No post de ontem (5) da série sobre o Estudo Setorial Comércio Varejista de Acessórios falamos sobre o perfil do consumidor de moda em geral. Hoje continuamos a falar sobre o assunto, mas com um recorte específico: quem é o consumidor que compra artigos de moda pela internet?
O comércio virtual é a grande tendência do setor de varejo, tendo em vista que os custos de uma loja virtual são muito menores do que os de um estabelecimento comercial comum. No varejo on-line não há gastos com aluguel e manutenção de pontos comerciais, assim como menor necessidade de funcionários.
De acordo com o E-bit, a expectativa para 2013 era de que mais de 50 milhões de consumidores realizassem compras on-line, movimentando um montante de R$ 28 bilhões. Esse valor representa um crescimento de 25% em relação aos R$ 22,5 bilhões faturados em 2012, quando o segmento de moda e acessórios alcançou a primeira posição em vendas, com 13,7% dos volumes dos pedidos no primeiro semestre do ano, ultrapassando o setor de eletrodomésticos.
Para mapear o comportamento do e-consumidor de moda e acessórios, a e.Bricks Digital e a M.Sense realizaram uma pesquisa em cinco regiões do país, nos primeiros meses de 2013.
Entre os entrevistados:
- 34% têm entre 25 e 34 anos;
- 49% são da região Sudeste;
- 47% pertencem às classes B2/C1 (renda entre R$ 1.200 e R$ 5.000);
- 80% das mulheres e 83% dos homens entrevistados já realizaram alguma compra on-line;
- quando o assunto é moda, 35% das mulheres entrevistadas já compraram roupas e 38% já compraram sapatos, bolsas e acessórios pela internet, um aumento de 50% em relação aos resultados da pesquisa de 2011.
Interesse crescente
Se em 2011 o segmento de moda ocupava o 10º lugar em penetração (percentual de pessoas que já realizaram compras no segmento) no ranking do e-commerce, em 2013 pulou para a 6º posição, motivado, principalmente, pelo aumento de 25% para 40% do percentual de jovens consumidores de roupas e acessórios on-line.
O interesse pelo assunto também cresceu nos últimos 18 meses. Na pesquisa de 2011, 22% das mulheres afirmaram não se interessar por moda, em 2013, esse percentual caiu para 14%.
Para as consumidoras entrevistadas, os principais atrativos das lojas on-line são:
- a forma de pagamento;
- os preços mais baixos;
- os descontos;
- a comodidade;
- a segurança.
Sobre o prazo de entrega, 43% das consumidoras consideram três dias um prazo justo, contra 11% que acreditam que o prazo de entrega deveria ser de 24 horas.
Já a principal barreira, segundo 59% das entrevistadas, é a falta de contato físico com o produto. O receio de ter problemas na entrega, apontado por 37% das pessoas pesquisadas em 2011, diminuiu consideravelmente. Ressalta-se que em 2013, apenas 20% citaram a questão.
Para saber mais, acesse a íntegra da publicação Estudo Setorial Comércio Varejista de Acessórios, do Sebrae.