Cadastrar

Esqueceu a senha?

Perdeu sua senha? Por favor, indique o seu endereço de e-mail. Você receberá um link e criará uma nova senha por e-mail.

Você precisa se logar para postar no Blog

Please briefly explain why you feel this question should be reported.

Explique brevemente por que você acha que essa resposta é inadequada ou abusiva.

Please briefly explain why you feel this user should be reported.

Sebrae Respostas Latest Articles

Microcervejarias ganham espaço no mercado nacional

Uma das bebidas preferidas do brasileiro, a cerveja vem ganhando uma infinidade de variações. O movimento é liderado pelas microcervejarias, responsáveis pelo número cada vez maior de bebidas artesanais que ganham as gôndolas e prateleiras dos supermercados e lojas especializadas. Para ser considerada uma microcervejaria, a empresa deve produzir até 200 mil litros por mês, segundo a definição da Escola Superior de Cerveja e Malte. Em geral, os produtores de cervejas artesanais não alcançam esse número, mas o ritmo de crescimento do setor vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. As cervejas especiais representavam 8% do mercado nacional da bebida em 2012 e encerraram 2014 com uma participação de 11%, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, que aponta a existência de 300 microcervejarias no País. A projeção é de que essa cota suba para 20% em 2020. O principal responsável pelo aumento do consumo é a difusão entre os consumidores. O diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte, Carlo Enrique Bressiane, explica que as pessoas estão entendendo a diferença entre as cervejas de massa e as artesanais.

“As artesanais são mais encorpadas, com mais cheiro e sabor, e oferecem uma experiência diferente, enquanto que as de massa são feitas para refrescar”, explica o diretor. As artesanais, por sua vez, são mais caras do que as populares, o que ainda restringe o mercado para esses modelos.

A qualidade das duas é algo muito debatido entre os apreciadores. O chefe de operações da Cervejaria Urbana, André Leme Cancegliero, defende que as cervejas especiais oferecem mais prazer e informação para os consumidores. “Quando você conhece um pouco da cerveja artesanal, é difícil voltar para as tradicionais”, afirma.

A história da Cervejaria Urbana é semelhante à de muitas do ramo, que nasceram da vontade de empreendedores movidos pelo prazer de produzir a própria cerveja, muitas vezes sem pretensão de comercializar. Foi o que fez Cancegliero junto com dois amigos, em 2010, quando alugaram um sobrado para fazer cerveja artesanal.

Em agosto de 2013, com a produção batendo em 4 mil litros por mês, eles decidiram vender a bebida. Atualmente, com mais de dez rótulos, a Cervejaria Urbana produz 20 mil litros por mês.

A expansão do segmento vem alavancando negócios ao longo de toda a cadeia produtiva. Um dos setores em que isso é notável é o de distribuição, com a proliferação de quiosques e lojas especializadas. Entre elas, destaca-se a Mr. Beer, rede de franquias de cervejas especiais que vem inovando com as parcerias com microcervejeiros para a venda de produtos com rótulos especiais, de bandas de rock ou seriados de TV.

“Estimulamos a produção dos cervejeiros, pois divulgamos a marca deles, não só a banda ou seriado que aparece no rótulo”, explica o diretor da Mr. Beer, Fabiano Wohlers.

Entre os nomes que já ilustraram rótulos da Mr. Beer, estão as bandas de rock Ultraje a Rigor e Velhas Virgens, e o seriado Breaking Bad, sucesso da Warner. São ações promocionais de curta duração, que favorecem tanto a distribuidora quanto a microcervejaria. “Projetos desse tipo ajudam a preencher turnos ociosos nas fábricas”, destaca Woholers.

O filão das cervejas artesanais sofre com a falta de escala para competir com as cervejas de massa, ao passo que a carga tributária das duas é a mesma: ao redor de 56%. Além do volume menor, as bebidas especiais costumam trabalhar com matérias-primas mais caras, muitas vezes importadas, o que faz com que o preço final seja mais de cinco vezes o cobrado pelas tradicionais. Para reduzir essa diferença, os produtores iniciaram um movimento por uma tributação diferenciada para o segmento. Segundo Bressiane, o desafio é conseguir que as microcervejarias sejam enquadradas no Simples Nacional, regime para micro e pequenas empresas que exclui a produção de bebidas alcóolicas. As negociações já chegaram ao Congresso Nacional, mas nenhum acordo ainda foi firmado.

Acompanhe outros conteúdos como esse no site do Sebrae Mercados.

You must login to add a comment.

Posts relacionados