A lima ácida Tahiti, chamada popularmente de limão, é uma planta tropical de rápido crescimento, que alcança quatro a seis metros de altura. A copa é arredondada e bem enfolhada. As folhas são de tamanho médio e com formato elíptico.
A cultura da lima Tahiti exige atenção e planejamento pelo produtor, principalmente devido à forte concentração da oferta – de dezembro a abril – e aos diversos problemas de doenças e pragas enfrentados pela citricultura no país.
Três pontos importantes devem ser, então, observados:
- Adquirir as mudas de viveirista fiscalizado e, de preferência, produzidas em viveiro telado;
- Evitar que as mudas tenham sempre o mesmo porta-enxerto, utilizando, no mínimo, dois porta-enxertos diferentes no pomar;
- Procurar desviar, por meio do manejo, parte da produção para fora do período de safra concentrada.
A utilização de mudas de boa qualidade é base para o sucesso e longevidade do pomar, garantindo a sua produtividade, menor incidência de doenças e, consequentemente, o retorno econômico do investimento.
Na obtenção das mudas, observar a utilização de diferentes porta-enxertos. Não é conveniente, para a formação de pomares de ‘Tahiti’, a utilização de apenas um porta-enxerto, em virtude dos riscos do aparecimento de novas doenças, que comprometam até 100% das plantas.
Os porta-enxertos mais recomendados são o limoeiro ‘Rugoso’ e o ‘Cravo’, que apresentam vantagens como crescimento rápido, boa produção, frutos de ótima qualidade e maior tolerância à seca e a tristeza-dos-citros (virose transmitida pelo pulgão preto).
A desvantagem do uso desses porta-enxertos, principalmente em plantios irrigados, é serem muito atacados pelo fungo Phytophthora sp., causador da “Gomose” e “Podridão radicular”. Pode-se utilizar alternativamente os porta-enxertos ‘Trifoliata’, Citrange ‘Morton’, Tangelo ‘Orlando’, Tangerina ‘Cleópatra’ e Citrumelo ‘Swingle’.
Em plantios mais adensados, o uso do porta-enxerto ‘Fly Dragon’ tem como vantagem desenvolver plantas de menor porte, o que facilita os tratos culturais e a colheita.
Para produzir fora do período de maior oferta do produto, o produtor deve eliminar os frutinhos na época de alta produção, adotar manejo adequado de irrigação e adubação, e assim conseguir alta produção na entressafra.
Nos plantios irrigados, as sucessivas brotações dão origem a várias floradas que, por sua vez, dão origem a várias colheitas ao longo do ano, podendo acontecer períodos de colheita na entressafra, o que propicia melhores preços.
Em plantios de sequeiro, a alternativa para produção na entressafra (setembro a dezembro) é o uso de reguladores de crescimento, como o ethephon e as giberelinas. No entanto, as variações climáticas interferem e não asseguram os resultados, o que demanda maiores estudos sobre esse assunto (dosagem, época e método de aplicação).
A lima ácida tahiti apresenta a peculiaridade, quanto à sua comercialização, da manutenção da cor verde da casca, que é extremamente desejável durante toda a vida útil pós-colheita desta fruta. O aparecimento da coloração amarela, total ou parcialmente, reduz sua aceitação pelo mercado consumidor, principalmente no exterior.
Mercado – Componente básico da brasileiríssima caipirinha, o limão tahiti é um fruto tropical de ampla utilização.
Além do uso na culinária e preparo de bebidas, o limão tahiti é utilizado na produção de suco concentrado. A indústria de suco utiliza 40% a 50% do fruto, sendo o restante considerado resíduo industrial.
Esse resíduo contém pectina, vitamina C e fibras, que os tornam matéria-prima para as indústrias alimentícia, farmacêutica e de rações. O óleo essencial da casca é produto altamente valorizado, com uso amplo na indústria farmacêutica e de refrigerantes.
Veja mais notícias como esta na seção de Agro do Sebrae Mercados.
Fonte: Sebrae.com.br