O café deve ser analisado não apenas do ponto de vista da cultura, mas também do processo de industrialização (torra, moagem, processamento para instantâneo etc) e do ponto de vista da bebida resultante, que pode agregar valor à cadeia produtiva ou simplesmente descaracterizar uma boa matéria-prima.
Nesse sentido, a análise do café passa por diversas etapas para certificar a qualidade do produto. Com a criação da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), foi iniciada uma fase de mudança na percepção negativa do brasileiro sobre o café consumido por aqui.
Uma das ações adotadas foi o lançamento do Programa Permanente de Controle da Pureza de Café, que obteve redução nos índices de impureza ou adulteração, resultando em cerca de 1% do volume de café comercializado no mercado interno com problemas.
Em 2004, a Abic lançou o Programa de Qualidade do Café (PQC), que informa a qualidade do café que está sendo vendido, além de permitir a identificação do tipo de grão utilizado por cada marca.
Hoje, a partir dos critérios estabelecidos pela Norma de Qualidade Recomendável e Boas Práticas de Fabricação de Cafés Torrado em Grão e Cafés Torrados e Moídos, foi criada uma classificação que separa o produto em três tipos: tradicional, superior e gourmet.
Informações mais detalhadas, incluindo as características do produto para ser enquadrado em cada uma das categorias acima citadas, estão disponíveis na íntegra do estudo Informações de Mercado sobre Café Gourmet e Orgânico, elaborado pelo Sebrae Nacional.