Se você é um empresário estabelecido na atividade comercial do café, mais propriamente dono de cafeterias ou os pequenos mercados de bairro, para definir as melhores estratégias de comunicação com o seu consumidor final, de forma a atraí-lo e mantê-lo fiel ao estabelecimento, saiba que é fundamental conhecer o universo das certificações do produto. Principalmente porque o aumento de consumo dos cafés especiais (descafeinado, gourmet, orgânico, de origem certificada), no contexto da alimentação fora do lar já é uma realidade brasileira. Veja em Novidades em Cafeterias.
A Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) alerta que, hoje, há no mercado a exigência de um esforço em cadeia, desde o controle da produção até o momento de consumo. Isso tem como premissa manter a consistência da demanda pelo produto em patamares elevados. Nesta direção, os produtores brasileiros de café estão conquistando destaque no mercado nacional e internacional com a aplicação de tecnologias e obtenção de certificações, categorizando suas produções na linha dos cafés especiais. Tais iniciativas têm rendido certificações do Comércio Justo, da Produção Orgânica e de Indicações Geográficas (Procedência e Origem).
As Indicações Geográficas (Procedência e Origem) são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios e uma de suas funções é exatamente agregar valor ao produto.
O sistema de Indicações Geográficas (IG) deve promover os produtos e sua herança histórico-cultural, que é intransferível. Essa herança abrange vários aspectos relevantes: área de produção definida, tipicidade, autenticidade com que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção, garantindo um padrão de qualidade. Tudo isso confere uma notoriedade exclusiva aos produtores da área delimitada.
Ao mesmo tempo em que se possui uma qualidade diferenciada, tem-se a proteção dela por este reconhecimento ser único dos produtores da região. As IGs contribuem para a preservação da biodiversidade, do conhecimento e dos recursos naturais. Trazem contribuições extremamente positivas para as economias locais e para o dinamismo regional.
Já o Comércio Justo é uma modalidade de certificação que se caracteriza pela existência de relações comerciais mais justas, solidárias, duradouras e transparentes; pela corresponsabilidade nas relações comerciais entre os diversos participantes na produção, comercialização e consumo; pela valorização nas relações comerciais, da diversidade étnica e cultural e do conhecimento das comunidades tradicionais; e pela transparência nas relações comerciais, na composição dos preços praticados e na elaboração dos produtos, garantindo acesso a informação acerca dos produtos, processos, e das organizações que dele participam.
O público consumidor de produtos certificados pelo Comércio Justo, por exemplo, tem as seguintes características:
- Tem entre 25 a 55 anos de idade;
- É predominantemente feminino;
- Com um nível de renda médio para alto;
- Reside no meio urbano;
- Tem curso superior;
- Tem uma opinião formada e se interessa em assuntos de desenvolvimento socioeconômico e ambientais, e talvez esteja engajado ativamente em algum movimento, sem abrir mão da qualidade.
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