Em agosto de 2013, o Brasil atingiu a marca de mais de 3,3 milhões de microempreendedores individuais (MEI). Esse cenário demonstra ser esta figura jurídica o principal caminho utilizado pelos microempreendedores brasileiros que buscam as oportunidades oferecidas pelo mercado às empresas legalizadas.
Foi com o objetivo de conhecer o perfil desse público, um dos seus principais clientes, que Sebrae realizou uma ampla pesquisa sobre quem é o microempreendedor individual no país.
O levantamento constatou que o nível de satisfação do microempreendedor individual com a formalização atingiu 93,9% dos pesquisados. Quanto aos principais motivos para a formalização, 78,5% indicaram aqueles voltados aos benefícios que esta medida gera à empresa.
Impactos da formalização
Ao analisar os principais impactos da formalização, a pesquisa constatou que para a maioria dos microempreendedores individuais (68,3%) essa decisão refletiu de forma positiva na ampliação das vendas.
Quando questionados se acreditam que ter um CNPJ permitiu melhores condições para comprar de seus fornecedores, 77,9% dos MEI afirmaram positivamente.
Outra constatação importante da pesquisa diz respeito às oportunidades de acesso a mercados que ainda podem ser aproveitadas pelos microempreendedores individuais. Apenas 21,7% dos pesquisados afirmaram que vendem com frequência para outras empresas e 28,3% vendem às vezes para outras empresas.
Dentre os diversos benefícios gerados pela formalização também está a possibilidade de vender para governos e prefeituras. No entanto, a pesquisa do Sebrae constatou que, embora os microempreendedores individuais sejam contemplados pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que dá preferência aos pequenos negócios em licitações, este tem sido um benefício pouco utilizado pelos MEI.
Entre os entrevistados, 88,5% afirmaram que nunca venderam produtos ou serviços para prefeituras ou governos. Este deve ser um ponto observado pelos microempreendedores individuais interessados em atingir novos mercados.