O açougue está se transformando para oferecer um ambiente mais agradável ao cliente, cada vez mais exigente, diversidade de produtos e atendimento personalizado. Essa estratégia pretende fortalecer as pequenas empresas diante da concorrência dos supermercados.
“Os açougues perceberam que para sobreviver precisam se diferenciar no serviço, agregando valor ao produto”, diz Manuel Henrique Faria Ramos, presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado de São Paulo. “Essa não é uma tendência abstrata, é uma realidade, quem não seguir corre o risco de fechar as portas”, afirma.
A modernização, conta Ramos, é necessária para os açougues instalados em bairros com moradores cujo poder aquisitivo é maior, mas também é importante para os estabelecimentos que funcionam em regiões mais populares. “Ele (consumidor de baixa renda) não tem o dinheiro no bolso, capacidade de comprar, mas tem o desejo”.
De acordo com o sindicato, existem no Estado de São Paulo em torno de 17 mil açougues. Desse total, perto de 80% faturam até R$ 240 mil e apenas 2% ultrapassam os R$ 2 milhões.
Exemplo
O açougue Santa Bárbara, que funciona há 30 anos no Morumbi, em São Paulo, seguiu pelo caminho da modernização. Muito em função da percepção do proprietário do estabelecimento, Sydney Moreira. “A gente vende carne de qualidade e prestação de serviços. Quanto mais opções tivermos, mais clientes vamos ter”, diz. A loja comercializa entre 12 e 14 toneladas de carnes por mês, incluindo cortes especiais e produtos importados da Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Japão.
“Mas (para dar certo) não é só ter loja bonita, tem que ter os melhores produtos e o melhor atendimento”, alerta Moreira. “Dono de açougue que não se modernizar vai parar no tempo. Açougue pequeno é só na periferia e mesmo lá eles precisam mudar pois as pessoas agora estão mais exigentes”.
Para conhecer outra história e dicas de decoração de açougues leia a íntegra da matéria publicada no Estadão PME.