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Cachaça brasileira, os números de um mercado em expansão

A 24ª Expocachaça de 2014, que aconteceu em maio deste ano, trouxe muitas informações relevantes aos empreendedores e consumidores do segmento.

O segmento produtivo da cachaça traz previsões positivas quanto a seu mercado consumidor. Por um lado, espera-se que cada vez mais brasileiros passem a valorizar o produto como a bebida típica nacional e mostrem seu orgulho em consumi-la. Nesse aspecto, o perfil atual de consumidores deixou de vincular o produto à ideia de bebida desvalorizada e de baixa qualidade, sendo comparada a destilados nobres como uísque e vodca. Conforme avaliação realizada pela Federação Nacional das Associações de Produtores de Cachaça de Alambique (FENACA), divulgada por SEBRAE (2008), os consumidores das classes A e B descobriram a cachaça como produto de qualidade, passando a assumir o consumo da bebida antes tratada como direcionada somente às classes menos favorecidas. O aumento da demanda começou de forma espontânea e passou a ser observado há cerca de uma década. O movimento se refletiu inclusive na forma de pedir e degustar a bebida.

Além do salto de qualidade do consumo no mercado interno, a exposição do país nas mídias internacionais, ainda mais em decorrência de grandes eventos desportivos a serem realizados no país, projeta um considerável influxo de turistas estrangeiros internamente, ávidos em conhecer características específicas do país. Isso deve ocorrer não só durante esses eventos, mas também posteriormente a estes, dada a geração ou melhoria de diversos atrativos turísticos locais. Nesse sentido, a cachaça carrega o título de bebida típica brasileira, com forte apelo comercial junto aos estrangeiros. Destaca-se que, segundo estimativas do Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, divulgadas em Expocachaça (2013), a cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo, atrás da vodca e do soju (bebida destilada originária da Coreia e feita de arroz), mas apenas em torno de 1% da produção nacional é exportada, sendo metade disto comercializada a granel. Além disso, é salutar expressar que a cachaça é um dos poucos destilados do mundo com potencial para elevar suas vendas no campo internacional. Ademais, em 2012, os Estados Unidos passaram a reconhecer a cachaça como produto tipicamente brasileiro, o que facilita a exportação para o país e a exploração de oportunidades nesse mercado, inclusive servindo de referência para o comércio com outros países.

Ainda de acordo com informações do Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, o consumo nacional de cachaça por habitante, em 2012, situou-se em torno de 11,5 litros por ano, ao se considerar a população com idade entre 18 e 59 anos. Esse consumo ainda é inferior frente a outras bebidas, dentre as quais cerveja (em torno de 117 litros anuais por habitante, ao se considerar a população entre 18 e 59 anos) e refrigerante (aproximadamente 85 litros anuais per capita, ao se considerar toda a população brasileira). No mesmo ano, a produção brasileira de cachaça foi estimada em 1,4 bilhões de litros, nível 15% superior ao registrado no ano anterior. Nesse contexto, a cadeia produtiva movimentou R$ 7 bilhões em fornecimento de insumos, produção e comercialização. Particularmente quanto ao faturamento obtido na produção, não há dados concretos sobre seu volume. Da mesma forma, não há indicadores precisos sobre o ticket médio do produto, ainda que se conheça que o preço do litro de cachaça varie de R$ 10,00 a R$ 400,00.

No país, estima-se a atividade de cerca de 40 mil produtores de cachaça, os quais geram em torno de 600 mil empregos diretos e indiretos. Da estimativa de 40 mil produtores brasileiros, calcula-se que 98% destes são pequenos e microempresários. Além disso, 70% da produção está relacionada à cachaça de coluna ou industrial, enquanto o restante refere-se à cachaça de alambique. Nacionalmente, o maior produtor de cachaça de coluna é o estado de São Paulo, enquanto o maior produtor de cachaça de alambique é Minas Gerais. Outros estados que se destacam na produção nacional de cachaça são Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Paraíba.

A catalogação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento registra 4.124 marcas de cachaça em circulação no Brasil, com destaque para os estados de Minas Gerais (1.587 marcas).

  1. São Paulo (676),
  2. Rio Grande do Sul (343),
  3. Rio de Janeiro (244),
  4. Santa Catarina (238),
  5. Espírito Santo (238),
  6. Ceará (169),
  7. Pernambuco (130),
  8. Paraná (105),
  9. Goiás (90) e
  10. Paraíba (85),

Conforme divulgação do Mapa da Cachaça (2013). É ainda importante a participação da produção informal no país e, segundo o Centro Brasileiro de Referência da Cachaça, a formalização desses produtores elevaria a produção de cachaça em um volume em torno de 2 bilhões de litros/ano.

Com relação aos dados oficiais relativos ao número de estabelecimentos, há registros de 2.419 empresas no ano de 2011, referentes ao CNAE 1111-9 (Fabricação de Aguardentes e Outras Bebidas Destiladas), segundo levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego (Brasil, 2013). Desse número de estabelecimentos, salientam-se as participações dos seguintes estados: Minas Gerais, com um total de 903 estabelecimentos; São Paulo, com 365; Rio Grande do Sul, com 161; Espírito Santo, com 160; Ceará, com 152; Rio de Janeiro, com 107; Bahia, com 103; Paraná, com 76; Santa Catarina, com 74; Goiás, com 57; Paraíba, com 56; e Pernambuco, também com 56 estabelecimentos. No país, o número de vínculos empregatícios registrados nesses 2.419 estabelecimentos em 31 de dezembro de 2011 foi equivalente a 25.038 empregados.

Quer saber mais sobre o segmento da cachaça? Acesse a sessão de Agro do Sebrae Mercados.

Fonte: Sebrae Mercados | Expocachaça 2014

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1 comentário

  1. […] observações realizadas na Expocachaça 2014 pode-se materializar as estratégias utilizadas pelos produtores. A Cachaça São Miguel, por […]

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