A pandemia tomou conta de todos os setores, fazendo as empresas se reinventarem e modificarem sua forma de pensar e agir em seus negócios. O Evento Open Food Innovation Summit 2020 trouxe uma tendência que está ganhando espaço no ramo alimentício – a Sustentabilidade.
Na palestra da Julia Curan, consultora na WGSN Mindset LATAM, que lidera projetos customizados para empresas de diferentes segmentos do mercado, ela apresentou comportamentos e direções para as empresas do segmento de alimentos e bebidas.
Em decorrência da pandemia, alguns comportamentos de consumo ficaram mais em evidência. As empresas precisaram oferecer um suporte maior para os seus clientes, foram citados, pela Julia Curan, alguns desses comportamentos:
- Bem-estar: o cliente quer consumir um produto que o faça se sentir bem, sendo entregue sempre um produto de qualidade, pode-se citar, como exemplo a esse comportamento, o grupo de pessoas que estão consumindo as comidas saudáveis;
- Conforto: o delivery se tornou um ponto crucial no trabalho do ramo alimentício, o fato de não se deslocar e ter o alimento, com rapidez, na comodidade de casa se tornou essencial na compra do produto;
- Cuidado e proteção: junto com a pandemia, surgiu os protocolos de segurança, que são medidas tomadas para a prevenção do coronavírus. Garantir para os consumidores que a empresa está preocupada com a saúde dele, deixando em evidência que o estabelecimento se adequou a essas medidas, o faz se sentir seguro para consumir.
Além da importância no comportamento dos consumidores, destacou-se, também, na palestra, algumas direções para essas empresas nos próximos anos:
- Pré-soluções de design: nesse ponto, trata-se de sistemas alimentares mais sustentáveis, evito de desperdícios de alimentos e embalagens sustentáveis;
- Aceleração tecnológica: na pandemia, destacou-se a importância da inovação, não só na criação de produtos, mas, em todo meio operacional, lembrando que o trabalho sustentável inicia desde o produtor rural que fornece o alimento aos restaurantes, lanchonetes, bares e outros;
- Alavancando o local: priorizar produtos locais, ingredientes regionais, conhecer se há fornecedores próximos e manter contato com eles, torna-se indispensável no crescimento do negócio;
- Vendendo sobrevivência: nesse ponto, trata-se, além da proteção e segurança, supracitados, de alguns suportes imunológicos que foram criados como forma de facilitar a questão vitamínica das pessoas, a exemplo, foi citado, o chiclete multivitamínico que ajuda na imunidade;
- Prazer com propósito: fala-se em alimentos que fazem as pessoas sorrirem, melhore o humor, seja saudável e reconfortante, desenvolva prazeres multissensoriais. Nesse caso, pode-se citar a impressora 3D, apresentada em outra palestra, do Emílio Sepulveda, que traz uma satisfação visual, mesmo que o cliente não goste do alimento, mas, a forma que o alimento é apresentado, faz o cliente repensar no consumo.
Enfim, o segmento da alimentação, de fato, teve que se reinventar, as pessoas, hoje, mudaram seus hábitos de vida e estão cada vez mais ciente da qualidade alimentar.
As empresas precisam focar mais nos sistemas, e menos nas coisas, precisam vivenciar a experiência do novo, acreditar nas forças das comunidades (grupos que consomem somente determinados produtos), afinal, O MUNDO MUDOU.
As organizações não servem mais somente o corpo, servem a mente, também. Ou seja, REINVENTE, REPENSE, RECRIE o seu modelo de negócio.
Raphaella Castro Pereira Reis
Gestora do Sebrae/MA