Esse artigo faz parte de uma série de análises sobre painéis temáticos na Campus Party 2015
O assunto desse artigo é “História de sucesso de empreendedores que foram atrás dos seus sonhos e construiram as suas empresas com base neles.”
Participante(s):
Facundo Guerra: virou empreendedor meio que sem querer, e hoje é reconhecido como um dos mais bem sucedidos empresários da noite paulistana.
O Facundo tem a teoria que há apenas 2 motivações para se empreender:
Empreender por desespero
Ele foi demitido da AOL e era um generalista, na época que a especialização era reconhecida como qualidade. Quando foi demitido achou que não ia mais encontrar lugar no mundo corporativo e também estava de saco cheio das mazelas deste mundo. Naquela época ele começou a fechar as portas das boas oportunidades de curto prazo, mas começou a buscar o caminho de longo prazo que iam deixá-lo feliz. Queria algo diferente. Mas, não sabia nada de noite. Não bebe e sempre foi um cara do dia.
Esse é um dos casos do porque empreender.
Tirar de dentro de si uma ideia insuportável, que se você não colocar ele em prática, ninguém vai.
Se você tem algo queimando dentro de você e que te incomoda que não existe nada parecido para te saciar na vontade, você pode estar no segundo grupo. Vai e comece a fazer. Rapidamente e com aprendizados.
Para ele business plan é ficção cientifica. Ele nunca vai conseguir prever todas as variações do mercado e o trabalho para a construção do mesmo é desproporcional ao valor que ele traz. Segundo ele, o Timming é mais importante que o Business Plan (plano de negócios) ou BP.
Lições de quem chegou lá:
– Encontre um sócio que te complemente. Sozinho é super mais difícil fazer qualquer coisa dar certo. Imagina faze várias coisas sozinho? Ele teve um exemplo de um sócio que era muito parecido com ele no começo e deu errado, experiência parecida com o que o Flávio Pripas comentou em outro painel na Campus Party.
– Ter uma idéia de um produto ou serviço e guardá-lo para você é um erro. Não falar do produto para ele é uma besteira. Se você tem uma idéia, vá falar sobre ela e pegar feedbacks. Eles podem ser bem mais valiosos do que o segredo da idéia.
– Pra o Facundo, construir um produto para os outros é besteira. Adepto da teoria do Steve Jobs, você deveria fazer um produto para você. Se você gostar e tiver satisfeito, outros irão gostar também.
– Todo negócio tem o seu grau de risco. E naturalmente, com as estatística de empreendedorismo, a chance de um negócio dar errado é infinitamente maior do que ela dar certo. Quebrar faz parte do processo. E quando a situação chegar veja se, com os ativos construídos, você vai conseguir se reerguer ou deverá partir para outra..
– Se a sua ideia não for absolutamente inovadora, esqueça dela e vão trabalhar em outra coisa. Em um dos seus empreendimentos da noite e ele deu o tema de cinema. E apesar da indústria de cinema estar em baixa, porque todos da nova geração assistem filmes em casa e não mais indo ao shopping para ver na tela grande, eles tem conseguido lotar o seu empreendimento de gente jovem. O que ele fez? Começou a fazer com que o local interagisse com o filme. Deu um outro sentido ao cinema. Quando uma pessoa cai de um lugar em um determinado filme, eles também jogam um boneco para interagir com o público. Quando um personagem cumprimenta a todos com uma frase de efeito, a equipe dele responde no meio do bar. Estas inovações trazem sim um público diferenciado.
– Os melhores projetos aparecem quando você está com uma restrição (tempo, dinheiro, pessoal, legal, etc). Se você não tem ideia bem acabada, inovadora, do que você quer fazer, nem tente. Empreender não é para qualquer um.
– Tem gente que acha que vai empreender para ser mais livre e dono do próprio nariz. Uma falácia. Porque no final você irá trabalhar todos os dias, possivelmente ganhar menos grana e está sempre preocupado com os negócios. A idéia que empreender vai dar muito dinheiro é uma enganação. Mas, tem uma coisa incrível, que é maior do que grana ou liberdade. Mas, sim que é fazer algo que vai mudar a vida de várias pessoas. Isso sim vai fazer você trabalhar sorrindo todos os dias.
– Claro que sempre se trabalha para entregar o melhor, mas é preciso ter consciência que a perfeição é uma utopia. O defeito acaba humanizando o produto no final.
– Nenhum produto nasce acabado. Depois da concepção conceitual e de colocar na prática é necessário testar ao extremo. O legal é ver humanos reagindo a sua idéia de produto e entender se o valor está sendo entregue.
Conheça as análises dos principais painéis da Campus Party 08 (2015):
1 – Deu ruim! O que fazer quando as coisas não dão certo?
2 – Eles chegaram lá. Você também pode!
3- Como organizar e definir ritmo em sua startup/empresa “Google Style”
4- Exercitando sua imaginação e explorando seu valor econômico
5- Quem paga pelo conteúdo das redes sociais – Indiretas do bem
6- Lições de empreendedorismo que aprendi NASA
7- Novos negócios: música online
8- Do Brasil para o Mundo : o case do Blogo
9- E-commerce integrado em redes sociais
10 – Produto, sociedade e pessoas
11 – Startups e investidores: falando a mesma língua
12 – Visão de Internet para Ime Archibong (Facebook)
13 – Importância do CTO e da equipe técnica ao levantar Capital de Risco