O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,3 milhões de hectares. São 287 mil produtores que, fazendo parte de associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados. Com dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que influencia na qualidade do produto final. Veja, abaixo, aspectos que podem aprimorar a sua lavoura.
Escolha do local
A primeira decisão importante para um produtor de café é a escolha do local da lavoura, ou o entendimento das características do terreno disponível e das necessidades de ajustes para melhor resultado na produção.
Sugere-se que sejam evitadas áreas com as seguintes características:
– Voltadas para regiões sujeitas à ação de ventos frios, prejudiciais ao cafeeiro;
– Que tenham sido utilizadas para plantio de café há menos de cinco anos, situação propícia para o aparecimento de pragas e moléstias no novo cafezal;
– Com baixadas úmidas;
– De topografias muito íngremes, solos rasos, pedregosos ou muito erodidos.
Manejo: poda
A região do plantio deve se basear nos aspectos do solo, clima, altitude, assim como o tipo de condução da lavoura. Uma delas é a técnica de manejo, que envolve a decisão de podar ou não a lavoura de café. Para isso, verifique se a técnica é realmente necessária ou se outras práticas de manejo podem sanar o problema. Caso a poda seja a mais recomendada, confira alguns tipos.
Recepa. É a poda mais drástica, pois elimina toda a parte aérea do cafeeiro e provoca a morte de 80% das raízes absorventes. Por isso, deve ser aplicada somente quando não existe a possibilidade de trabalhar com outro tipo de poda.
Decote. Elimina a parte superior do cafeeiro para reduzir a sua altura, facilitando os tratos culturais e a colheita. Aplica-se, também, no caso de cafeeiros atingidos por geada de capote dos ponteiros, granizos ou faíscas elétricas.
Esqueletamento. Consiste na associação do decote alto com o corte acentuado dos ramos produtivos. È indicado para lavouras em vias de fechamento, desgastadas pela idade com perda de produção, atingidas por geadas de capote e para àquelas do sistema adensado mecanizável (que necessitam de podas a cada quatro ou cinco anos).
Desponte. É aplicado para restauração do crescimento dos ramos laterais, quando atingem um cumprimento acima de 1,20 m e começam a mostrar sinais de esgotamento, reconhecido pela falta de vigor.
Poda seletiva. Variante executada após análise individual de cada planta, a poda seletiva preserva o potencial produtivo da lavoura. Requer mão de obra treinada, sendo recomendada para pequenos produtos.
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