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EVITE O DESPERDÍCIO E GERE LUCRO PARA SEU BAR OU RESTAURANTE COM A “SACOLA SURPRESA”

EVITE O DESPERDÍCIO E GERE LUCRO PARA SEU BAR OU RESTAURANTE COM A “SACOLA SURPRESA”

Conheça como bares, restaurantes, padarias e mercados podem conquistar clientes no bairro com venda de itens excedentes em horários de menor fluxo

Evitar o desperdício é um dos maiores desafios em bares, restaurantes com bufês por quilo ou à la carte, padarias, supermercados e hotéis, mas há estratégias que ganham espaço em todo o mundo por aumentar a margem de lucro e reduzir perdas. A venda e retirada no local de sacolas-surpresas após o horário de pico de fluxo, com um conjunto de itens que forme uma refeição, é um bom meio de fazer com que novos clientes conheçam seus produtos e de reduzir perdas. 

Esse é o princípio do aplicativo Refood lançado inicialmente em alguns bairros de São Paulo, que pode ser utilizado também para pequenos estabelecimentos. O cofundador da plataforma, Luciano Tonguinha de Castro, afirma que a ideia é dar no mínimo dois terços de desconto, ou 66%, no preço de tabela, para uma sacola-surpresa de alimentos vendidos perto do horário de fechamento do ponto de venda, ou fora do horário de pico.

AUMENTO NA MARGEM

Segundo o site do app, o incremento na margem de lucro pode chegar a 90% com a redução do desperdício. “As padarias, por exemplo, vivem de fornadas e a da noite não chegará ao dia seguinte, o que gera um desperdício alto nessa jornada. Só que é um produto extremamente apto para o consumo, de altíssima qualidade”, diz o cofundador do Refood. 

Ele explica que existem estabelecimentos de alimentação fora do lar que trabalham com margem de 20% sobre o preço normal. Porém, quando esse item precisa ser descartado, mesmo em condição de consumo, a perda é de 100%. “Se se vou vender esse produto que seria perdido com 70% de desconto, é margem pura de 30%”, afirma Castro.

PARA OS PEQUENOS

O aplicativo não está disponível em todo o território nacional, mas há negociação para estender mais capitais. Mesmo assim, Castro diz que essas práticas são possíveis de serem repetidas em vários pontos de venda. O conceito é que um restaurante, por exemplo, prepare sacolas-supresas, com diferentes itens em cada uma, mas que permitam uma experiência de consumo de um prato-feito. “Boa parte do que forma essa refeição é excedente, mas muitas vezes é preciso complementar com algo que não é excedente para poder entregar uma oferta de qualidade, uma experiência boa para o consumidor porque, no fim das contas, é a marca do estabelecimento que está ali”, explica

Oferecer refeições veganas, com carne, com frango ou saladas, com preços diferentes, é uma boa forma de dar um pouco de chance de o cliente escolher. Especificar o número de itens é outra forma de facilitar a venda, mas a proposta é mesmo fazer com que o consumidor seja surpreendido, experimente novos pratos e que o estabelecimento evite o desperdício.

Assista aqui o vídeo com a entrevista de Luciano Tonguinha de Castro, da plataforma Refood, sobre o princípio da ‘sacola-surpresa’ e suas vantagens para escoar produtos perto da validade, vendê-los com descontos expressivos, agradar a clientela e ainda ter lucro com isto.

Se preferir, pode ouvir a entrevista neste podcast:

ÚTIL EM VÁRIOS RAMOS

Alguns restaurantes por quilo já vendem produtos com desconto após um certo horário, assim como padarias colocam pacotes de doces e salgados que não acabaram de sair do forno, mas estão no prazo de validade, por valores menores. O conceito é semelhante, mas com o fator surpresa. 

Em um restaurante de comida por quilo e fechar às 14 horas, o bufê precisa seguir abastecido até o fim do expediente. Esse estoque pode ser usado e complementado, se necessário, para criar sacolas-surpresas, com preço bem mais em conta. Nas padarias, a venda noturna de um pacote bem variado, com dez itens, pode muitas vezes representar o café da manhã para dois adultos no dia seguinte. 

Nos mercados, existem produtos em hortifrúti que apresentam imperfeições, mas estão aptos para consumo. Na gôndola, o consumidor escolhe os mais bonitos. Na caixa-surpresa, ele receberá aquela maçã  que não está redondinha, mas que tem o sabor tão bom quanto a escolhida na gôndola. Tudo isso, sem desperdiçar alimentos. 

QUALIDADE E SATISFAÇÃO

Castro afirma que a preocupação do vendedor precisa ser a satisfação do cliente. No app, é possível dar notas, fazer comentários e responder uma pesquisa. Os dados são tabulados e entregues aos estabelecimentos, mas podem ser usados para suspender o serviço de um restaurante que não respeite as melhores práticas propostas pelo Refood.

Nos comércios de bairro, a solução é ouvir o comprador, sabendo que é a satisfação dele que o tornará um novo cliente. “Se não for assim, não existe vantagem. Tanto que evitamos ao máximo falar de resto, sobra, lixo, porque na essência não é isso que se comercializa, mas um produto de qualidade, com segurança alimentar, que você comeria se estivesse no estabelecimento”, diz o cofundador do app.

OUTRAS ESTRATÉGIAS

Não fazer todas as sacolas-surpresas iguais é uma forma de fazer com que o cliente experimente mais vezes o serviço do estabelecimento. Se todos os pacotes de um restaurante tiverem os mesmos itens, é provável que o consumidor mude o destino

Ter criatividade na entrega também cria uma experiência melhor. Castro afirma que um supermercado costuma deixar as sacolas fechadas, sobre um balcão, e pedir para que o cliente escolha qual deseja levar. “É como receber um presente de amigo-secreto.”

SEM RISCO DE SUBSTITUIÇÃO

O cofundador do  Refood afirma que não vê risco de os clientes pararem de escolher e comprar os alimentos ou pratos que desejam, em horário de funcionamento normal, devido aos descontos. “Em pesquisa, um dono de restaurante me respondeu que não vê esse risco porque um mesmo cliente não vai com frequência tão grande ao mesmo local. O que vai acontecer com esse tipo de solução, até pelo preço, é que vai aumentar essa frequência e experimentar coisas diferentes, o que talvez faça com que ele volte em outras oportunidades.”

VIDA NO BAIRRO

Já ouviu a campanha “Compre do Pequeno” em algum lugar? A prática de fazer com que o morador conheça e prestigie a experiência no próprio bairro faz parte da estratégia do Refood e também pode fazer parte da estratégia de cada estabelecimento. “Somos um negócio hiperlocal. o que faz sentido é densidade grande no bairro, que conheçam o bairro, que pessoas circulem na sua região e cuidem do bairro”, diz Castro.

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