Artesão, dificuldades para acessar mercados externos não podem representar uma barreira intransponível nos dias de hoje.
De um lado, não faltam estímulos para comercializar suas criações para fora do País: a Itália se destaca no interesse pelo segmento. A França idem. A Holanda também demostrou vivo propósito em estreitar as relações com produtores brasileiros.
De outro lado, existem soluções que minimizam os desafios para o artesanato. É o Comércio Justo e Solidário eliminando fronteiras comerciais dentro e fora do Brasil.
O objetivo maior do Comércio Justo é garantir condições justas aos pequenos produtores. Para isso, é estabelecido o contato direto entre o produtor e o comprador. Essa relação tira o produtor da dependência de intermediários e de instabilidades do mercado global, ao mesmo tempo em que assegura ao comprador o papel de verdadeiro parceiro. O resultado é uma remuneração justa e uma relação comercial estável, além de apoio técnico e financeiro quando for preciso, com benefícios das duas partes.
A segunda edição da Pesquisa Mundial sobre Comércio Justo divulgada, em 2010, pelo Sebrae, informa que já existem mercados considerados maduros onde consumidores valorizam os produtos desenvolvidos conforme esses critérios. Ou seja, nos mercados nacional e internacional existem oportunidades concretas.
Por isso, se sua dificuldade é reunir quantidades de produtos suficientes para viabilizar o transporte internacional, organize-se em associação ou cooperativa. O relatório dessa mesma pesquisa mundial é taxativo quando afirma que “artesãos individuais ou mesmo grupos, sem a infraestrutura de uma associação de maior porte, terão muita dificuldade para alcançar o mercado internacional com sustentabilidade”.
O Sebrae é um apoiador do Comércio Justo e entra nesse quadro com a missão de fortalecer a cultura do empreendedorismo e da cooperação. Nos últimos anos, o Sebrae dedicou boa parte de suas atividades para ajudar as comunidades a identificarem suas vocações e potencialidades e, ainda, explorar as vantagens locais. Esse é um processo participativo, democrático e solidário. Esse trabalho envolveu os governos federal, estadual e municipal, além de entidades de classe, organizações não governamentais e lideranças comunitárias.
Visite os endereços:
Para saber mais sobre as oportunidades do artesanato, acompanhe também as ações destinadas ao setor que têm como cenário o ambiente da Copa do Mundo FIFA 2014. Na recente Copa das Confederações, os showrooms montados em cinco cidades que receberam o mundial esportivo foram visitados por cerca de 100 mil turistas do Brasil e exterior no período de 30 dias. Paralelamente às exposições, foram realizadas Rodadas de Negócios, em que artesãos comercializaram diretamente para os lojistas e estima-se que, nessas ocasiões, apenas no Ceará e na Bahia, foram contabilizados aproximadamente R$ 2 milhões em negócios.