores qualificados e são analisadas pelo controle de qualidade interno.

Nas farmácias de manipulação, as receitas são analisadas e conferidas por farmacêuticos antes de serem enviadas para produção em seus laboratórios, que seguem as normas das Boas Práticas de Manipulação preconizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, e contam com instalações tecnológicas e uma equipe altamente treinada. Esse processo garante a qualidade e eficácia do produto final.

Entre os diferenciais de uma farmácia de manipulação destacam-se:

a)     A dose certa para a pessoa certa: a fórmula manipulada é prescrita de forma individualizada na quantidade e dosagem exata para cada paciente, evitando sobras ao final do tratamento.

b)     Formas farmacêuticas diferenciadas: a fórmula manipulada pode muitas vezes ser apresentada em diferentes formas farmacêuticas, como cápsulas, sachês, xaropes e cremes, para facilitar a aderência do paciente ao tratamento.

c)     Economia e preservação do meio ambiente: o produto manipulado é prescrito na quantidade e na dosagem exatas para o tratamento, evitando desperdícios e o descarte de resíduos que contaminam o meio ambiente.

d)     Medicamentos não disponíveis: caso o medicamento industrializado que o cliente precisa não exista mais nas drogarias, se a farmácia de manipulação tiver a matéria-prima, com prescrição, ela poderá manipular a fórmula para tratamento.

e)     Associação de Medicamentos: outro diferencial é a possibilidade de associação de vários ativos na mesma fórmula, favorecendo a aderência do paciente ao tratamento e minimizando a quantidade de medicamentos a serem ingeridos ao dia.

Outro diferencial importante da farmácia de manipulação é a questão terapêutica, uma vez que os medicamentos desenvolvidos na farmácia de manipulação possuem formas e concentrações que, geralmente, não são encontradas dentro da indústria farmacêutica.

Os benefícios também vão além da personalização da dose, estendendo-se para a forma como esses remédios são disponibilizados, sendo possível encontrar versões, tamanhos e cores diferentes em cada estabelecimento.

O remédio produzido em farmácia de manipulação tem como característica principal a sua preparação individualizada, personalizada e feita especialmente para cada tipo de paciente. Logo, a farmácia de manipulação deve estar preparada para atender a qualquer usuário que esteja portando a prescrição feita somente por um prescritor habilitado. Outra vantagem bastante significativa de uma farmácia de manipulação é passar aos seus consumidores um conceito de qualidade e capacidade contínuas no que se refere à manipulação, bem como oferecer um produto adequado e com custo que cabe no bolso de quem vai adquirir o medicamento.

Em termos financeiros, um dos pontos positivos de um estabelecimento desta natureza é o custo de produção e o preço de venda ao cliente que geralmente garantem uma boa margem de lucro ao empreendedor.

É importante ressaltar que os componentes dos remédios feitos em farmácia de manipulação devem estar descritos pelo nome químico. Em alguns casos, é permitido que tenha mais de um componente em uma mesma fórmula. Já as dosagens são, sobretudo, individualizadas e particulares e só devem ser prescritas de acordo com a necessidade terapêutica de cada paciente, assim como a quantidade apropriada. Cada tipo de doença ou necessidade permite que se utilize certa dose, para que a terapia seja eficaz e sem desperdícios, sempre visando à economia.

A farmácia de manipulação deve atuar diretamente sob o rito do controle, que vai desde as matérias-primas e a capacitação dos seus fornecedores, até a submissão ao Manual da Qualidade e à supervisão de todos os procedimentos que se referem aos produtos acabados. Todo esse aparato confere, tanto ao paciente quanto ao médico que prescreveu a medicação, a confiabilidade necessária da farmácia de manipulação.

Para um planejamento mais detalhado para abertura de uma farmácia de manipulação é importante entrar em contato com o Sebrae da sua região. Além disso, é preciso estar inteirado sobre a documentação necessária, saber onde está entrando e desenvolver estratégias de curto, médio e de longo prazo. É preciso também realizar uma pesquisa sobre a cidade, o bairro e o local de instalação. A localização de qualquer negócio é ponto fundamental. É importante obter informações sobre o número e a qualidade dos profissionais, além das suas especialidades. É necessário definir o tipo, o porte e os serviços a serem realizados, o público alvo, a equipe de profissionais.

Os preços e os custos podem variar de acordo com o nível de tecnologia, de sofisticação, da localização e dos serviços/produtos oferecidos. Tudo isso aumenta a percepção de valor para os clientes. Abaixo segue um passo a passo que pode orientar a abertura de uma farmácia de manipulação.

PassoItemDescrição
Passo 1Modelagem de negóciosSaber quais serão os produtos, serviços e como divulgá-los.
Passo 2Plano de negóciosRealizar o cálculo da viabilidade do negócio: quanto investir para alcançar a lucratividade. Norteia o planejamento e auxilia na prevenção de riscos.
Passo 3Criação da marcaDefinir a cara da empresa, o nome, a cor, o posicionamento.
Passo 4Abertura da empresaProcurar por um especialista para auxiliar na parte trabalhista e tributária.
Passo 5Escolha do ponto comercialInformar-se sobre o público da região, fluxo, potencial, imóvel, aluguel, acesso, mercado local e concorrência.
Passo 6Adequação do espaçoElaborar projetos, orçar a obra, contratar um gerenciamento de obra, comprar móveis, comprar insumos e comprar equipamentos.
Passo 7Contratação de profissionaisContratar profissionais capacitados, atendentes, recepcionista, farmacêuticos.
Passo 8TreinamentoTreinar a equipe de profissionais e ensinar todas as técnicas.
Passo 9Definição do cardápio de produtos e serviçosDefinir o que vai oferecer aos clientes.
Passo 10PrecificaçãoEstabelecer os preços a serem praticados, tendo como base o plano de negócios e os custos fixos e variáveis.
Passo 11MarketingDefinir pra quem vender e como ele vai saber o que  é vendido. Comunicar ao público: investir em redes sociais, construir marca forte, oferecer bom atendimento, fazer plano de marketing.
Passo 12Gestão do dia a diaAdministrar tudo para que os clientes tenham boas experiências. É importante atingir o break even (ponto de equilíbrio), receber de receita pelo menos o que se teve de custo no mês.

Tabela 1 – Passo a passo: como abrir uma farmácia de manipulação.

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.

O Panorama Setorial Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais) sobre Dados Socioeconômicos das Farmácias de Manipulação mostra que em 2018, no Brasil, o segmento não só aumentou o número de funcionários contratados como ampliou seus estabelecimentos em mais de 600 unidades. Segundo o documento, entender essa evolução é importante para identificar os caminhos para o desenvolvimento do setor nos próximos anos. Essa pesquisa reúne números e considerações importantes sobre estabelecimentos ativos e em operação nas diferentes regiões do Brasil, o porte econômico das farmácias e características de empregabilidade e longevidade das empresas, reafirmando a força do setor magistral.

O Panorama Setorial 2018 registrou alta de 0,6% no volume de empregos gerados pelas farmácias de manipulação em 2017 com relação a 2014. O levantamento aponta que são quase 54 mil profissionais contratados em regime de CLT, o que representam 0,11% dos 47,5 milhões de postos de trabalho existentes no Brasil. O Panorama evidenciou essa melhora percebida no volume de empregos, mas também mostrou que houve ganho real dos profissionais de 2014 a 2017, com incremento de 4,5% no salário médio do segmento, já descontada a inflação.

A pesquisa detectou outra característica bastante específica do setor, que é formado por empreendimentos de alta longevidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 60% dos negócios no Brasil têm até cinco anos de atividade. Por outro lado, apenas 14,5% das farmácias de manipulação existem há menos de cinco anos. A média das empresas do setor é de 15 anos. Dentro dessa perspectiva, o estudo mostrou um aumento de 8,8%, entre janeiro de 2014 e abril de 2018 no número de farmácias de manipulação em operação. Isso confirma que o segmento não se abateu pelo momento de instabilidade econômica.

Segundo o diretor executivo da Anfarmag, Marco Fiaschetti, a oscilação financeira está relacionada à crise macroeconômica. Mesmo assim, ele considera que, comparado a outros setores, o ramo tem se mantido mais resiliente.

A expectativa para 2019 é de recuperação, assim como ocorreu em 2016, quando o faturamento bruto cresceu 4,1%, ante 2015, indicando uma procura maior por tratamentos cada vez mais individualizados. Entre as estratégias para atingir esse avanço de modo sustentável está a crescente segmentação do setor. Existem casos de sucesso onde a farmácia deixa de manipular todos os produtos para se especializar em apenas um nicho.

Por outro lado, para as lojas não especializadas, o sortimento de produtos tende a crescer. Na explicação da diretora técnica da Pharmapele, Luisa Saldanha, isso está relacionado ao envelhecimento da população e ao surgimento de novas especialidades médicas e não-médicas que demandarão um maior mix de produtos. A oportunidade de tratamentos individualizados existe, mas é necessário saber aproveitar o mercado.

Para quaisquer das estratégias adotadas, é preciso adaptar-se ao modelo de consumo e é necessário inovar para dar atratividade à loja.

Para aproveitar esse mercado, é preciso, essencialmente, o seguinte:

a)      Transparência: manter registros e rotinas e o cumprimento rigoroso dessas orientações entre os profissionais da equipe sobre validade, posologias, indicações, contraindicações e benefícios dos elementos e produtos manipulados é fundamental para estabelecer uma linha de comunicação clara e solidificar a confiança do consumidor;

b)       Presença midiática: como em diversos outros setores, divulgar as farmácias de manipulação em anúncios e campanhas, no meio digital, em imprensas e outros portais, melhoram a imagem da empresa e estreitam o relacionamento com pacientes e prescritores que utilizam produtos manipulados;

c)      Personalização: Em sintonia ao serviço personalizado prestado aos pacientes, oferecer também um atendimento diferenciado tem o poder de consolidar e fidelizar o cliente. É importante que a equipe inteira esteja de acordo e ciente da cultura e métodos inerentes à organização.

 

A escolha do ponto comercial é de extrema importância e pode ser um dos segredos para quem está interessado em montar esse tipo de negócio. Depende do público alvo, da disponibilidade financeira, da facilidade para chegar ao local, das condições de estacionamento e segurança. É importante localizar o estabelecimento onde tenha um grande fluxo de pessoas circulando, perto de lojas, mercados, condomínios, escolas. Dessa forma, a exposição será maior.

O empreendedor que desejar montar o seu negócio em um bairro desconhecido, deve coletar dados como renda per capita, crescimento populacional, empresas já estabelecidas, custo de vida e pesquisar sobre as melhores regiões para localizar o seu empreendimento. Escolhido o bairro, parte-se para a busca pelo ponto de venda.

Para obter êxito na escolha do local, é importante, primeiramente, definir o público alvo, pois além de influenciar na escolha do ponto comercial, faz parte do planejamento estratégico. O segundo passo é observar o fluxo de pessoas no local, tanto de pedestres quanto de carros. Ruas mais movimentadas e que dão acesso a outros bairros aumentam a visibilidade da empresa.

O terceiro passo é avaliar a acessibilidade do ponto, ou seja, como chegar até o ponto comercial, a sua infraestrutura ao redor. Perguntas como: “as ruas são asfaltadas? A iluminação é adequada? O acesso é facilitado? Existem locais para estacionamento? O entorno é seguro? Há transporte público perto?” devem fazer parte dessa etapa. O quarto passo é verificar se existem concorrentes próximos ao local, pois no geral, não é aconselhável abrir uma empresa muito próxima de outras já consolidadas, pois pode dificultar o crescimento do negócio.

Entre as estratégias para se definir o ponto estão:

– Perfil do público: Definir a faixa de renda e hábitos de consumo ajuda a identificar melhor a região em que os potenciais clientes estão presentes. Conhecer o seu possível consumidor é um fator de importância para o sucesso de um novo negócio, e uma pesquisa focada e profunda deve ser feita para definir as principais necessidades não atendidas, preferências e principais demandas. Conhecendo as necessidades do público é possível oferecer produtos e serviços de forma adequada, permitindo uma satisfação da clientela nos produtos e serviços ofertados e nos preços praticados.

– Aluguel: Ao definir o local do empreendimento, verifique se o valor do aluguel está adequado com o seu plano de negócios e quais as condições para renovação contratual. Encontrar um ponto extraordinário com um aluguel muito alto pode consumir todo o lucro esperado e não trazer retorno proporcional ao custo fixo. O valor do condomínio, instalações, reformas, possibilidade de ampliações e taxas anuais (comuns em shoppings), também devem ser levados em consideração.

– Vizinhança: A análise dos empreendimentos ao redor é um fator que precisa ser observado. Instalar em grandes centros pode ser uma boa ideia, mas com certeza terá uma grande concentração de concorrentes, o que pode facilitar na atração destes, mas pode dificultar a fidelização e a manutenção das margens de lucro. É importante conhecer o perfil dos moradores do local, sua renda média, os hábitos de lazer, os tipos de imóveis da região.

– Acessibilidade: é importante dispor de uma área com estacionamento, de fácil acesso. Caso o espaço não possibilite essa infraestrutura, vale pensar em uma parceria com estacionamentos, por exemplo. O acesso a cadeirantes e a outras pessoas com deficiência também precisa ser observado.

– Visibilidade: A possibilidade de exposição do local é um ponto crucial na hora de escolher a localização. Aqui também deve ser observado a iluminação da rua, valendo para a segurança ou para a visibilidade noturna da empresa. É importante levantar várias alternativas de pontos para poder comparar e definir o melhor lugar para o negócio.

– Aspectos legais: Observe ainda as regularizações, de acordo com o local e licenças exigidas. Verifique se existem restrições de instalação para determinado tipo de negócio naquele endereço, em relação ao plano da Lei de Zoneamento e do Plano Diretor da cidade.

É importante também que o imóvel escolhido ofereça condições para expansão do empreendimento que ocorrerá à medida que o negócio conquistar mais clientes.

De maneira resumida, estão listados alguns pontos de atenção na escolha do imóvel onde a empresa será instalada:

a) A relação entre receitas e despesas estimadas precisa ser compatível com os objetivos definidos pelo empreendedor. É preciso estar atento ao custo do aluguel, prazo do contrato, reajustes e reformas a fazer.

b) Certifique-se de que o imóvel atende às necessidades operacionais quanto à localização, capacidade de instalação, características da vizinhança, serviços de água, luz, esgoto, telefone, transporte etc.

c) Verifique se existem facilidades de acesso, estacionamento e outras comodidades que possam tornar mais conveniente e menos onerosa a adaptação do imóvel.

d) Cuidado com imóveis situados em locais sujeitos a inundação ou próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito.

e) Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área, que deverá estar devidamente regularizada.

As atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU), que determina o tipo de atividade que pode funcionar em determinado endereço. A consulta de local junto à Prefeitura deve atentar para:

– se o imóvel está regularizado, ou seja, se possui HABITE-SE;

– se as atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos em qualquer bairro;

– se os pagamentos do IPTU referente ao imóvel estão em dia;

– no caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, letreiros e outdoors, será necessário verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento das mesmas;

– exigências da legislação local e do Corpo de Bombeiros Militar.

Alguns erros cometidos durante essa fase do negócio devem ser evitados, tais como: adaptar o negócio ao ponto e não o contrário, só se importar com o valor do aluguel, não avaliar como os clientes chegam até o negócio.

 

Para abrir uma farmácia de manipulação, o empreendedor deverá ter conhecimento sobre o funcionamento do negócio e também sobre suas exigências legais.

É importante lembrar que o ponto empresarial já deve estar montado desde o início do processo de registro, pois o zoneamento da cidade pode impedir o exercício de certas atividades em determinados locais e a fiscalização dos órgãos de regulação é feita durante o processo de registro.

Para abrir a empresa, o empreendedor poderá atuar com um ou mais sócios ou individualmente, podendo ter seu registro como autônomo ou constituir uma sociedade simples. A sociedade simples poderá adotar uma das espécies de sociedades admitidas em lei ou então utilizar o societário – Sociedade Simples Pura. Pode ainda adotar a Sociedade Limitada. Para isso, é preciso analisar os fatores que melhor atendem às suas expectativas e ao perfil do negócio.

O contrato social irá definir as participações de capital de cada um dos sócios, assim como as atividades da empresa. O documento deverá ser reconhecido em cartório e assinado por um advogado. Nesse momento já é importante avaliar se a empresa se enquadra no Simples Nacional, uma forma de reduzir alíquotas de tributos e simplificar sua forma de pagamento junto aos órgãos do Fisco.

Para elaborar os atos constitutivos da empresa, indica-se a contratação de um contador, profissional habilitado para auxiliar na escolha da forma jurídica mais adequada. As autorizações necessárias para abrir um negócio divergem conforme o ramo escolhido. A legislação do município e do estado também podem exigir inscrições especificas, por isso é importante consultar um contador com conhecimento sobre a legislação local.

·        Alguns procedimentos devem ser adotados para a abertura de uma empresa:

1.     Registro na Junta Comercial ou no Cartório de Pessoas Jurídicas do estado. A partir desse registro que a empresa passa a existir oficialmente. É necessário realizar consulta prévia sobre a existência do nome;

2.     Registro na Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

3.     Registro na Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;

4.     Registro do enquadramento na Entidade Sindical Patronal: a empresa ficará obrigada a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical Patronal;

5.     Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”.

6.     Registro no Corpo de Bombeiros Militar: Órgão que autoriza o funcionamento das atividades no município, responsável por fazer a vistoria que aprova que a empresa esteja dentro das exigências mínimas de segurança de proteção contra incêndio, rotas de fuga e equipamentos de segurança de combate a incêndio para que a empresa consiga o “Habite-se” da Prefeitura local;

7.     Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar o negócio (quando for o caso) para fazer a consulta de local.

8.     Realizar uma consulta prévia de endereço na Prefeitura; Municipal/Administração Regional sobre a lei de zoneamento;

9.     Submeter-se à inspeção por parte da vigilância sanitária – ANVISA.

10. Observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC);

11. Atentar-se para Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Estatuto da Micro e Pequena Empresa), e suas alterações, que possibilitao tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP). Isso confere vantagens aos empreendedores que optarem pelo enquadramento de sua empresa no órgão de registro público (Cartório ou Junta Comercial), seja em órgãos governamentais, inclusive quanto à redução ou isenção das taxas de registros, licenças etc.

Além dessas, o empreendedor precisa observar outras orientações e exigências legais específicas como as descritas a seguir:

1.      Regulamento Técnico sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano (RDC nº 67/2007) estabelece para as farmácias os requisitos mínimos para a aquisição e controle de qualidade da matéria-prima, armazenamento, manipulação, fracionamento, conservação, transporte e dispensação de preparações magistrais e oficinais obrigatórios à habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício dessas atividades, estabelecendo entre outros requisitos as seguintes exigências para o funcionamento das farmácias de manipulação:

a.       Estar regularizada nos órgãos de Vigilância Sanitária competente, conforme legislação vigente;

b.      Atender às disposições deste Regulamento Técnico e dos anexos que forem aplicáveis;

c.       Possuir o Manual de Boas Práticas de Manipulação;

d.      Possuir Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA, conforme legislação vigente;

e.       Possuir Autorização Especial, quando manipular substâncias sujeitas a controle especial.

2.      Lei nº 5991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências.

3.      Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976 Institui a obrigatoriedade da Autorização de Funcionamento expedida pelo órgão competente do Ministério da Saúde para as empresas que realizem as atividades previstas na lei para medicamentos, produtos para saúde, cosméticos, saneantes e perfumes. Institui a obrigatoriedade da responsabilidade técnica. Estabelece a obrigatoriedade do registro junto ao Ministério da Saúde para que os produtos previstos na lei possam ser comercializados.

 

A estrutura da empresa vai variar de acordo com o tipo de empreendimento que se deseja montar. A RDC Nº 67/2007, no seu Anexo I, item 4, define com riqueza de detalhes toda a estrutura necessária a uma farmácia de manipulação:

A farmácia deve ser localizada, projetada, construída ou adaptada, com uma infraestrutura adequada às atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo:

a) área ou sala para as atividades administrativas, compreendida por uma área administrativa e uma sala ou área de retenção de documentos;

b) área ou sala de armazenamento (almoxarifado de insumos): deve ter acesso restrito somente a pessoas autorizadas e ter capacidade suficiente para assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de matérias-primas, materiais de embalagem e de produtos manipulados. Por este motivo é necessário placa de identificação na entrada, informando a restrição somente para pessoas autorizadas;

c) área ou sala de controle de qualidade: para a realização dos testes físicos e/ou biológicos das matérias-primas, materiais de embalagem e produtos manipulados;

d) sala ou local de pesagem de matérias-primas: dotada de sistema de exaustão, com dimensões e instalações compatíveis com o volume de matérias-primas a serem pesadas, podendo estar localizado dentro de cada sala de manipulação;

e) sala ou laboratório de manipulação (sólidos, líquidos, ou semissólidos). (Obs. Os laboratórios deverão ser distintos para os sólidos e os líquidos): com dimensões que facilitem ao máximo a limpeza, manutenção e outras operações a serem executadas e totalmente segregados quando houver manipulação de sólidos, semissólidos e líquidos;

f) área de dispensação;

g) vestiário (masculino e feminino);

h) Antecâmera (AC) (sala de paramentação): ventilada, preferencialmente com dois ambientes (barreira sujo/limpo) e servindo como acesso às áreas de pesagem e manipulação, contendo lavatório com provisão de sabonete líquido e antisséptico, além de recursos para secagem das mãos. Este lavatório deve servir exclusivamente para o processo de paramentação com área provida de armário e cabides para colocação de jaleco, gorro e máscara;

i) sanitários para funcionários (masculino, feminino e Portadores de Necessidades Especiais – PNE): devem ser de fácil acesso e não devem ter comunicação direta com as áreas de armazenamento, manipulação e controle da qualidade. Os sanitários devem dispor de toalha de uso individual (descartável), detergente líquido, lixeira identificada com pedal e tampa;

j) área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem: utilizados na manipulação ou das análises do controle de qualidade, sendo permitida a lavagem em local dentro do próprio laboratório de manipulação, desde que estabelecida por procedimento escrito e em horário distinto do das atividades de manipulação;

k) depósito de material de limpeza: devem ser armazenados em área ou local especificamente designado e identificado, podendo a lavagem deste material ser feita neste local;

l) copa.

 

A quantidade de funcionários dependerá da estrutura do empreendimento e dos serviços oferecidos. O foco dessa decisão é a qualidade do atendimento que será oferecido ao cliente. Os cargos e configuração da equipe técnica da Farmácia de Manipulação deverá estar em conformidade com a RDC Nº 67/2007, Anexo I, item 3.

Para a ANVISA, a farmácia deve ter um organograma que demonstre possuir estrutura organizacional e de pessoal suficiente para garantir que o produto por ela preparado esteja de acordo com os requisitos do citado Regulamento Técnico.

As atribuições e responsabilidades individuais devem estar formalmente descritas e perfeitamente compreensíveis a todos os empregados, investidos de autoridade suficiente para desempenhá-las, não podendo existir sobreposição de atribuições e responsabilidades na aplicação das Boas Práticas de Manipulação em Farmácias – BPMF.

1.     Farmacêutico: responsável pela supervisão da manipulação e pela aplicação das normas de Boas Práticas, deve possuir conhecimentos científicos sobre as atividades desenvolvidas pelo estabelecimento sendo suas atribuições:

a.      Organizar e operacionalizar as áreas e atividades técnicas da farmácia e conhecer, interpretar, cumprir e fazer cumprir a legislação pertinente;

b.     Especificar, selecionar, inspecionar, adquirir, armazenar as matérias-primas e materiais de embalagem necessários ao processo de manipulação;

c.      Estabelecer critérios e supervisionar o processo de aquisição, qualificando fabricantes e fornecedores e assegurando que a entrega dos produtos seja acompanhada de certificado de análise emitido pelo fabricante / fornecedor;

d.     Notificar à autoridade sanitária quaisquer desvios de qualidade de insumos farmacêuticos, conforme legislação em vigor;

e.      Avaliar a prescrição quanto à concentração e compatibilidade físico-química dos componentes, dose e via de administração, forma farmacêutica e o grau de risco;

f.       Assegurar todas as condições necessárias ao cumprimento das normas técnicas de manipulação, conservação, transporte, dispensação e avaliação final do produto manipulado;

g.     Garantir que somente pessoal autorizado e devidamente paramentado entre na área de manipulação;

h.     Manter arquivo, informatizado ou não, de toda a documentação correspondente à preparação;

i.       Manipular a formulação de acordo com a prescrição e/ou supervisionar os procedimentos para que seja garantida a qualidade exigida;

j.       Determinar o prazo de validade para cada produto manipulado;

k.     Aprovar os procedimentos relativos às operações de manipulação, garantindo a correta implementação dos mesmos;

l.       Assegurar que os rótulos dos produtos manipulados apresentem, de maneira clara e precisa, todas as informações exigidas na norma;

m.   Garantir que a validação dos processos e a qualificação dos equipamentos, quando aplicáveis, sejam executadas e registradas e que os relatórios sejam colocados à disposição das autoridades sanitárias;

n.     Participar de estudos de farmacovigilância e os destinados ao desenvolvimento de novas preparações;

o.     Informar às autoridades sanitárias a ocorrência de reações adversas e/ou interações medicamentosas não previstas;

p.     Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação continuada;

q.     Manter atualizada a escrituração dos livros de receituário geral e específicos, podendo ser informatizada;

r.       Desenvolver e atualizar regularmente as diretrizes e procedimentos relativos aos aspectos operacionais da manipulação;

s.      Guardar as substâncias sujeitas a controle especial e medicamentos que as contenham, de acordo com a legislação em vigor;

t.       Prestar assistência e atenção farmacêutica necessárias aos pacientes, objetivando o uso correto dos produtos;

u.     Supervisionar e promover auto-inspeções periódicas.

2.     Gerência superior:

a.      Prever e prover os recursos financeiros, humanos e materiais necessários ao funcionamento do estabelecimento;

b.     Assegurar condições para o cumprimento das atribuições gerais de todos os envolvidos, visando prioritariamente a qualidade, eficácia e segurança do produto manipulado;

c.      Estar comprometido com as atividades de BPMF, garantindo a melhoria contínua e a garantia da qualidade;

d.     Favorecer e incentivar programa de educação permanente para todos os envolvidos nas atividades realizadas na farmácia;

e.      Gerenciar aspectos técnico-administrativos das atividades de manipulação;

f.       Zelar para o cumprimento das diretrizes de qualidade estabelecidas neste Regulamento;

g.     Assegurar a atualização dos conhecimentos técnico-científicos relacionados com a manipulação e a sua aplicação;

h.     Garantir a qualidade dos procedimentos de manipulação.

Para a implantação de uma farmácia de manipulação de pequeno porte, o quadro de colaboradores é estimado da seguinte forma:

PESSOALQUANTIDADE
Gerente1
Atendente/recepcionista1
Farmacêutico2
Auxiliar de limpeza1

Tabela 2 – Quadro pessoal

Fator importante na gestão de pessoas é a capacitação. A qualificação dos profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, além de elevar o nível de retenção dos funcionários e de melhorar a performance do negócio. O treinamento deve desenvolver algumas competências como: capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes; agilidade e presteza no atendimento; capacidade de explicar os procedimentos em questão; motivação para crescer juntamente com o negócio.

Por fim, é preciso estar atento em relação à Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores, utilizando-a como base para os salários e relações trabalhistas. O Sebrae poderá ser consultado para ajudar com as orientações sobre o perfil do quadro de funcionários e treinamentos adequados.

 

Os equipamentos necessários à instalação de uma Farmácia de Manipulação podem ser divididos em dois grupos principais: equipamentos de uso farmacotécnico e equipamentos de uso geral.

1.     Equipamentos de Uso Farmacotécnico – A RDC 67, Anexo I, Item 5. – MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS, define os equipamentos, instalações e utensílios básicos para o funcionamento de uma Farmácia de Manipulação:

a.       Balança(s) de precisão, devidamente calibrada, com registros e instalada em local que ofereça segurança e estabilidade;

b.      Pesos padrão rastreáveis;

c.       Vidraria verificada contra um padrão calibrado ou adquirida de fornecedores credenciados pelos Laboratórios da Rede Brasileira de Calibração, quando for o caso;

d.      Sistema de purificação de água;

e.       Refrigerador para a conservação de produtos termolábeis;

f.       Termômetros e higrômetros;

g.      Bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil limpeza;

h.      Lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente identificadas;

i.       Armário fechado, de material liso, resistente e de fácil limpeza, ou outro dispositivo equivalente para guarda de matérias-primas e produtos fotolábeis e/ou sensíveis à umidade.

Os equipamentos devem ser instalados e localizados de forma a facilitar a manutenção, e mantidos de forma adequada às suas operações. A farmácia deve dispor de equipamentos, utensílios e vidraria em quantidade suficiente para atender à demanda do estabelecimento e garantir material limpo, desinfetado ou esterilizado. As tubulações expostas devem estar identificadas, de acordo com norma específica. A farmácia deve possuir pelo menos uma balança em cada laboratório com capacidade/sensibilidade compatíveis com as quantidades a serem pesadas ou possuir uma central de pesagem onde as balanças estarão instaladas, devendo ser adotados procedimentos que impeçam a contaminação cruzada e microbiana. Os equipamentos de segurança para combater incêndios devem atender à legislação específica.

As calibrações dos equipamentos e instrumentos de medição devem ser executadas por empresa certificada, utilizando padrões rastreáveis à Rede Brasileira de Calibração, no mínimo uma vez ao ano ou, em função da frequência de uso do equipamento. Deve ser mantido registro das calibrações realizadas dos equipamentos, instrumentos e padrões. A verificação dos equipamentos deve ser feita por pessoal treinado do próprio estabelecimento, antes do início das atividades diárias, empregando procedimentos escritos e padrões de referência, com orientação específica, mantidos os registros

Todos os equipamentos devem ser submetidos à manutenção preventiva, de acordo com um programa formal e, quando necessário, corretiva, obedecendo a procedimentos operacionais escritos, com base nas especificações dos manuais dos fabricantes. Todos os sistemas de climatização de ambientes devem ser mantidos em condições adequadas de limpeza, conservação, manutenção, operação e controle, de acordo com norma específica.

2.     Equipamentos de uso geral:

a.       Placa de identificação;

1.      Cadeiras para espera;

2.      Armários;

3.      Balcão para recepção;

4.      Cadeira recepção;

5.      Utensílios descartáveis;

6.      Vassoura, pá e equipamentos para limpeza;

7.      Aparelho telefônico com linha telefônica;

8.      Instalação de internet banda larga;

9.      Computador;

10.  Máquina de cartão;

11.  Impressora;

12.  Software para controle estoque, arquivo de clientes, agendamento de horários e controle do fluxo de caixa;

13.  Ar condicionado;

14.  Material de escritório: canetas, lápis, papeis;

15.  Caixas organizadoras;

16.  Prateleiras;

17.  Purificador de água.

Todos os materiais e equipamentos devem ser disponibilizados em quantidades suficientes para atender a demanda do empreendimento. A quantidade deverá ser definida de acordo com a estrutura e espaço escolhidos.

 

Os insumos e as respectivas quantidades variam consideravelmente a depender do serviço prestado e do produto a ser oferecido. A definição de quais insumos são necessários depende da avaliação precisa dos fluxos dos processos produtivos. Ou seja, é preciso analisar os materiais necessários para manipulação de medicamentos para estimar a obtenção da matéria-prima.

O passo seguinte é levantar os fornecedores, identificar onde buscar essa mercadoria verificando se encontram-se em seu estado, município ou em outras regiões do país.

É necessário ainda verificar se há oferta permanente em quantidade e na qualidade necessárias e qual o custo para obtenção desses insumos. É necessário identificar se o volume de produtos que as empresas situadas em sua área de atuação possuem é o suficiente para suprir a demanda da empresa ou se será necessário buscar os insumos fora de seu estado, o que resulta em uma elevação dos custos, maior demora para sua reposição, resultando num maior custo com manutenção do estoque. E sabe-se que quanto maior for o volume em estoque, maior a perda com recursos financeiros parados em prateleiras.

O controle de estoques é algo crucial na gestão. Ele deve ser suficiente para o adequado funcionamento da empresa, mas mínimo, para reduzir o impacto no capital de giro.

É essencial o bom desempenho na gestão de estoques, com foco no equilíbrio entre oferta e demanda. Esse equilíbrio deve ser sistematicamente conferido, com base, entre outros, nestes três indicadores de desempenho:

1 – Giro dos estoques: número de vezes que o capital investido em estoques é recuperado por meio das vendas. É medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores, em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.

2 – Cobertura dos estoques: indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.

3 – Nível de serviço ao cliente: demonstra o número de oportunidades de prestação de serviço que podem ter sido perdidas pelo fato de não existir a matéria-prima em estoque.

As matérias-primas a serem utilizadas por uma Farmácia de Manipulação irão variar conforme o Grupo de Atividades que a Farmácia esteja enquadrada, descritos no RDC Nº 67/2007. Entre estas se destaca grande percentual de insumos importados.

Além dos insumos necessários à fabricação dos medicamentos, outros utensílios são necessários para a realização do processo produtivo:

·        Material descartável;

·        Embalagens;

·        Materiais de higiene;

·        Materiais de proteção individual;

·        Material de limpeza.

O tipo de material e os fornecedores devem ser escolhidos de maneira criteriosa e de acordo com o público-alvo. A gestão de estoque numa farmácia de manipulação é um fator muito importante.

É importante estar atento, buscando mercadorias que atendam às expectativas dos clientes. Pesquisas podem ajudar no levantamento destas informações. Buscar mercadorias que acompanhem novas tendências também deve ser considerado constantemente pelo empresário.

 

O processo produtivo, ou seja, a sequência de atividades com o objetivo de produzir um bem ou serviço de uma farmácia de manipulação contém as seguintes etapas:

Figura 1 – Processo produtivo

Compreende as atividades de relacionamento com os clientes, incluindo a recepção dos pedidos e elaboração de orçamentos via site, telefone ou pessoalmente no balcão de atendimento, encaminhamento ao laboratório, entrega dos medicamentos, cobrança de valores, venda de produtos agregados ao negócio de farmácia de manipulação e outras atividades correlatas que o empresário decidir implantar.

2.     Produção:

Responsável pela realização do serviço específico a cada cliente. Entre outros processos, destacam-se as atividades de administração e controle da produção, manipulação dos medicamentos conforme pedidos/receituário, embalagem, controle de qualidade, etc.

3.     Serviços administrativos:

Responsável pela organização do processo produtivo, gestão da equipe de profissionais (programação das férias, contratação, demissão, escalonamento e divisão das funções etc.), gestão do negócio envolvendo o acompanhamento e controle das atividades, compras, vendas, controle financeiro, divulgação do negócio e outros serviços correlatos.

 

Automação inclui os sistemas em que os processos são controlados ou apoiados por meio de dispositivos eletrônicos. O objetivo é dinamizar e otimizar os processos. A adoção de sistemas que facilitam a realização de tarefas acaba permitindo mais tempo de dedicação às atividades que mais impactam o negócio. Para isso, é necessário que o empreendedor selecione softwares, metodologias e procedimentos que se adequem ao seu negócio.

Para automatizar os processos da farmácia de manipulação é necessário identificar quais são os processos repetidos na rotina, avaliar o tempo gasto para realizar essas tarefas, manter a organização e procurar ferramentas de automação de processos específicos. As funcionalidades oferecidas são: cadastro de substâncias, cadastro de bases para formulas, orçamentos detalhados. É preciso ainda levantar a disponibilidade de equipamentos que possam apoiar ou realizar fases do processo produtivo da manipulação, ou que lhe possibilite maior precisão ou, ainda, diminuição de custos dos procedimentos.

Com relação à gestão da empresa, existem diversos sistemas de gerenciamento de pequenos negócios que podem auxiliar o empreendedor. Esses sistemas podem integrar as compras, as vendas e o financeiro, auxiliando o empreendedor na sua tomada de decisão. Contudo, antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal municipal e estadual, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo fornecedor.

A seguir, segue sugestões de sistemas de gestão específicos para farmácia de manipulação:

o  HOS Fórmula – https://www.hos.com.br/;

o  Fagron Technologies – https://www.fagrontechnologies.com.br/;

o  Lag Sistemas – https://www.lagsistemas.com.br/;

o  PharmaDream – http://www.pharmadream.com.br/;

o  Prime Software – https://primesoftware.com.br/;

o  Prisma Five – https://www.prismafive.com.br/;

o  Texs Medicator – https://www.texs.com.br/;

o  Trier – https://www.triersistemas.com.br/;

o  VSM Informática – https://www.vsm.com.br/

Apesar de ser necessário procurar softwares de custo acessível e compatível com uma pequena empresa desse ramo, deve ser observado que se trata de ferramenta fundamental no controle gerencial. Muitos destes programas, além do custo de aquisição, cobram taxa de manutenção mensal.

 

Os canais de distribuição são os meios pelos quais o empreendedor entrega o seu produto ou serviço ao cliente final, no local certo e na hora esperada pelos clientes. É a resposta às seguintes perguntas: Como o produto/serviço chega ao cliente? Ou, de modo geral, qual a estratégia da empresa para que o cliente chegue à sua empresa?

Para responder, e assim definir seus canais de distribuição e venda, é preciso considerar, minimamente, quatro fatores: (1) produto/serviço; (2) estratégias de disponibilização dos produtos/serviços; (3) preço; (4) estratégia de captação e manutenção dos clientes.

Sobre o fator 1, produto/serviço, a decisão consiste em definir os produtos e/ou serviços ofertados e a forma de prestá-los. Essa decisão orienta a estratégia de valor e a forma que os profissionais devem realizar o serviço. Nesta etapa, as decisões de farmácias que optaram por segmentar e de farmácias que optaram por ofertar grande variedade sem distinção de nicho, são bem diferentes. O importante aqui é que a escolha do produto/serviço esteja alinhada à proposta de atuação da farmácia.

Sobre o fator relacionado à estratégia de disponibilização dos produtos/serviços, é preciso levantar e avaliar pontos como a localização e a forma os produtos serão ofertados ou os serviços são prestados. Ou seja, é preciso definir se a farmácia estará disponível em um único lugar ou em vários locais, se somente por meio de loja física ou também por e-commerce. Nesse sentido, entende-se que aqui também deve ser definida a forma de acesso ao serviço prestado ou produto ofertado podendo ser somente na loja ou apoiado por meio dos recursos tecnológicos  como aplicativo próprio, whatsapp, internet, etc.. Esse é o fator que orienta a estratégia de onde e como estar para atender o cliente.

O fator 3 refere-se à definição dos preços dos produtos/serviços. Para além da verificação do custo e da margem de lucro, é preciso definir os demais critérios a serem considerados para definição dos preços. Isso depende, em alguma medida, do público-alvo que se pretende atingir e da proposta de atuação da farmácia. Aqui também devem ser considerados as formas de pagamento pelo cliente e as parcerias com outras empresas.

O fator 4 refere-se às estratégias da empresa para manter os clientes que já consumiram os produtos/serviços da empresa e para fazer com que novos clientes busquem seus produtos/serviços. Essa estratégia depende muito do perfil do público-alvo incluindo aqui seu comportamento, sua localização, suas preferências, seu poder aquisitivo entre outros.

 

O valor a ser investido num novo negócio envolve um conjunto de fatores identificados ao longo do processo de instalação do empreendimento. O investimento para o início das atividades varia de acordo com o porte do empreendimento e os produtos e serviços que serão oferecidos. O valor das aquisições varia de cidade para cidade e depende do tamanho do empreendimento e do seu nível de complexidade. Portanto, os valores aqui abrangidos são apenas uma estimativa.

São investimentos comuns a uma empresa deste segmento:

INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS
ITEMQUANTIDADEVALOR UNITÁRIOVALOR TOTAL
Abertura da empresa1R$            3.000,00R$     3.000,00
Reformas/adaptação do imóvel/decoração1R$          50.000,00R$   50.000,00
Reserva de caixa1R$           10.000,00R$    10.000,00
Publicidade e marketing1R$             3.000,00R$      3.000,00
TOTAL R$   66.000,00
INVESTIMENTOS EM MÓVEIS/EQUIPAMENTOS
ITEMQUANTIDADEVALOR UNITÁRIOVALOR TOTAL
Placa de identificação1R$                300,00R$          300,00
Armário10R$                200,00R$       2.000,00
Balcão para recepção1R$                600,00R$          600,00
Cadeira recepção3R$                300,00R$          900,00
Cadeiras para espera5R$                150,00R$          750,00
Bancada3R$                280,00R$          840,00
Equipamentos de limpezaR$                420,00R$          420,00
Telefone1R$                110,00R$           110,00
Computador1R$                600,00R$           600,00
Máquina de cartão1R$                230,00R$            230,00
Material de escritórioR$                300,00R$            300,00
Purificador de água1R$                400,00R$            400,00
Impressora1R$                800,00R$            800,00
Móveis diversosR$             10.00,00R$       10.000,00
Equipamentos específicosR$            35.000,00R$       35.000,00
Ar condicionado3R$             2.200,00R$          6.600,00
TOTAL R$        59.850,00
INVESTIMENTOS EM MATÉRIA PRIMA
ITEMQUANTIDADEVALOR UNITÁRIOVALOR TOTAL
Material descartávelR$              2.000,00R$          2.000,00
Material de higieneR$              2.000,00R$          2.000,00
Material de proteçãoR$              4.000,00R$          4.000,00
Material de limpezaR$              2.000,00R$          2.000,00
EmbalagensR$              4.000,00R$          4.000,00
InsumosR$            35.000,00R$        35.000,00
TOTAL R$        49.000,00

Tabela 3 – Investimento

Considerando a empresa em questão, o investimento necessário será cerca de R$174.850,00. É recomendável acrescentar ao valor do investimento um percentual de cerca de 20% para arcar com custos imprevistos, capital de giro. O retorno esperado para esse tipo de investimento é de 24 a 36 meses.

Antes de montar sua empresa, é fundamental que o empreendedor elabore um Plano de Negócios, onde os valores necessários à estruturação da empresa podem ser mais detalhados, em função dos objetivos estabelecidos de retorno e alcance de mercado. O capital de giro necessário para os primeiros meses de funcionamento do negócio também deve ser considerado neste planejamento.

Nessa etapa, é indicado que o empreendedor procure o Sebrae para consultoria adequada ao seu negócio, levando em conta suas particularidades. O empreendedor também poderá basear-se nas orientações propostas por metodologias de modelagem de negócios, em que é possível analisar o mercado no qual estará inserido, mapeando o segmento de clientes, os atores com quem se relacionará, as atividades chave, as parcerias necessárias, sua estrutura de custos e fontes de receita.

 

O capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva de recursos que devem ser usados para necessidades financeiras. É o valor necessário para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girarem), é o dinheiro necessário para bancar o funcionamento da empresa, suportar as oscilações de caixa. Em suma, é a parte do patrimônio que sofre constante movimentação.

É importante, portanto, administrar o capital de giro, avaliando o momento atual, as faltas e as sobras de recursos. Ele garante a saúde financeira da empresa e proporciona a manutenção dos estoques, além de assegurar o pagamento aos fornecedores, dos impostos, salários e demais custos. Tudo depende de um planejamento, detalhando os custos de curto e de longo prazo e as previsões de receitas.

Quanto maior o prazo concedido aos clientes para pagamento e quanto maior o prazo de estocagem, maior será a necessidade de capital de giro do negócio. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode amenizar a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Prazos médios recebidos de fornecedores também devem ser considerados nesse cálculo: quanto maiores os prazos, menor será a necessidade de capital de giro.

O empreendedor deverá ter um controle orçamentário rígido, de forma a não consumir recursos sem previsão, inclusive valores além do pró-labore. No início, todo o recurso que entrar na empresa nela deverá permanecer, possibilitando o crescimento e a expansão do negócio. O ideal é preservar recursos próprios para capital de giro e deixar financiamentos (se houver) para máquinas e equipamentos.

Sempre será muito útil que se tenha certo montante de recursos financeiros reservado para que o negócio possa fluir sem sobressaltos, especialmente no início do projeto. No entanto, ter esse recurso disponível não é suficiente para uma boa gestão, ou seja, esse recurso somente deverá ser utilizado para honrar compromissos imediatos ou lidar com problemas de última hora.

Entre as dicas para se ter um capital de giro saudável estão: identificar e cortar gastos, ficar sempre atento ao fluxo de caixa; ter disciplina, ser chato com o controle financeiro, possuir um controle orçamentário rígido; saber negociar com os fornecedores e os clientes, procurar as melhores formas de pagamento e de prazos, antecipar pagamentos a receber (PORTAL SEBRAE).

Conforme previsto no tópico anterior, o valor estimado para o capital de giro é cerca de R$34.970,00.

 

Conhecer os custos é imprescindível para o sucesso o negócio. Custo e despesa são conceitos distintos. Custos são gastos que dizem respeito ao que é produzido pela empresa, possuem relação direta com a atividade-fim, tais como matéria prima, mão de obra, produtos para revenda. Já as despesas não possuem ligação direta com a atividade central do negócio, são os gastos relativos à administração: área de marketing, desenvolvimento de produtos, tais como água, energia, internet, aluguel, materiais de escritório, impostos, contador. Para fazer a diferenciação basta se perguntar se eliminando o gasto, a produção seria afetada. Caso a resposta seja afirmativa, trata-se de um custo.

Para estimar os custos da farmácia de manipulação, é preciso avaliar o tamanho da estrutura, o volume de serviços, a quantidade de funcionários, despesas fixas. É fundamental levantar esses valores totais para realizar um controle sobre todos os custos do empreendimento. Isso ajudará a reduzir desperdícios, controlar as despesas internas. A gestão de custos é o gerenciamento inteligente dos gastos de uma organização e é essencial para manter o bom funcionamento do negócio, tornando-o mais competitivo, evitando prejuízos e permitindo um crescimento sustentável da empresa.

Tomando como base o exemplo da empresa em questão, os custos estimados para a operação do negócio são:

CUSTOS
ITEMVALOR MENSALVALOR ANUAL
Salários, comissões e encargosR$              12.500,00R$            150.000,00
Alimentação e transporteR$                2.500,00R$              30.000,00
Insumos, matéria primaR$              14.000,00R$            168.000,00
Manutenção corretivaR$                5.000,00R$              60.000,00
TOTAL   R$            34.000,00 R$             408.000,00
DESPESAS
ITEMVALOR MENSALVALOR ANUAL
Aluguel (se for o caso)R$           3.000,00R$             36.000,00
ÁguaR$              500,00R$               6.000,00
LuzR$               500,00R$               6.000,00
InternetR$               200,00R$               2.400,00
Impostos, tributos, taxasR$            2.500,00R$              30.000,00
Assessora contábilR$           1.800,00R$             21.600,00
Taxa máquina de cartãoR$              100,00R$                1.200,00
Materiais de escritórioR$              300,00R$                3.600,00
Materiais de limpeza, manutençãoR$           1.000,00R$              12.000,00
TelefoneR$              100,00R$                1.200,00
Propaganda, publicidadeR$            1.200,00R$              14.400,00
TOTAL     R$          11.200,00R$            134.400,00

Tabela 4 – Custos e despesas

Dessa forma, o custo total mensal seria R$45.200,00. Importante registrar, novamente, que são apenas estimativas e que podem variar de cidade para cidade.

É necessário reforçar que os custos atribuídos acima dependerão do porte, localização e região da farmácia de manipulação, já que todos os valores poderão sofrer alterações a depender da cidade que o empreendedor abrirá o seu negócio. Aconselha-se que o empreendedor faça a elaboração de um plano de negócio com o intuito de estimar os custos exatos do seu empreendimento conforme o porte da empresa e dos serviços oferecidos.

Para isso, o empresário poderá solicitar a ajuda do Sebrae do seu estado.

 

Identificar um diferencial em relação aos concorrentes e vê-lo reconhecido pelo consumidor significa vantagem para uma frente em relação às demais empresas do mercado. Observe que não basta oferecer algo que os concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu nível de satisfação com o produto/serviço prestado.

Há duas formas clássicas de estratégia de agregação de valor:  de custo ou de diferenciação. Na estratégia de custos, na qual o empreendedor pratica um preço mais baixo que os concorrentes, é preciso ter uma grande quantidade de clientes para ter lucro. Afinal, nessa estratégia, a empresa não possui a mesma margem de lucro que locais mais caros. Importante lembrar que esta alternativa precisa ser percebida pelo cliente como algo valoroso. Se o preço não for um fator importante para o cliente, esta estratégia de diferenciação por custo não é a adequada ao seu negócio.

Ao optar por essa estratégia, o cuidado com custos administrativos reduzidos deve ser redobrado, pois vão impactar diretamente no resultado financeiro final.

Na estratégica de diferenciação, é fundamental pensar em oferecer algum valor agregado ao seu cliente diferente de preço. Invista em um bom plano de marketing, na presença digital, invista em programas de fidelização dos clientes como descontos, aposte na inovação, tenha oferta de produtos diferenciados para um público-alvo específico.

Para a definição da estratégia e do valor agregado, é importante pesquisar junto aos concorrentes para conhecer os produtos e serviços que estão sendo adicionados e desenvolver opções específicas com o objetivo de proporcionar um produto diferenciado ao cliente.

Além disso, conversar com os clientes atuais para identificar suas expectativas é muito importante, tendo em vista o desenvolvimento de novos serviços ou produtos personalizados, o que amplia as possibilidades de fidelizar os atuais clientes, e cativar novos.

O empreendedor também deve manter-se sempre atualizado com as novas tendências, novas técnicas, novos métodos, por meio da leitura de colunas de jornais e revistas especializadas, pois a agregação de valor pode acontecer das mais diversas formas. A busca pela criatividade, o contínuo aprendizado e a quebra de paradigmas são as possíveis soluções para os desafios das empresas atualmente.

Após levantamento de possibilidades de agregação de valor, o passo seguinte é avaliar a compatibilidade da estratégia com seu empreendimento e sua capacidade de investimento.

É importante destacar os produtos com melhores potenciais de vendas, ter uma variedade de produtos, conhecer bem o cliente, implementar estratégias de fidelização, possuir um atendimento humanizado, possuir uma equipe treinada, deixar o layout da farmácia organizado, investir em marketing e caprichar no pós-venda.

No caso da farmácia de manipulação, a alternativa para evitar prejuízos e dar um upgrade nas finanças, está na produção dos medicamentos com alto valor agregado. Além dos produtos que já estão expostos nas prateleiras, e que os concorrentes também já dispõem, a possibilidade de ampliar a gama de medicamentos cosméticos e nutracêuticos com a manipulação faz com que a farmácia se torne referência na qualidade do remédio ofertado. O cliente deve ter confiança não apenas nos medicamentos e sim no serviço prestado. O farmacêutico — se não é — deve ser, depois do médico, o profissional mais confiável para um paciente. Ele necessita ser solícito e bem claro na conversa com o cliente.

Quanto mais facilitado for o atendimento, mais eficiente será o trabalho do farmacêutico/atendente. É fundamental que o empreendimento apresente soluções ao cliente, que necessita de segurança, ao receber os medicamentos, e de eficiência. O importante ao tratar de farmácia de manipulação não é apenas sanar problemas, mas ver neles possibilidades de melhora no processo e ampliação das vendas com atendimento de qualidade, fidelização de clientes e ampliação da gama de medicamentos, ainda mais com os manipuláveis.

 

A forma de comunicação com o público-alvo é de suma importância no desenvolvimento da estratégia de divulgação dos serviços prestados. Uma boa divulgação pode gerar resultados positivos à empresa, aumentando o número de pessoas interessadas nos produtos e serviços divulgados, o que pode ocasionar um aumento da procura pelos produtos/serviços oferecidos pelo empreendimento.

É necessário saber o público-alvo para traçar um plano de divulgação. Escolhido esse público, é importante pesquisar o seu perfil, seus hábitos: o que essas pessoas gostam de fazer, o que compram, o que gostariam de adquirir, quais são os seus hábitos, os seus costumes, quais meios de publicidade as atingem, entre outros aspectos relevantes. A fachada da empresa é importante.

Entre as formas mais eficientes para a divulgação do empreendimento pode-se citar a internet, que já se consolidou como a principal ferramenta de comunicação entre as pessoas, se tornando em nossos dias como uma das mais efetivas, se destacando na promoção e divulgação de empreendimentos.

As redes sociais utilizadas no formato de marketing digital também têm evoluído de forma significativa na divulgação dos serviços ofertados. Os empreendimentos cada dia mais utilizam os recursos disponíveis nas redes sociais (geralmente Facebook, Instagram e Twitter) para divulgar os serviços e produtos oferecidos. Ressalta-se que esse tipo de comunicação apresenta custo relativamente baixo e com forte e crescente apelo popular.

Nota-se, também, que as empresas que utilizam o marketing digital têm tido seu destaque no mercado empreendedor, fazendo com que a oferta de produtos e serviços possam ser apresentados de forma instantânea, com custos relativamente inferiores às formas tradicionais de divulgação.

É importante também promover ações de relacionamento, campanhas de comunicação, investir em programas de fidelidade e indicação. Apostar em sacolas personalizadas, site, anúncios na internet e cartões de visita também são meios pelos quais o empreendedor poderá divulgar a sua marca.

O Sebrae disponibiliza o material “10 dicas para seu negócio bombar nas redes sociais”, no site http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/10-dicas-basicas-de-redes-sociais-para-os-pequenos-negocios,f3d453c03a730610VgnVCM1000004c00210aRCRD para dar suporte ao empreendedor que deseja utilizar esse formato de divulgação em seus negócios.

Na medida do interesse e das possibilidades do empreendedor, e da característica da clientela da empresa, a divulgação também pode se dar por meios tradicionais, como propagandas em rádios locais, TV locais, panfletos, anúncios em jornais de bairro, jornais de circulação local, sites, rádio, revistas e/ou outdoor; e até divulgação nos próprios produtos como embalagens customizadas, cartões-fidelidade, etc.

Com relação à farmácia de manipulação faz-se necessário destacar o RDC Nº 96/08 disciplina a propaganda, a publicidade e a promoção comercial de medicamentos no Brasil. Em linhas gerais, este Regulamento estabelece que a propaganda, publicidade e promoção realizada por fabricantes, distribuidores e estabelecimentos que comercializam medicamentos em geral deve centrar-se na divulgação institucional da marca / estabelecimento. Somente é permitida a propaganda ou publicidade de medicamentos regularizados na ANVISA.

A prática de distribuir brindes também tem restrições: são permitidos apenas os institucionais (que trazem o nome do fabricante). A referência aos produtos nos brindes é proibida.

A norma restringe ainda a participação de “celebridades” leigas em medicina ou farmácia nas propagandas de medicamentos isentos de prescrição. Atores, jogadores e outros famosos não podem exibir seu nome, imagem ou voz recomendando o medicamento ou sugerindo que façam uso dele. A prática de distribuir brindes também tem restrições: são permitidos apenas os institucionais (que trazem o nome do fabricante). A referência aos produtos, nos brindes é proibida.

Um meio indireto de divulgação é através de clientes que saíram satisfeitos e bem atendidos. Por recomendação deles, novos clientes poderão procurar pelo produto ou serviço oferecido. A propaganda “boca a boca” é fator de fortalecimento para a empresa.

Antes de iniciar efetivamente o processo de divulgação, é importante ter definido o logotipo, a identidade visual do estabelecimento e ter disponível o material de apoio à divulgação, como cartões, sites, redes sociais. Pode-se contratar um profissional de marketing e comunicação para desenvolver campanha específica.

Por fim, tão importante quanto a divulgação, é preciso sempre entregar o prometido e superar as expectativas dos clientes. A publicidade deve ser recorrente, separe sempre parte do orçamento mensal para investir em publicidade no decorrer do mês seguinte, com isso é provável que sua empresa mantenha um bom público e faturamento estável.

Quando se trata da abertura e instalação de novos negócios, as questões relativas aos tributos estaduais e municipais são essenciais. Ao iniciar uma empresa, é importante saber quanto se pagará pelos tributos na sua região. Os conteúdos aqui informados são de âmbito nacional. Para informações locais, é preciso buscar auxílio junto às Secretarias Estaduais e Municipais da Fazenda.

Existem cinco modalidades de apuração e recolhimento de tributos no Brasil: MEI, Simples Nacional, Lucro Arbitrado, Lucro Real e Lucro Presumido. O regime tributário influencia no gasto com os impostos e por isso deve ser escolhido de forma cuidadosa, com a ajuda de um profissional, por exemplo.

1.      Simples Nacional:

O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Lei Complementar nº 123/2006), no qual o empreendedor poderá recolherá os tributos e arrecadações por meio de um único documento – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), gerado no Portal do Simples Nacional. As alíquotas variam de acordo com a atividade exercida e da receita bruta auferida.

Os pequenos negócios podem optar por esse regime, desde que a sua categoria esteja contemplada, a receita bruta anual não ultrapasse R$360 mil para microempresa (ME) e que seja entre R$360.000,00 e R$4,8 milhões para empresa de pequeno porte (EPP) e sejam respeitados os requisitos previstos na Lei. Se a receita bruta anual não ultrapassar R$81 mil, o empreendedor pode optar pelo registro como Microempreendedor Individual (MEI), desde que não seja dono ou sócio de outra empresa e que tenha até um funcionário. Para se enquadrar no MEI, é preciso verificar se sua atividade se encaixa nesse quesito (https://web.archive.org/web/20191102070238/http://www.sebrae.com.br:80/sites/PortalSebrae/artigos/as-atividades-permitidas-ao-mei-de-a-a-z,9a3913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD)

2.      Lucro Presumido:

Para os empreendedores que preferirem não optar pelo Simples, há também o Lucro Presumido – se presume através da receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços. É uma forma de tributação simplificada, usada para determinar a base de cálculo dos tributos de pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas à apuração pelo Lucro Real. A base de cálculo varia de acordo com a atividade. A apuração dos impostos é feita trimestralmente.

Sobre o resultado da equação: Receita Bruta x % (percentual da atividade), aplicam-se as alíquotas:

·        IRPJ (Imposto de Renda – Pessoa Jurídica) – 15%: Poderá haver um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20 mil, no mês, ou R$ 60 mil, no trimestre, uma vez que o imposto é apurado trimestralmente;

·        CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro) – 9%;

·        PIS (Programa de Integração Social) – 0,65%: sobre a receita bruta total;

·        COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) – 3,00% – sobre a receita bruta total.

Além desses, incidem também os impostos estaduais e municipais:

·        ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – Varia de acordo com o estado;

·        ISS (Imposto Sobre Serviço) – Varia conforme o município.

Sobre a folha de pagamento incidem as contribuições previdenciárias e encargos sociais:

·        INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) –  Valor devido pela Empresa – 20% sobre a folha de pagamento de salários, pró-labore e autônomos;

·        INSS – Autônomos – A empresa deverá descontar na fonte e recolher entre 11% da remuneração paga ou creditada a qualquer título no decorrer do mês a autônomos, observado o limite máximo do salário de contribuição (o recolhimento do INSS será feito através da Guia de Previdência Social – GPS);

·        FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) – 8%.

3.      Lucro Real:

É o lucro líquido do período ajustado pelas adições, exclusões ou compensações. As alíquotas são:

·          IRPJ (Imposto de Renda – Pessoa Jurídica) – 15%: Poderá haver um adicional de 10% para a parcela do lucro que exceder o valor de R$ 20 mil, multiplicado pelo número de meses do período. Pode ser determinado trimestralmente ou anualmente;

·          CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro) – 9% – mesmas condições do IRPJ;

·          PIS (Programa de Integração Social) – 1,65% sobre a receita bruta total;

·          COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) – 7,60% – sobre a receita bruta total.

Os demais impostos e contribuições são iguais ao Lucro Presumido.

Recomendamos que o empreendedor consulte sempre um contador, para que ele o oriente sobre o enquadramento jurídico e o regime de tributação mais adequado ao seu caso.

NATURALTECH-FEIRA INTERNACIONAL DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, PRODUTOS NATURAIS E SAÚDE. Feira profissionall voltada a negócios na áreal de alimentação saudável, suplementos, beleza e terapias complementares. Feira anual. Local: Pavilhão do Ibirapuera – Parque Ibirapuera, portão 3- São Paulo-SP. Website: http://www.naturaltech.com.br

EXPOFARMA. Feira anual reúne industrias, distribuidores e prestadores de service para farmácias e drogarias. Local Centro de Convenções SulAmérica – Rua Paulo de Frontin, numero 1 – Cidade Nova – Rio de Janeiro –RJ. Website: http://www.expopharma.com.br

Cosmetic Week

Site: https://www.consulfarma.com/Evento/Detalhes/510

Expertise Magistral

Site: https://www.consulfarma.com/Evento/Detalhes/514

Road Show Care Center

Site: https://www.abrafarma.com.br/

Além dos acima citados deve-ser acompanhar os eventos promovidos pelos Conselhos Regionais de Farmácia em cada Estado da Federação, além dos congressos das Universidades Federais, da Anvisa, do Conselho Federal de Farmácia e outros.

Relação de entidades para eventuais consultas:

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Website: http://www.saude.gov.br

INPI – INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Website: http://www.inpi.gov.br

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Website: http://www.anvisa.com.br

Obs: possui links para acesso aos Centros de Vigilância Sanitária Estaduais e Municipais

ABCFARMA – Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico

Website: http://www.abcfarma.org.br

E-mail: info@abcfarma.org.br

ANFARMAG- Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais.

Website: http://www.anfarmag.org.br.

Possui regionais nos estados de Goiás, Tocantis, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

ABRAFARMA – Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias

Website: http://www.abrafarma.com.br

E-mail: atendimento@abrafarma.com.br

CFF – Conselho Federal de Farmácia

Website: http://www.cff.org.br

Obs: Possui links para os Conselhos Regionais de Farmácia e para outros órgãos de interesse

Procurar na localidade:

Centro de Vigilância Sanitária Estadual

Centro de Vigilância Sanitária Municipal

Secretaria de Saúde do Município

Conselho Regional de Farmácia Sindicato das Farmácias de Manipulação

Sindicato dos Empregados no Comércio Sindicato dos Balconistas e Empregados de Farmácias

FRANQUIAS

ABF – Associação Brasileira de Franchising

Website: http://www.portaldofranchising.com.br/

Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física).

Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.

1. Normas específicas para uma Farmácia de manipulação

ABNT NBR ISO 15223-1:2010 – Produtos para a saúde — Símbolos a serem utilizados em rótulos, rotulagem e informações a serem fornecidas de produtos para saúde – Parte 1: Requisitos gerais.

Esta parte da ABNT NBR ISO 15223 identifica os requisitos para o desenvolvimento e utilização de símbolos que visam expressar informação para a utilização segura e apropriada de produtos para a saúde. Esta Norma também apresenta os símbolos que satisfazem os requisitos desta parte da ABNT NBR ISO 15223.

ABNT NBR 11819:2004 Versão Corrigida:2005 – Frascos de vidro para produtos farmacêuticos – Requisitos e métodos de ensaio.

Esta Norma especifica as características dimensionais, físicas, químicas e de resistência mecânica, os procedimentos de inspeção, os critérios de aceitação e rejeição, e as metodologias de ensaio devem ser observadas na produção e na utilização de embalagens de vidro destinadas ao acondicionamento de produtos farmacêuticos.

ABNT NBR ISO 14644-1:2005 – Salas limpas e ambientes controlados associados – Parte 1: Classificação da limpeza do ar.

Esta parte da ABNT NBR ISO 14644 abrange a classificação da limpeza do ar em salas limpas e ambientes controlados associados, exclusivamente em termos de concentração de partículas em suspensão no ar. Para o objetivo da classificação, são consideradas somente as populações de partículas com distribuições cumulativas baseadas em tamanhos limiares (limite inferior) variando entre 0,1 µm e 5 µm.

Nota do Técnico: Esta norma é aplicável dentro do laboratório de manipulação, não sendo necessária para as outras dependências.

2. Normas aplicáveis na execução de uma Farmácia de manipulação

ABNT NBR 15842:2010 – Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais.

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.

ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.

Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.

ABNT NBR 5626:1998 – Instalação predial de água fria.

Esta Norma estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água potável.

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão.

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior.

Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.

ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente.

ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida: 2005 – Acessibilidades a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

1.      Balança de precisão: dispositivo de elevada sensibilidade, utilizado para medir a massa de sólidos e líquidos não voláteis com alto grau de precisão;

2.      E-commerce: refere-se às vendas pela internet;

3.      Farmacêutico: profissionais da saúde peritos no uso de fármacos e medicamentos e suas consequências no organismo;

4.      Farmacovigilância: ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos;

5.      Farmacotécnica: tratado da preparação dos fármacos;

6.      Higrômetro: instrumento que serve para medir a umidade presente nos gases, mais especificamente na atmosfera;

7.      Paramentar: vestir(-se) com paramentos;

8.      Posologia: ramo da terapêutica que se ocupa da dosagem dos medicamentos;

9.      Resiliência: capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças;

Para se diferenciar da concorrência e oferecer aos clientes inovação, é preciso estar atento às formas de diferenciação do seu negócio. O empreendedor deve definir o seu segmento de atuação, administrar corretamente a empresa e ter o conhecimento necessário do ramo. Essas são condições indispensáveis para o sucesso do empreendimento.

Alguns pontos merecem destaque: estude bem como funciona o negócio e as oportunidades de inovação que poderão ser utilizadas na sua empresa; esteja bem informado em relação ao setor específico em que se deseja atuar, analisando as práticas do mercado e da concorrência; conheça seus possíveis consumidores, por meio de uma pesquisa com as principais necessidades, preferências e demandas dos clientes em potencial; conheça os tipos de serviços e os produtos oferecidos pelos concorrentes mais diretos, além dos preços praticados no mercado; desenvolva um plano para o negócio, contendo a especificação dos custos variáveis e das despesas fixas previstas para a abertura do negócio; realize cursos e capacitações, participe de workshops e feiras voltadas ao negócio.

Além disso, é importante possuir um estabelecimento aconchegante, atentar-se à organização e limpeza, estar sempre de olhos nas novidades do mercado, atender o cliente de forma única e com bastante atenção e profissionalismo, possuir um diferencial. Outras dicas também podem ser eficazes para alavancar o negócio: manter as redes sociais ativas, fazer promoções especiais, fazer parcerias, entregar mais que o desejado, diversificar.

É importante ter conhecimentos voltados à gestão empresarial, como finanças, planejamento, empreendedorismo, marketing, dentre outros. A procura por capacitações deverá ser constante. Neste caso, procure o Sebrae do seu estado e peça orientação sobre os programas, inclusive das orientações de seus técnicos, específicas para seu caso, gratuitas e permanentes. Já a as feiras e workshops garantem, além do relacionamento com cliente e fornecedores, o conhecimento dos novos produtos e serviços disponíveis no mercado, que podem servir como catalizador de novas oportunidades de atuação da empresa.

 

Ser empreendedor é ser dono do seu próprio negócio. Abrir uma empresa requer preparo, planejamento, cuidados, foco. O empreendedor deve estar atento às necessidades dos seus clientes e comprometido com o seu negócio. É aconselhável uma autoanálise para verificar qual a situação do empreendedor frente ao conjunto de características desejáveis, visando identificar oportunidades de desenvolvimento. Além de conhecer as características do seu produto/serviço é preciso também possuir características empreendedoras:

– Iniciativa e proatividade: mostrar que é engajado e quer crescer, demonstrar organização, conhecer bem o ramo do negócio;

– Autoconfiança: confiar em si mesmo para tomar decisões, arriscar, buscar novas soluções;

– Análise e planejamento: analisar a concorrência, a economia, setores ligados ao negócio, o mercado, saber sobre o funcionamento da empresa, pesquisar e observar permanentemente o mercado;

– Conexão e criatividade: estar atento às inovações e mudanças no mercado;

– Controle: não esquecer quem está no controle, saber administrar todas as áreas;

– Liderança: liderar com eficácia, planejar, dividir funções, estabelecer metas, liderar a equipe de profissionais;

– Persistência e otimismo: para driblar os possíveis problemas;

– Aprendizagem contínua: buscar se capacitar sempre;

– Criatividade; buscar novos caminhos e soluções, estar disposto a inovar e promover mudanças;

– Comprometimento, determinação e perseverança: planejar o crescimento da empresa, cuidar da saúde financeira, manter clientes satisfeitos;

– Negociação: ser bom negociador para lidar com clientes e fornecedores, vender benefícios;

– Lidar bem com o fracasso: usar suas experiências ruins como formas de aprendizado;

– Eficiência: usar o dinheiro disponível com inteligência, estudando a melhor forma de aplicá-lo.

O empreendedor envolvido em atividades ligadas à farmácia de manipulação, para se destacar, não basta apenas saber as últimas tendências e inovações, mas entender sobre estratégias de marketing e ideias para promover o seu negócio. É importante não economizar com divulgação, investir em ações que mostrem a existência do negócio para o público-alvo, além dos produtos oferecidos.

Além disso, é importante observar rigorosamente a legislação vigente, selecionar bons fornecedores de matérias-primas, selecionar e treinar adequadamente a equipe técnica responsável, manter estrito controle sobre os procedimentos de higiene e limpeza na produção, embalagem e armazenamento dos medicamentos, buscar nichos de negócio ou regiões com bom potencial de vendas (ou não exploradas adequadamente), ter o máximo cuidado com a administração do negócio, reduzir custos, evitar desperdícios, manter clientes satisfeitos para que esses se tornem divulgadores do negócio.

 

CENTERFÓRMULA. O que é uma farmácia de manipulação? Disponível em: <http://www.centerformula.far.br/a-centerformula/o-que-e-uma-farmacia-de-manipulacao> Acesso em novembro de 2019.

DESTINO NEGÓCIO. Quanto a sua empresa deve investir em divulgação da marca. Disponível em: https://destinonegocio.com/br/empreendedorismo/quanto-a-sua-empresa-deve-investir-em-divulgacao-da-marca/>. Acesso em setembro de 2019.

DICIONÁRIO MICHAELIS. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br. Acesso em outubro de 2019.

GRUPO SEGS. Anfarmag publica pesquisa sobre mercado de farmácias de manipulação. Disponivel em: < https://www.segs.com.br/saude/121360-anfarmag-publica-pesquisa-sobre-mercado-de-farmacias-de-manipulacao>. Acesso em novembro de 2019.

ÓRION. O que é uma farmácia de manipulação. Disponível em: <https://orionlab.com.br/o-que-e-uma-farmacia-de-manipulacao>. Acesso em novembro de 2019.

PANORAMA FARMACÊUTICO. Farmácias de manipulação avançam no número de lojas, mas receita recua. Disponível em: <https://panoramafarmaceutico.com.br/2018/06/06/farmacias-de-manipulacao-avancam-no-numero-de-lojas-mas-receita-recua/>. Acesso em novembro de 2019.

REDE JORNAL CONTÁBIL. Quanto custa para abrir uma pequena empresa? Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/quanto-custa-para-abrir-uma-pequena-empresa/>. Acesso em setembro de 2019.

SAIA DO LUGAR. Como escolher a localização comercial perfeita para o seu negócio. Disponível em: https://saiadolugar.com.br/localizacao-comercial/>. Acesso em setembro de 2019.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. As 7 principais características de um empreendedor de sucesso. Disponível em: https://blog.sebrae-sc.com.br/empreendedor-de-sucesso/. Acesso em setembro de 2019.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Ideias de negócios – Como montar uma farmácia de manipulação, 2015. Acesso em novembro de 2019.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Portal Sebrae. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae. Acesso em novembro de 2019.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Blog Sebrae SC. Vantagens para o mercado de farmácias magistrais. Disponível em: < https://blog.sebrae-sc.com.br/vantagens-para-o-mercado-de-farmacias-magistrais/>. Acesso em novembro de 2019.

SÓ CONTABILIDADE. Capital de giro. Disponível em: https://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio3.php. Acesso em setembro de 2019.

SYHUS CONTABILIDADE. Qual a diferença entre lucro real e lucro presumido? Disponível em: https://syhus.com.br/2014/07/15/qual-diferenca-entre-lucro-real-e-lucro-presumido/. Acesso em setembro de 2019.

TREASY. Diferença entre custo e despesa. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/custos-e-despesas-saiba-a-diferenca/. Acesso em setembro de 2019.

 

Para obter recursos, o empreendedor pode buscar junto às agências de fomento linhas de crédito que podem ajudá-lo no início do negócio. Existem instituições financeiras que possuem linhas de crédito voltadas para o pequeno negócio e que são lastreadas pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em que o Sebrae pode ser avalista complementar de financiamentos para pequenos negócios, desde que atendidos alguns requisitos preliminares. Outras informações podem ser obtidas na página do Sebrae na web (http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/fundo-de-aval-do-sebrae-oferece-garantia-para-os-pequenos-negocios,ac58742e7e294410VgnVCM2000003c74010aRCRD).

 

Ao empreendedor não basta vocação e força de vontade para que o negócio seja um sucesso. Independentemente do segmento ou tamanho da empresa, é necessário que haja um controle financeiro adequado que permita a mitigação de riscos de insolvência em razão do descasamento contínuo de entradas e saídas de recursos. Abaixo, estão listadas algumas sugestões que auxiliarão na gestão financeira do negócio:

·        Fluxo de caixa:

O controle ideal sobre as despesas da empresa é realizado por meio do acompanhamento contínuo da entrada e da saída de dinheiro através do fluxo de caixa. Esse controle permite ao empreendedor visão ampla da situação financeira do negócio, facilitando a contabilização dos ganhos e gestão da movimentação financeira. A medida que a empresa for crescendo, dificultando o controle manual do fluxo de caixa, tornando difícil o acompanhamento de todas as movimentações financeiras, o empreendedor poderá investir na aquisição de softwares de gerenciamento.

·        Princípio da entidade:

O patrimônio da empresa não se mistura com o de seu proprietário. Portanto, jamais se deve confundir a conta pessoal com a conta empresarial, isso seria uma falha de gestão gravíssima que pode levar o negócio à bancarrota. Ao não separar as duas contas, a lucratividade do negócio tende a não ser atingida, sendo ainda mais difícil reinvestir os recursos, gerados pela própria operação. É o caminho certo para o fracasso empresarial.

·        Despesas:

O empreendedor deve estar sempre atento para as despesas de rotina como água, luz, material de escritório, internet, produtos de limpeza e manutenção de equipamentos. Embora pequenas, o seu controle é essencial para que não reduzam a lucratividade do negócio.

·        Reservas/Provisões:

Esse recurso funcionará como um fundo de reserva, o qual será composto por um percentual do lucro mensal – sempre que for auferido. Para o fundo de reserva em questão, poderá ser estabelecido um teto máximo. Quando atingido, não haverá necessidade de novas alocações de recursos, voltando a fazê-las apenas no caso de recomposição da reserva utilizada. Esse recurso provisionado poderá ser usado para cobrir eventuais desembolsos que ocorram ao longo do ano.

·        Empréstimos:

Poderão ocorrer situações em que o empresário necessitará de recursos para alavancar os negócios. No entanto, não deverá optar pela primeira proposta, mas estar atento ao que o mercado oferece, pesquisando todas as opções disponíveis. Deve te cuidado especialmente com as condições de pagamento, juros e taxas de administração. A palavra-chave é renegociação, de forma a evitar maior incidência de juros.

·        Objetivos:

Definidos os objetivos, deve-se elaborar e implementar os planos de ação, visando amenizar erros ou definir ajustes que facilitem a consecução dos objetivos financeiros estabelecidos.

·        Utilização de softwares:

As novas tecnologias são de grande valia para a realização das atividades de gerenciamento, pois possibilitam um controle rápido e eficaz. O empreendedor poderá consultar no mercado as mais variadas ferramentas e escolher a que mais adequada for a suas necessidades.

 

Aproveite as ferramentas de gestão e conhecimento criadas para ajudar a impulsionar o seu negócio. Para consultar a programação disponível em seu estado, entre em contato pelo telefone 0800 570 0800.  Confira as principais opções de orientação empresarial e capacitações oferecidas pelo Sebrae:

·        Cursos onlines e gratuitos: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline

·        Para desenvolver o comportamento empreendedor:

Empretec – Metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU) que proporciona o amadurecimento de características empreendedoras, aumentando a competitividade e as chances de permanência no mercado: http://goo.gl/SD5GQ9;

·        Para quem quer começar o próprio negócio:

As soluções abaixo são uteis para quem quer iniciar um negócio. Pessoas que não possuem negócio próprio, mas que querem estruturar uma empresa. Ou pessoas que tem experiência em trabalhar por conta própria e querem se formalizar.

Plano de Negócios – O plano irá orientá-lo na busca de informações detalhadas sobre o ramo, os produtos e os serviços a serem oferecidos, além de clientes, concorrentes, fornecedores e pontos fortes e fracos, construindo a viabilidade da ideia e na gestão da empresa: http://goo.gl/odLojT

·        Para quem quer inovar:

o  Ferramenta Canvas online e gratuita – A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado: https://www.sebraecanvas.com/#/;

o  Ferramenta Canvas online e gratuita – A metodologia Canvas ajuda o empreendedor a identificar como pode se diferenciar e inovar no mercado: https://www.sebraecanvas.com/#/;

o  ALI – O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI) é um acordo de cooperação técnica com o CNPq, com o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte: http://goo.gl/3kMRUh.

 

Tem um dúvida sobre a sua ideia? Experimente fazer uma pergunta para a nossa comunidade.

Explore outras ideais de negócios em sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias

Sebrae

Sebrae

Sebrae
Esse é o perfil institucional do Sebrae nessa comunidade. Quer saber mais sobre o Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas? Acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/canais_adicionais/o_que_fazemos

You must login to add a comment.

Posts relacionados