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Tapioca quentinha

Tapioca quentinha

venda de tapiocas

Típica das regiões Norte e Nordeste, a tapioca expandiu suas fronteiras e caiu no gosto de consumidores de outras partes do País. Feita com a goma da mandioca, é uma alternativa mais saudável para o pão, pois não contém glúten. Com sabor neutro, combina com uma enorme variedade de recheios. “Ela lembra receita de avó, o que a coloca dentro de uma das tendências fortes do ramo de alimentação que chamamos de comfort food. Ou seja, remete a carinho e a sabores da infância”, afirma a consultora do Sebrae-SP especializada no segmento de alimentação fora do lar, Karyna Muniz. “Para completar, é uma opção de lanche rápido, que combina com o dinamismo e as necessidades dos dias de hoje”. Segundo ela, esse é um atrativo importante para o número cada vez maior de pessoas que se alimentam fora de casa. De acordo com um estudo feito pela Gouvêa de Souza (GS&MD), consultoria de consumo especializada em varejo, esse segmento cresce ao ritmo de 10% ao ano. Tudo isso ajudou a ampliar as oportunidades de negócio que adotam a tapioca como prato principal. E tem espaço para todo mundo: de quem vende o produto na rua, em carrinho e com um cardápio básico de sabores, aos que montam loja com apelo gourmet, caprichando na variedade de recheios. Pernambucano radicado na capital paulista, Hélio Manoel Muniz da Silva é um dos que resolveram apostar nesse ramo. Ele tinha uma barraca de churros na Feira de Artesanato, Antiguidade e Comida Típica da Praça Cornelia, no bairro da Lapa, em São Paulo.

“De três anos para cá, percebi que vem crescendo a procura por tapioca. Por isso, passei a oferecer essa opção em minha barraca”, conta ele. Deu tão certo que em pouco tempo, com a ajuda de um sócio, alugou um imóvel na mesma praça e abriu a tapiocaria Prosa.

No cardápio, ele oferece 35 sabores, entre salgadas e doces. Há desde o recheio tradicional de queijo e presunto (uma espécie de misto-quente) a versões com calabresa e catupiry ou apenas com brócolis. Entre as doces, há bastante procura pelas opões de coco com leite condensado e a de chocolate com morango. Além da variedade, Silva explica que um dos segredos para fazer sucesso desse ramo está na massa. “Eu não uso as prontas. Compro o polvilho e hidrato apenas no dia em que vou usar para fazer a tapioca. Se deixar para o dia seguinte, a massa escurece”, ensina.

Esse conhecimento sobre o produto-base é um dos requisitos para quem deseja investir em uma tapiocaria, segundo a consultora Karyna Muniz. “Também é preciso ter muita atenção com as questões ligadas à segurança alimentar. Especialmente quem for trabalhar com carrinho na rua deve adotar medidas que garantam a proteção dos ingredientes”, explica ela.

Confira mais matérias como essa na seção de “alimentação fora do lar” aqui no Sebrae Mercados

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