Vem aí a era da inteligência e funcionalidade nas embalagens
Depois de deflagrada a tendência das embalagens comestíveis, começa a despontar no mercado a tendência das embalagens inteligentes.
Se hoje bilhões de itens já podem ser consumidos com a chancela da inteligência que lhes é dada através da internet – a chamada internet das coisas –, seria inconcebível imaginar que as embalagens, que possuem a prerrogativa de ser um dos primeiros contatos do consumidor com os produtos, ficariam fora dessa nova era.
Indústria, academia, designers, além de muitas outras atividades profissionais e empresariais, estão engajadas em desenvolver embalagens que, através de características químicas especiais, serão capazes de se comunicar de forma mais inteligente e ativa com os consumidores.
Embalagens que avisam aos usuários quando o medicamento vencer ou que informam, nas gôndolas dos supermercados, a qualidade e o frescor dos alimentos aos consumidores são alguns dos exemplos. Essas embalagens têm várias funções. Um sistema composto por rótulos, etiquetas ou filmes propicia o monitoramento da qualidade do alimento acondicionado exatamente por interagir com ele durante todo o seu processo logístico, que inclui também o momento imediatamente anterior ao seu efetivo consumo.
Além de ativação e inteligência, o conceito de embalagens funcionais também parece estar evoluindo. Uma empresa dinamarquesa inovou ao eliminar cápsulas e filtros coadores, propondo o preparo do café na própria embalagem.
Para consumi-lo, basta adicionar água quente, pois a própria embalagem funciona como filtro. Veja como funciona: 2cup CoffeeBrewer
Na área de saúde, a questão é medicação segura. Os designers Kanupriya e Gautam Goel projetaram uma embalagem para medicamentos que, passada a data de validade, um adesivo indica perigo para o consumo.
A embalagem projetada contém duas camadas. A primeira conta com as informações médicas, tais como composição e profilaxia, e na segunda fica escondida a mensagem de expiração. Como é formada por várias folhas, à medida que o tempo passa, a tinta se esvai pelo papel, formando o sinal de alerta.
Como a vida útil do aviso é a mesma do medicamento, não há o risco do alerta aparecer antes do fim do prazo de validade, por exemplo. A ideia não busca apenas evitar acidentes devido a ingestão de medicamentos vencidos, mas também prevenir a falsificação de remédios e a venda ilegal.
Outro problema resolvido com a inovação das embalagens inteligentes é a universalização. O sinal escolhido pode ser reconhecido em qualquer canto do mundo. O símbolo conta com uma carga significativa de fácil assimilação, inclusive para analfabetos.
O que vem por aí:
Inteligência e funcionalidade estão entre as tendências da indústria de embalagem nos próximos anos e determinarão o comportamento do mercado, que hoje já se movimenta impactado por um consumidor que quer mais informação, que tem maior nível educacional; que se preocupa mais com saúde e que se alimenta com mais frequência fora do lar. Veja as megatendências:
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Fontes: Techtudo; Mundo do Marketing; Projeto Brasil Pack Trends 2020.