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Produto, sociedade e pessoas em Startups

Produto, sociedade e pessoas em Startups

Esse artigo faz parte de uma série de análises sobre painéis temáticos na Campus Party 2015

Um painel sobre empreendedorismo de startup’s na Campus Party de 2015 foi formado por: Felipe Mattos, sócio fundador do Startup Farm e atual COO do Programa Startup Brasil do Governo Federal

Tallis Gomes, Co-fundador do App Easy Taxi, no formato de um bate papo super descontraído que abordou as principais causas de problemas em um caminho empreendedor. Ambos deram vários exemplos divertidos e inusitados das suas jornadas e passaram principalmente por 03 tópicos que precisam ser pensados para quem quer entrar na vida de uma startup.

Sociedade

O Tallis começou logo deixando claro que para ele amigo é amigo e sócio é sócio. Que não há como você tentar confundir os dois papéis se o objetivo é ser o CEO de uma empresa de crescimento rápido, como startups. Para ilustrar que ele não falava da boca para fora o ex-CEO da Easy Taxi comentou que antes de receber o primeiro aporte de investimento para a Easy taxi teve a experiência de mediar a saída de um sócio que não se alinhava com o objetivo da empresa. Segundo ele, o sócio saiu com 100% do caixa da empresa.

Felipe também teve a sua experiência com uma sociedade mal estruturada. Em uma das suas startups, por terem sócios muito jovens e inovadores, saíram bastante na mídia. Um dos sócios, que tinha o domínio da empresa em sua conta, sequestrou o domínio achando que já valia bastante dinheiro por terem saído na mídia, e pediu para os sócios pagaram para ele para terem o domínio de volta.

Em ambos os casos não havia um acordo de sócios claro. A dica dada por ambos é que antes de se começar um negócio (e principalmente antes de ele ficar grande) é que é imprescindível que haja um documento para reger as bases e regras da sociedade. Um instrumento comentado foi o Vesting Schedule – super comum no Vale do Silício. Com o Vesting os sócios vão ‘vestindo’ as suas participações na empresa a medida que o tempo passa. Ou seja, um vesting de 4 anos determina que os sócios vão receber as suas participações na empresa mensalmente, durante 48 meses. Há também um instrumento chamado cliff (penhasco em português) que fala que há um período mínimo para você começar a vestir as suas ações. Ou seja, se o acordo for de um vesting de 4 anos com um cliff de 1 ano significa que os sócios receberam as suas participações ao longo de 48 meses, mas só começaram a receber mesmo depois dos 12 primeiros meses e se alguém sair antes do primeiro ano não levará nada. Apesar de o vesting com tempo ser o mais comum há também a possibilidade de se fazer por entregas. Ou seja, o sócio pode ganhar sua participação quando conseguir chegar nos x mil primeiros usuários, ou fechar a parceria com y empresas.

Uma dica foi o livro do fundador do Netscape e atual investidor Ben Horowitz: The hard thing about hard things. O autor fala sobre como lidar com as coisas difíceis do dia-a-dia. No final o Felipe soltou a piada que sociedade pode muitas vezes ser igual a casamento: poligâmico e sem sexo.

Pessoas 

O segundo ponto que foi bastante comentado foi pessoas e como formar uma equipe. Quem contratar, o que fazer depois de contratar e quando demitir.

Tallis começa comentando que uma das coisas erradas que fez logo no início da Easy Taxi depois de pegar o investimento e tentar economizar em pessoas. Ao invés de trazer uma pessoa mais preparada tentou contratar as mais baratas. Acabou que teve resultados abaixo dos esperados e ainda teve uma conta alta nas demissões. Para funcionários com salários altos, que muitas vezes as startups não conseguem pagar há três formas de remuneração: Ações da empresa, ou seja, oferecer sociedade; salários altos ou compatíveis com o mercado; uma mistura dos dois anteriores ou seja, ações mais salários.

Felipe conta que um dos seus primeiros investimentos anjos foi usado para alugar uma sala e contratar uma secretária. Segundo ele, nenhum dos dois era necessário naquela época. Felipe parafraseou o Jim collins que fala que uma pessoa só se torna realmente presidente de uma empresa quando precisa demitir alguém e passa um aperto significativo no caixa. Depois de passar por essas fases a pessoa passa a dar mais valor para as pessoas e dinheiro.

Ambos deixaram claro, no entanto, que na maioria dos casos de demissões o culpa é de quem contratou. Ou a descrição da vaga estava errada, ou o processo de seleção foi falho, ou o follow up nas atividades não foi corretamente desempenhado ou, o pior, o funcionário não teve o apoio necessário. E, também foi ponto comum na conversa que só um time com pessoas boas faz um produto / startup crescer.

Produto

 A conversa de pessoas passou rapidamente para produto e o que é necessário para construir um produto matador.

Tallis começa dizendo que aqueles que acreditam que produtos vivem e crescem de dinheiro investidos em marketing estão enganados. Dinheiro em marketing pode até trazer usuários, mas só um bom produto faz com que os usuários fiquem com você. Tallis falou que crescimento baseado em marketing pode se considerado a um drogado, que sempre vai precisar de mais dinheiro para continuar no nível que está. Ele comentou que no início recebeu a dica de que deveria investir bastante dinheiro em marketing para crescer e hoje ele acha que foi um erro. Continuou falando que essa estratégia no longo prazo só beneficia o concorrente. Porque o marketing traz o usuário para o mercado, mas o produto ruim vai levá-lo a buscar outras alternativas.

O tallis comentou que para ele a forma mais prazeirosa de fazer besteira é seguir apenas o seu feeling no tocante ao futuro dos negócios. Seguir os instintos é ótimo, mas a melhor forma de usá-los é validando com números e informações. Deixar de ter uma gestão artesanal para uma gestão profissional. Algumas ferramentas para encontrar dados sobre o mercado citadas foram: statista, Google Insights e Google Trends. Quando indagado pelo Felipe quais os fatores de decisão para a entrada em um novo país o Tallis falou que eram PIB do país, penetração de smartphones e o tamanho do mercado de taxis. Claramente eram decisões baseadas em fatos.

O que o pessoal olha na easy taxi é o funil de conversão de taxi: Taxis online, chamados, qts chegaram, qts aceitas,  embarcados, pagos.

 Conheça as análises dos principais painéis da Campus Party 08 (2015):

1 – Deu ruim! O que fazer quando as coisas não dão certo?

2 – Eles chegaram lá. Você também pode!

3- Como organizar e definir ritmo em sua startup/empresa “Google Style”

4- Exercitando sua imaginação e explorando seu valor econômico

5- Quem paga pelo conteúdo das redes sociais – Indiretas do bem

6- Lições de empreendedorismo que aprendi NASA

7- Novos negócios: música online

8- Do Brasil para o Mundo : o case do Blogo

9- E-commerce integrado em redes sociais

10 – Produto, sociedade e pessoas

11 – Startups e investidores: falando a mesma língua

12 – Visão de Internet para Ime Archibong (Facebook)

13 – Importância do CTO e da equipe técnica ao levantar Capital de Risco

 

 

 

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