Antes de definir o preço final do produto, o produtor precisa estar atendo a dois momentos distintos do café: o primeiro como commodity, vendido a granel e com forte presença no mercado internacional, e o café industrializado (torrado e/ou moído).
Na versão commodity, o café sofre pressão de diversas variáveis que interferem no preço final, desde condições climáticas, passando pela qualidade intrínseca do produto, região de origem, até o preço da concorrência.
No mercado de cafés commodities, o preço é regulado principalmente pela bolsa de mercadorias do mercado mundial, que estabelece preços em dólar para cada tipo de café. Além disso, em função das perspectivas em relação às safras futuras e aos estoques e leilões realizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os preços estão sujeitos a diferentes níveis de flutuação.
Já no cenário do café industrializado há a possibilidade de mudar o patamar do produto em função das oportunidades de diferenciação e consequente agregação de valor.
Dessa forma, pode-se obter preços maiores com a comercialização desse tipo de produto. Em 2012, por exemplo, o preço mensal do café, no varejo, variou entre R$ 13,43 e R$ 14,94 o quilo, conforme levantamento do Sindicafé/SP.
Tributação
Para efeito de tributação, deve ser considerada desde a produção rural, passando pela comercialização do café verde, até o beneficiamento e venda do produto industrializado.
No fim, o café sofre o impacto de 16,5% sobre o preço final do produto, considerando a incidência de impostos como ICMS, IPI, PIS e Cofins.
Para mais informações, leia a íntegra do estudo Informações de Mercado sobre Café Gourmet e Orgânico, elaborado pelo Sebrae Nacional.