Combater o desperdício é, no mínimo, uma iniciativa inteligente dos empresários. Defende a sustentabilidade do próprio negócio com a melhoria dos resultados financeiros e aproxima a empresa de consumidores que buscam satisfazer as próprias necessidades, sem comprometer as de gerações futuras.
Muitas são as ações com as quais as empresas podem melhorar seus resultados financeiros. Muitas são as causas pelas quais as empresas podem se unir a seus clientes: 96% dos participantes de uma pesquisa feita com exclusividade para a revista “Consumidor Moderno” afirmaram ter maior disposição em comprar produtos de empresas que se engajam em alguma causa com a qual se identifiquem.
Dada a essencialidade do consumo de alimentos e a pujança da produção nacional, o setor requer e merece destaque. Enquanto o Brasil alcança sucessivas safras recordes que indicam sua provável liderança na produção de gêneros alimentícios até 2021, estampa-se no território nacional o contrassenso de uma cultura do desperdício com o descarte de 39 mil toneladas de alimentos por dia.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido durante os processos de produção e venda, equivalendo a US$ 1 trilhão.
Uma realidade assustadora que, quando analisada com um olhar auspicioso, revela oportunidades na otimização de recursos, no aproveitamento de resíduos e no desenvolvimento de novos produtos a partir de resíduos de alimentos.
Oportunidades de negócios que devem estar no foco do grandioso universo de micro e pequenas empresas brasileiras que, sincronizadas com um perfil consumidor consciente, em breve verão seu público dobrar de tamanho. Essa é a meta do Ministério do Meio Ambiente para até 2014 com a implantação do Plano Nacional de Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), construído, junto com a sociedade, um mapa que indica o caminho para atingir objetivos de desenvolvimento sustentável por meio de ações de produção e consumo.
Informações sobre o PPCS no Boletim “Sustentabilidade: consumidores estão mais conscientes”
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