O baixo nível de consumo de produtos caprinos no Brasil, estimado em torno de 125 g por habitante/ano, aliado à crescente demanda por proteína animal de qualidade, com reduzidos teores de colesterol e de gorduras saturadas, e ainda o fato do nível de produção inspecionada ser insuficiente para suprir o mercado consumidor, são características que permitem vislumbrar boas oportunidades para o desenvolvimento da caprinocultura.
A esta demanda crescente de consumo, associa-se os grandes eventos desportivos, Copa do Mundo da FIFA 2014 e Olimpíadas de 2016, que geram uma expectativa de forte entrada de turistas no país. Este fluxo turístico, associado ao contínuo aumento do consumo nacional e internacional relacionado com as qualidades nutritivas da carne e dos produtos lácteos de caprinos, proporcionarão novas possibilidades ao setor nos próximos anos.
As características dietéticas, a maior digestibilidade quando comparado ao leite de vaca, a possibilidade de consumo por pessoas com dificuldades digestivas ou com alergias alimentares colocam o leite de cabra como um importante componente na indústria alimentar. Sua produção tem como foco principal a fabricação de queijos, mas uma porção relevante é comercializada como leite fluido, em pó ou congelado. Acrescente-se, ainda, o seu emprego como matéria prima na indústria de cosméticos.
Com a elevação da renda média da população, há o aumento do consumo de produtos de couro, em especial na indústria de móveis, calçados e no setor automobilístico.
A pele de caprinos é um importante derivado da pecuária de corte, sendo o produto com maior potencial de agregação de valor. Entretanto, ações devem ser estabelecidas para a valorização do produto, envolvendo desde práticas de manejo adequadas por parte dos produtores, até políticas de valorização do produto junto à indústria de curtumes.
Comércio
Existem grandes disparidades na estrutura de comercialização dos produtos oriundos da caprinocultura: no Nordeste brasileiro predominam a venda em feiras e o consumo de subsistência; e nas regiões Sul e Sudeste as vendas ocorrem em restaurantes, açougues e redes de supermercados.
Em grandes centros urbanos, especialmente do Nordeste, restaurantes se especializaram em carne de caprinos. A carne e o queijo de cabra são muito apreciados pelo setor gastronômico especializado, proporcionando pratos requintados, principalmente por meio da exploração de características regionais.
O leite de cabra é uma alternativa para aqueles que têm problemas digestivos ou que não toleram o leite de vaca.
Diversas instâncias governamentais, federal, estadual e municipal, vêm estabelecendo acordos com associações de produtores para compra de produtos caprinos, principalmente carne e leite, a serem fornecidos nos programas sociais de alimentação, gerando oportunidades para pequenos empreendedores e proporcionando novas possibilidades de segurança alimentar.
Assim sendo, identifica-se uma vasta rede de clientes potencias abrangendo frigoríficos, abatedouros, redes de supermercados, açougues, restaurantes e programas sociais de alimentação.
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