A definição do consumidor pode ser feita de várias formas: por características demográficas, geográficas e até mesmo psicográficas. Também pode ser determinada pelas características reacionadas à personalidade.
Se eu lhe perguntasse se a consumidora da Natura pertence à alguma classe social, a resposta provável, considerando o preço dos produtos, seria que seriam mulheres das classes A e B, certo? Errado.
Descobri hoje que mulheres que ganham até 2 salários mínimos são consumidoras da Natura e como elas não têm condições financeiras de adquirir produtos mensalmente, organizam-se em consórcios. Dessa forma, cada consumidora paga um pequeno valor mensal e, trimestralmente, recebem um crédito de R$ 50,00 para fazer pedidos.
O preço não é barreira para a aquisição de produtos. A classe C,D, merecedora de tantos estudos e debates, encontrou no financiamento uma forma de adquirir produtos de qualidade e de faixa alta de preços.
A definição dos mercados consumidores de produtos e serviços é cada vez mais tênue e de difícil precisão. A análise de elementos como preço não é suficiente. A definição de classes sociais também não.
A única certeza é a exigência cada vez maior por produtos de qualidade em alguns segmentos de mercado como o de cosméticos. Possivelmente se a Natura não tivesse um sistema de distribuição porta a porta jamais seria conhecida por esta consumidora que se organiza em grupos de auto-financiamento ou usa seus créditos de venda para adquirir os próprios produtos que vende.
Vale a pena refletir. O que você tem a dizer sobre isso?
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