A ong internacional Oxfam realizou um estudo para identificar como e o que o mundo está comendo. O levantamento se chama Grow Campaing 2011 – Food, Life and Planet. Por meio do resultado da pesquisa, a instuição quer propor soluções para acabar com a fome no mundo e melhorar a alimentação da população mundial. Entretanto, é possível tirar lições de mercado, pois o estudo mostra o comportamento de 16.000 pessoas em 17 países na hora de escolher o que come.
De acordo com os resultados, o custo dos alimentos é o fator preponderante na escolha do que as pessoas e suas famílias vão comer. A segunda questão que mais influência a compra de alimentos é a preocupação com a saúde, particularmente na Índia, onde as dietas ocidentais estão se espalhando à medida que a economia indiana se desenvolve.
Já na Rússia, onde há casos recentes de adulteração de alimentos, a segurança alimentar é o principal fator de escolha da comida. No Quênia e na Tanzânia, parte substancial da população preocupa-se com a disponibilidade de alimentos.
Nos últimos dois anos, houve mudança significativa nas dietas, isso por causa do aumento do custo de determinados mantimentos e preocupações com a saúde. Os entrevistados afirmam que no período deixaram comer certos alimentos. Os quenianos foram os que mais disseram que sua dieta mudou recentemente.
O resultado da pergunta ‘qual o seu alimento favorito’ mostra como as dietas ocidentais caíram no gosto popular mundo afora. É claro que a maioria dos entrevistados destaca os pratos típicos de seus país – por exemplo, a paella na Espanha –, mas em quase todos os países, pizzas, massas e frango são os pratos favoritos de muitas pessoas. As exceções são os países de baixa renda na África, onde as dietas tradicionais com farinha de milho continuam a prevalecer.
Brasil
Entre os pratos favoritos, os brasileiros disseram que adoram lasanha (20,4%), arroz (19,4%), massa (12,9%) e a feijoada (4,9%). Em relação aos fatores que determinam a compra de alimentos, em primeiro lugar está o valor (63%) e em seguida vem alimento saudável (48%) e impacto da produção nas pessoas e meio ambiente (20%).
Entre os entrevistados no Brasil, 45% disseram que houve alteração na dieta alimentar nos últimos dois anos. Entre as razões para deixar de comer certos alimentos, 34% diz que foi por causa do aumento de preço, 31% por questões de saúde e 19% pela maneira como a comida é produzida.
Saiba mais
Confira a pesquisa completa (em inglês).