A Expocahaça de 2014 foi um evento rico em oportunidades de negócios e na coleta de informações. A maior parte dos produtores de cachaça pequenos, médios ou grandes procura fazer parte de uma ou mais entidades. Isso agrega valor e da força ao produto. Entretanto alguns fatores e opiniões devem ser levados em consideração para melhoria do segmento da cachaça no país.
Dentre as principais entidades relacionadas à cachaça, destacam-se o Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), a Federação Nacional das Associações de Produtores de Cachaça de Alambique (FENACA) e o Centro Brasileiro de Referência da Cachaça (CBRC). Além destas, são também importantes entidades relacionadas não especificamente à cachaça, como a Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE), a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (ABIA), bem como Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Sindicatos das Indústrias de Bebidas (SINDBEBIDAS).
Em geral, os produtores de cachaça se organizam em diversas associações espalhadas pelo país. Dentre estas, cabe destaque para a Associação dos Produtores Artesanais de Cachaça de Salinas (APACS), a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça de Paraty (APACAP), a Associação de Produtores de Aguardente de Cana e Rapadura de Pernambuco (APAR), a Associação dos Produtores de Cana de Açúcar e seus Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (APRODECANA), a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (APACERJ), a Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade (AMPAQ), a Associação Paulista dos Produtores de Cachaça de Alambique (APPCA), a Cooperativa Central dos Produtores de Cachaça de Alambique de Minas Gerais (COOCEN), a Cooperativa dos Produtores de Cachaça de Alambique do Sudeste do Tocantins (COOPERCATO), a Cooperativa dos Produtores de Cana, Aguardente, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (COPACESP) e o Clube Mineiro da Cachaça.
“Tem apoio do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), tem apoio dos governos federal e estadual, muito apoio da Associação dos Alambiques Gaúchos, apoiado pela Prodecana, Sebrae, Senai. Eu tenho plena certeza que se não tivessem esses apoiadores eu estaria com as portas fechadas. Hoje, se não fosse pelas feiras, eu estaria fechado com minha agroindústria.”
Leandro – Cachaçaria Harmonie.
Guilherme Zimmermann, representante comercial da Cachaça Cobiçada, que esteve presente em estande na Expocachaça 2014, é um exemplo de como os empresários são carentes na parte comercial. Ele vislumbrou uma oportunidade de mercado, fazendo uma pesquisa com fornecedores de cachaça. Selecionou alguns para trabalhar e desenvolveu um trabalho de revenda junto a bares e restaurantes. Vale observar que dessa maneira o produtor está terceirizando a responsabilidade pela comercialização do seu produto. Os grandes distribuidores não querem fazer o trabalho de abrir mercado. Eles querem revender produtos que já estão introduzidos. Que já são conhecidos.
Ele também destaca o fato de que a substituição tributária deixa o produto muito caro. São Paulo, um grande mercado consumidor, por exemplo, tem uma carga tributária muito grande. Penaliza quem “trabalha certinho”. Muita gente vai buscar de carro. Passa nos alambiques, compra e traz no carro. Revende a preços bem menores.
Quer saber mais sobre o segmento da cachaça? Acesse a seção de Agro do Sebrae Mercados.