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O que fazer quando as coisas não dão certo?

O que fazer quando as coisas não dão certo?

Esse artigo faz parte de uma série de análises sobre painéis temáticos na Campus Party 2015

Palestras do tipo “Como começar o seu negócio digital” existem aos milhares, mas tratando-se de Startups, onde a probabilidade de não dar certo é altíssima, o que fazer depois que o empreendimento falha? Veja aqui da boca de um empreender o que precisou ser feito na hora de fechar a cortina.

 

Participante(s):

Flavio Pripas – Flavio Pripas é fundador do Bitinvest e empreendedor digital desde 2009. Nomeado como uma das 100 pessoas mais criativas nos negócios em 2012 pela Revista FastCompany (“FastCompany – 100 Most Creative People in Business 2012″).

Daniel Rochetti – Empreendedor desde os 15 anos, quando fundou um site de música que teve 10 mil acessos no primeiro mês e foi fechado por uma gravadora Americana, acusado de pirataria. Trabalhou no Vale do Silício e hoje se dedica a aperfeiçoar seusconhecimentos de Customer Development, UX e Growth.

 In Hishie – IN Hsieh é um empreendedor serial especialista em transformar sonhos em negócios de rápido crescimento. Atualmente é co-fundador da 4vets. Antes foi co-fundador da Baby.com.br, uma das principais startups da nova fase do ecommerce, com mais de R$ 40 mm em investimentos. IN está no mercado digital desde 1997, tendo sido parte da equipe fundadora do Submarino, e é membro ativo da comunidade empreendedora como investidor anjo, co-criador do Br­Newtech, mentor/juiz de competições como Intel FGV­ Desafio Brasil, palestrante de eventos como The Next Web Latam, etail Miami, Boom Italy, Procter Gamble Digital Day, e apresentador do Forum Ecommerce Brasil e do webcast Man­ In The Arena

 Começou a empreender ainda na universidade, o que o levou a desistir de se formar e mergulhar de cabeça no mundo empreendedor. Nesse ínterim, passou pelos dois lados da mesa, trabalhando como investidor e em empresas investidas. Foi executivo de alguns dos investimentos iniciais da Rocket Internet no Brasil e América Latina, como Wimdu e Glossybox. Atualmente é co-fundador e CEO do basico.com, e-commerce focado em oferecer produtos básicos de alta qualidade com ótimo serviço e preços bacanas.

 Mediador: Eiran Simis – Gerente da área de Empreendedorismo do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, consultor na área de empreendedorismo do Porto Digital, professor de pós graduação do CESAR.EDU e Faculdade Maurício de Nassau.

Esta palestra foi uma conversa franca entre 03 empreendedores contando as suas situações de não validação das hipóteses dos seus negócios.

O Flávio explicou que na sua startup fashion.me, uma rede social de moda, eles receberam um aporte em 2012 para testar 03 hipóteses, porque ainda estavam na fase de validação.

1.      Será que o modelo vai funcionar lá fora do Brasil? Foram para o maior mercado de moda, para os EUA.

2.     Dá para empacotar a informação e vendê-las?

3.     Com tudo isso será que dá para aumentar a conversão do e-commerce?

 Aqui no Brasil o modelo deles funcionou bem porque as conversas eram públicas e todos gostavam disto. Deu o exemplo do sucesso do Orkut aqui, onde comunidades eram públicas. Nos EUA, onde o facebook nasceu e cresceu, as conversas são particulares, dentro da rede. Esse foi o primeiro impedimento do modelo deles lá fora.

 Conseguiram sim, empacotar as informações e transformá-las em um relatório excelente e detalhado, conta Pripas, mas as pessoas não tinham tempo para lê-los e analisa-los, o que demonstra que o valor entregue pelos relatórios era relativamente baixo.

Com os insights conseguiram sim melhorar alguma coisa na conversão do e-commerce, mas nada significativo que deixasse o modelo sustentável.

 Com as três hipóteses não sendo validadas e o dinheiro chegando ao final resolveram fechar a empresa e buscar um comprador para os ativos deles, como a marca, os usuários e a sua rede.

 O In, contou que logo cedo foi estagiário, não fundador, de uma startup chamada base e-mail. Disse que teve um grande aprendizado na área de gestão, mas de uma gestão que não deve ser feita. Segundo ele o business era bom, mas a gestão destruir boa parte dei valor. Acabou sendo testemunha contra o fundador da empresa quando funcionários assinavam o dono. Ainda na faculdade, ele resolveu empreender e começa ra importar CD-ROM. Não entendia nada de precipitação e estratégia  e 6 meses depois de comprar uma grande quantidade ele tinha algo com o R$ 2.000,00 de cds (no preço de hoje) embaixo da sua cama. Sua mãe não deixou ele queimar o preço dos cdd e o fez guardar em um lugar que ele sempre pudesse ver lembrar do seu aprendizado.

 In contou que hoje aprendeu que o seu perfil é de executor. Ele pode ser um um empreendor ou um executivo e aprendeu que a coisas dele é colocar projetos na rua.

 Na vez do Daniel ele contou que aos 14 anos criou com um amigo um site de downloads de músicas e depois de 4 meses recebeu um e-mail da capital records mandando eles fecharem o site. Isso aconteceu 6 meses antes do Napster ruir. Contou do seu caso mais recente, o Vendji: Uma rede social para vendedoras de produtos porta-a-porta. Conseguiu botar um site no ar e tinham um produto funcional. No ano passado algumas consultoras de vendas entraram em contato com o site e começaram a usar com frequência o site. Eles até achavam que iriam usá-las como case e depois de um tempo descobriram que era um quadrilha de fraude de cartão. Levaram um golpe. Depois disso o seu sócio resolveu sair do negócio para ir trabalhar numa grande empresa americana. Com o golpe e um sócio a menos, Daniel conversou com o seu investidor e devolver a parte restante do investimento.

 O Pripas comentou sobre um framework chamado de Effectuation, uma forma de avaliar a jornada empreendedora, Ela tem 4 pilares:

1.      Perdas suportáveis. É super importante ter na cabeça onde fica o fundo do poço. Até onde vale a pena ir e quando parar.

2.     Futuro imprevisível – Aceitar que não controlamos todas as variáveis

3.     A importância de se testar possibilidades – Cada atividade é formada de um conjunto de hipóteses e elas devem ser testadas.

4.     Crescer através de parcerias – Correr atrás de parcerias que possam elevar para um novo patamar.

 Sobre o luto do fechamento do projeto, o In comentou que tem o parâmetros dos pais que vieram ao Brasil sem dinheiro e sem falar a lingua. Esse é o parâmetro do In, logo ele acha que qualquer coisa que ele fizer não vai ser pior do que o risco que os pais tomaram. Ele diz que aprendeu a desapegar. Daniel comentou sobre uma parada para reflexão. O Pripas complementou que neste mercado o pessoal é muito pragmático: Se deu certo bacana, não deu vamos para a próxima. Estes ensinamentos ajudam a viver uma vida mais simples.

 Como falar com investidor e contar a situação? 

O investidor de capital de risco te dá grana para ir para lugares que ninguém foi antes. E se esse investidor sabe que as chances de não dar certo são enormes. Conhecem o risco. Daniel acredita que a melhor coisa é alinhar expectativas. O fechamento não foi surpresa para o investidor dele, no mês anterior a possibilidade já havia sido ventilada, por exemplo.

 Qual o passo seguinte dado, pós decisão?

Para o Daniel para quem tem investidor o primeiro passo é acertas as coisas com ele. Acabar os relacionamentos em bons termos. Ele acabou bem com o sócio e o investidor dele quer investir de novo em seus novos projetos. “Este foi o meu acerto na falha” comentou ele.

 Qual a primeira coisas diferente que fizeram / farão em um novo projeto?

Para o Flávio Pripas uma das coisas primeiras coisas que definiu foi ter uma equipe multi disciplinar. No fashion.me os dois sócios tinham as mesmas habilidades, background, opiniões, cor dos olhos, etc. Para o In a dica é ter sócios ou co-fundadores com quem você já tenha tido algum interação maior para conhecê-lo melhor. O Daniel falou em um sócio que você admira. Nos momentos de dificuldade isso ajuda muito.

 Como ajudar os outros a aprender com seus erros e falhar em coisas diferentes?

Umas das coisas que o Pripasmais curte neste ambiente empreendedor é que todos estão muito abertos a conversar sobre o que está dando certo e errado. As vezes que eu mais aprendi foi quando eu sentei ou num bar, ou no restaurante, ou em um evento e acabei ouvindo as histórias. Relacionamento com outros empreendedores é uma das coisas mais importantes que a gente tem enquanto ecossistema. Cursos, seminários, workshops são legais, mas estes relacionamentos cara-a-cara são incríveis.

 O In comentou que há bastante experiência a ser adquirida, mesmo sem você ser o fundador/ empreendedor. Tem muitas formas de se aprender com este movimento, até como funcionário. Startup é até uma oportunidade de carreira, você pode estar em um ambiente dinâmico, crescendo  mas não ser um empreendedor. O In participou do começo do Submarino.com. Todos tinham que fazer de tudo. boa parte de como o e-commerce do brasil opera hoje foi construído lá trás e isso foi sem dúvida uma das bases para a sua carreira atual no e-commerce.

 

 

Conheça as análises dos principais painéis da Campus Party 08 (2015):

1 – Deu ruim! O que fazer quando as coisas não dão certo?

2 – Eles chegaram lá. Você também pode!

3- Como organizar e definir ritmo em sua startup/empresa “Google Style”

4- Exercitando sua imaginação e explorando seu valor econômico

5- Quem paga pelo conteúdo das redes sociais – Indiretas do bem

6- Lições de empreendedorismo que aprendi NASA

7- Novos negócios: música online

8- Do Brasil para o Mundo : o case do Blogo

9- E-commerce integrado em redes sociais

10 – Produto, sociedade e pessoas

11 – Startups e investidores: falando a mesma língua

12 – Visão de Internet para Ime Archibong (Facebook)

13 – Importância do CTO e da equipe técnica ao levantar Capital de Risco

 

 

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