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Pragas e doenças que podem destruir lavouras

Pragas e doenças que podem destruir lavouras

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No início dos anos 90, uma praga desconhecida deixou um rastro de devastação nas lavouras de cacau cultivadas na Bahia. A praga, que posteriormente foi batizada de vassoura de bruxa, causou perdas imensas aos produtores do estado. Como resultado, a produção cacaueira do Brasil, que respondia por cerca de 15% da mundial, foi reduzida a míseros 4% e até hoje não se recuperou, tamanho prejuízo causado pela doença.

Pragas como essa rondam as lavouras brasileiras, vindas de diversas partes do mundo. Algumas, como a Helicoverpa armigera, que vem tirando o sono dos produtores do sudoeste baiano, Goiás, Mato Grosso e do Paraná, nem se sabe ao certo como chegaram aqui. Atentos a essa ameaça constante, a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef) e a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), em parceria com pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desenvolveram um estudo que aponta quais são as 150 pragas e doenças que podem atingir as lavouras brasileiras nos próximos anos. Entre elas, dez oferecem maior risco por estarem em áreas próximas ou em países com importantes relações comerciais com o Brasil.

“Esse estudo deixa claro quais são os desafios que o Brasil tem para evitar que essas ameaças se concretizem. Precisamos reduzir a burocracia na aprovação de novos agroquímicos e melhorar a fiscalização das nossas fronteiras”, explica Eduardo Daher, presidente da Andef.

Entre as dez mais ameaçadoras, Daher destaca a Striga, uma planta daninha que chega silenciosa e se instala junto à raiz de vários tipos de outras plantas. “Ela mata literalmente pela raiz, sugando todos os nutrientes de que a planta precisa para se desenvolver. É perigosa porque não é visível como a ferrugem, que você identifica as manchas nas folhas”, explica o executivo.

Para se ter uma ideia dos prejuízos que tais doenças causam nas lavouras, em duas safras, a Helicoverpa já causou danos de R$ 2 bilhões à agricultura brasileira. “A ferrugem da soja, que chegou ao Brasil em 2003, já causou prejuízos da ordem de R$ 25 bilhões ao agronegócio”, ressalta Daher.

Um dos principais veículos para a expansão desse tipo de praga no mundo é o ser humano. Por isso, Daher chama a atenção para os cuidados que o Brasil precisa ter com suas fronteiras, especialmente durante eventos internacionais, como foi o caso da Copa das Confederações, da Jornada Mundial da Juventude e Copa do Mundo.

Conheça as principais pragas que podem atacar as lavouras brasileiras e seus locais de ocorrência:

Pulgão da soja – A praga com potencial devastador é capaz de reduzir em até 50% a produção de soja. Até o final do século passado, estava restrito a algumas regiões da Ásia. Em 2000, foi encontrado nos Estados Unidos e desde então tem causado grandes estragos. No Brasil, a região Sul poderia ser a mais afetada. Locais de ocorrência: Canadá, EUA, China, Indonésia e Tailândia.

Mosca Branca raça “Q” – Ainda não foi registrada no Brasil, mas oferece real perigo às lavouras. Isso porque é resistente aos inseticidas do grupo de neonicotinóides, de amplo uso no Brasil e pode se misturar às raças de moscas-brancas já existentes. A “raça Q”, porém, não é praga quarentenária no Brasil. Locais de ocorrência: México, Estados Unidos, Canadá, Holanda, França, Espanha, Marrocos, Egito, Israel, China e Japão.

Necrose letal do milho – Uma variante muito agressiva dessa doença apareceu no Quênia em 2012, dizimando as plantações daquele país. Devido à importância do milho para o Brasil, esta é uma doença que mereceria maior atenção por parte das autoridades brasileiras. Atualmente não é considerada uma praga quarentenária no Brasil. Locais de ocorrência: EUA e Quênia.

Monilíase do cacaueiro – Doença que pode reduzir em até 80% a produção de cacau. Até 2010, afetava apenas as lavouras situadas à Oeste da Cordilheira dos Andes, mas já foi encontrada em plantações de cacau do lado Leste. Para especialistas, a monilíase é ainda mais agressiva do que a vassoura-de-bruxa, que quase devastou as lavouras brasileiras anos atrás. Locais de ocorrência: Venezuela, Colômbia e Peru.

Amarelecimento letal do coqueiro – O Brasil possui uma rica flora de palmeiras e biomas formados por babaçu e carnaúba, que poderiam ser fortemente impactados pela doença. A praga leva ao amarelecimento dos coqueiros e palmeiras e causa a morte da planta. Locais de ocorrência: Caribe e África.

Striga – Trata-se de uma planta parasita que liga suas raízes diretamente às raízes de outras plantas, sugando a seiva absorvida, especialmente nas lavouras de milho. A Striga produz muitas sementes, pequenas e leves, que são facilmente dispersadas pelo vento. Locais de ocorrência: EUA, Guiana e Ásia.

Ferrugem do trigo – Atualmente, 90% do trigo plantado no mundo e 100% do trigo plantado no Brasil têm uma mesma base genética para resistir à ferrugem, o gene Sr31. Em 1999 foi encontrada uma nova raça de ferrugem, batizada de Ug99, capaz de infectar de forma agressiva e matar plantas de trigo que possuem o gene SR 31. Essa raça se espalhou pela África e chegou à Ásia, dispersada pelo vento. Locais de ocorrência: África e Leste da Europa.

Mosaico africano da mandioca – Encontrada em países da África e Ásia, esta é uma doença de potencial devastador e facilmente disseminada pelas moscas-brancas. A entrada desta praga é uma ameaça à agricultura familiar em todo o Brasil – especialmente no Nordeste, onde a produção é pouco técnica. Locais de ocorrência: África subsaariana e Oriente Médio.

Ácaro chileno das fruteiras – Praga de fruteiras que surgiu no Chile e já chegou à Argentina. Pode reduzir a produção de uvas em até 30% e afeta também as lavouras de kiwi e citrus. Sua introdução no Brasil levaria à imposição de barreiras fitossanitárias para exportação de frutas frescas. Locais de ocorrência: Chile e Argentina.

Xanthomonas do arroz – Bactéria que provoca a mais devastadora doença do arroz existente na Ásia. Estima-se que apenas no Japão, 25% da produção seja perdida por causa da doença, todos os anos. Já existem registros da ocorrência dessa doença em alguns países da América do Sul. Locais de ocorrência: Peru, Índia, China, Japão, Tailândia e Filipinas.

obtenha mais informações como esta na seção de Agro do Sebrae Mercados.

Fonte: Sebrae 2014

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