Dados sobre a evolução no país
O médico cancerologista, Dráuzio Varella, em seu artigo “Ai, que preguiça” alerta: o corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento, portanto, não projetada para o estilo de vida que se leva hoje em dia. Por isso, os efeitos adversos da praticidade contemporânea não demoraram a surgir.
Artigos como esse, que alertam sobre o perigo da falta de atividades físicas na rotina das pessoas têm sido frequentemente publicados. Além de campanhas das diversas áreas de saúde sobre os benefícios da associação de exercícios a um hábito alimentar saudável.
Hoje 33,5% da população adulta das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal praticam o nível recomendado de atividade física no tempo livre. Esses dados são resultado da pesquisa Vigitel, realizada anualmente desde 2006, pelo Ministério da Saúde vem mostrando, entre outros números relevantes, a evolução da prática de atividade física no país.
A edição de 2012, além de outros dados relevantes, apontou que o nível recomendado de atividade física no tempo livre foi maior entre os homens (41,5%) do que entre as mulheres (26,5%).
Entre homens, as maiores frequências foram encontradas em Florianópolis (54,4%), Vitoria (50,1%) e Belém (47,7%), e as menores em São Paulo (34,6%), Joao Pessoa (39,3%) e Natal (39,3%).
Entre mulheres, as maiores frequências foram observadas em Vitoria (37,1%), Distrito Federal (33,0%) e Florianópolis (32,9%), e as menores em São Paulo (22,1%), Salvador (23,2%) e Recife (25,1%).
Para a pesquisa, atividade física suficiente no tempo livre é a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de atividade de intensidade leve ou moderada ou de, pelo menos, 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa.
Para efeitos de cálculos do estudo:
- Atividade com duração inferior a 10 minutos não foi considerada.
- São atividades leves ou moderadas: caminhada, caminhada em esteira, musculação, hidroginástica, ginástica em geral, natação, artes marciais, ciclismo e voleibol.
- São atividades físicas de intensidade vigorosa: corrida, corrida em esteira, ginástica aeróbica, futebol, basquetebol e tênis.
É importante observar que a pesquisa não investiga o local no qual as pessoas se exercitam e que as repostas de mais de 45 mil pessoas nas localidades estudadas embasam a elaboração do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas no Brasil 2011-2022 do Ministério da Saúde.
Nesse sentido, está o Programa Academias da Saúde, que visa contribuir para a promoção da saúde da população a partir da implantação de espaços públicos construídos com infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados para o desenvolvimento de práticas corporais; orientação de atividade física; promoção de ações de segurança alimentar e nutricional e de educação alimentar, bem como outras temáticas que envolvam a realidade local; além de práticas artísticas e culturais (teatro, música, pintura e artesanato), seguindo os princípios norteadores do Sistema Único de Saúde.
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