A tangerineira ocupa, provavelmente, a maior faixa de adaptação climática entre os citros.
As plantas são igualmente tolerantes a altas e baixas temperaturas.
Os frutos são utilizados para consumo ao natural e para industrialização, de onde são obtidos diferentes produtos processados, como sucos, óleos essenciais, pectina e rações.
Os frutos da tangerineira são de tamanho médio, forma oblata, base com pescoço pequeno e ápice pouco deprimido. A casca é fina, firme e fácil de remover.
A superfície é lisa, de cor laranja a vermelha, com nove a 13 segmentos facilmente separáveis e eixo médio e aberto. A polpa é de cor laranja, sucosa e aromática. Possui poucas sementes. A maturação ocorre de meia estação a tardia.
A tangerineira ‘Ponkan’, mais difundida no Brasil, possui frutos de forma achatada com cinco a oito sementes, peso médio de 138g, casca de cor alaranjada forte, espessura média e vesículas de óleo salientes. Tem polpa de cor alaranjada e textura frouxa.
O suco corresponde a 43% do peso dos frutos, com teores médios de sólidos solúveis totais de 10,8%. A cultivar apresenta maturação dos frutos de meia estação, de maio a julho.
As tangerinas ou mandarinas constituem um grupo de frutas cítricas. As principais variedades de tangerinas (C. reticulata Blanco) cultivadas são a Cravo, Poncã (Ponkan), Dancy e Montenegrina.
A planta é vigorosa, de tamanho médio a grande, crescimento ereto, com poucos espinhos, folhagem densa, com folhas médias, lanceoladas e de largura média. Tem grande tendência de produzir alternadamente.
O grupo mexerica (Citrus deliciosa Tenore) tem origem na região do Mediterrâneo. Tem porte médio, hábito de crescimento lento e curvado, ramos finos e quase sem espinhos. As folhas são pequenas, alongadas e lanceoladas. Uma variedade comum no Brasil é a mexerica-rio.
O híbrido Murcott (Murcote), denominado de Tangor, é resultante do cruzamento da tangerina com a laranja doce (C. reticulata Blanco X C. sinensis Osbeck). Sua finalidade comercial é, principalmente, para produção de suco.
Os frutos de mexerica e murcote são mais aromáticos. A casca tem espessura fina, levemente rugosa e rica em glândulas com óleos essenciais. O tamanho é médio, com peso em torno de 130 g. As sementes são numerosas, pequenas e redondas.
O produtor, ao adquirir suas mudas, deve observar o tipo de porta-enxerto utilizado e a alternância dos mesmos. Devido aos inúmeros e recorrentes problemas de pragas e doenças na citricultura brasileira, deve-se evitar implantar um pomar com todas as plantas sobre um mesmo porta-enxerto.
A produtividade da variedade Ponkan, de maior interesse comercial no país, é muito boa e pode chegar a 250 quilos de frutos por planta. A planta tem tendência a produção alternada, ou seja, de produzir muito em um ano e pouco no seguinte. Recomenda-se fazer uma adubação equilibrada todos os anos e ainda, em alguns casos, retirar excesso de frutos (desbaste), para uniformizar a produção.
A tangerina, assim como os demais frutos cítricos, é do tipo não-climatérico, ou seja, não amadurece após a colheita. É importante, portanto, observar o ponto ideal de colheita, evitando-se enviar ao mercado frutos imaturos, sem o sabor característico.
Alguns citros podem atingir a maturação interna normal antes da mudança externa da cor da casca, o que torna interessante seu desverdecimento, que aumenta o valor de mercado do fruto e permite uma colheita mais cedo. O desverdecimento é realizado pela aplicação de etileno (hormônio vegetal) no fruto, em câmaras climatizadas.
Mercado – Os frutos são utilizados para consumo ao natural e para industrialização, de onde são obtidos diferentes produtos processados, como sucos, óleos essenciais, pectina e rações.
A safra de tangerinas no Brasil se estende, normalmente, de março a setembro, com concentração nos meses de maio a agosto.
Frequentemente, os produtores enfrentam forte queda nos preços no pico da safra. Pesquisas em manejo e com novas variedades tentam aumentar o período de colheita da fruta, com vistas à antecipação para os primeiros meses do ano.
Não há informações precisas sobre o volume de industrialização da tangerina no Brasil, mas é sabidamente pequeno. Menos de 1% da safra nacional é exportada.
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Fonte: Sebrae.com.br