A comercialização de alimentos minimamente processados ou prontos para consumo já está consolidada no Brasil, principalmente nos grandes centros urbanos.
A busca do consumidor por alimentos higienizados, fragmentados e embalados tem aumentado nos pontos de vendas, caracterizando uma oportunidade crescente para toda a cadeia produtiva do Brasil. Especialmente para frutas, legumes e verduras (FLV).
Os brasileiros que consomem esses produtos já processados, em grande parte, residem nos grandes centros urbanos ou nos seus entornos e estão driblando a escassez de tempo, prezando a qualidade de vida e valorizando a saúde – inclusive quanto ao valor nutricional. São pessoas com estilos de vida e tamanho de núcleos familiares diferentes que buscam benefícios claros e objetivos.
O aumento da popularidade de produtos alimentícios processados, do ponto de vista do consumidor, tem sido atribuído a benefícios como:
- Conveniência e praticidade, tanto quanto no preparo, diante de múltiplas atribuições em um cotidiano exigente de otimização do tempo, como no transporte e armazenamento de pequenos volumes.
- Saudabilidade e bem-estar, pelo prestígio à redução do consumo de aditivos sintéticos e à alimentação que favorece a funcionalidade do organismo.
Nas gondolas dos mercados, os alimentos minimamente processados também beneficiam o consumidor no processo de escolha quanto à avaliação da aparência e ao ponto de maturação de FLV. São benefícios profundamente associados a requisitos de confiabilidade e qualidade – embora de alta relevância, são considerados intrínsecos aos produtos.
Além de tudo isso, transparecer as boas práticas do beneficiamento, através da obtenção de certificados de sistemas de gestão, e atestar origens dos produtos, por meio da rastreabilidade são iniciativas, ainda agregam ainda mais valor ao produto, despertando garantias de segurança para o consumidor.
Práticas que atingem toda a cadeia de alimentos
Do ponto de vista do produtor, tais práticas exigem planejamento da estrutura de colheita e de pós-colheita que, com foco no atendimento dos requisitos de benefícios para os consumidores, culminam em uma comercialização mais rentável. Elas desencadeiam impactos favoráveis nas atividades de armazenamento, transporte, embalagem, manipulação e processamento dos produtos e, por fim, minimizam os efeitos característicos de vida reduzida desses do início do trajeto até a disponibilização final nas prateleiras varejistas.
Para, de fato, obter esses efeitos, tanto processador/beneficiador como atacadista/distribuidor de FLV, também alcançados pela melhoria dos índices de lucratividade e rentabilidade, a prática exige, por exemplo:
- Rigoroso controle de temperatura de armazenamento.
- Elevada qualidade higiênica e sanitária.
No final da cadeia produtiva, que se constitui no ambiente varejista, a saudabilidade, a confiabilidade e a qualidade dos alimentos estão tão valorizadas que ganharam a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) como aliada. Com o programa de Rastreamento e Monitoramento de Agrotóxicos (Rama), o objetivo é oferecer frutas, verduras e legumes livres de contaminação por agrotóxicos e com garantia de qualidade para o consumidor.
Para isso, o programa monitora 25 produtos alimentícios comercializados nas grandes redes. O ponto de partida é a identificação dos produtos entregues ao supermercado com o código de rastreamento QR code. Esse código vai mostrar todo o caminho percorrido pelo produto desde sua origem até as prateleiras, como data de colheita e embalamento, tipo de produto, fazenda onde foi produzido e os dados de agrotóxicos neles encontrados, entre outros.
Para conhecer o Rama da ABRAS, clique aqui.