O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, e segundo maior consumidor do produto, apresenta, atualmente, um parque cafeeiro estimado em 2,3 milhões de hectares. São cerca de 287 mil produtores que, fazendo parte de associações e cooperativas, distribuem-se em 15 Estados. Com dimensões continentais, o país possui uma variedade de climas, relevos, altitudes e latitudes que permitem a produção de uma ampla gama de tipos e qualidades de cafés. Acompanhe, abaixo, as principais características do mercado. Afinal, conhecimento é um fator que aprimora a qualidade do produto.
Mercado interno e externo
Em 2012, a produção de café no Brasil atingiu o montante de 50,8 milhões de sacas de 60 kg. Além disso, o produto representou 6,7% de todas as exportações brasileiras do agronegócio, que chegaram a aproximadamente 28,7 milhões de sacas de 60 kg, com faturamento de US$ 6,5 bilhões.
Os principais destinos das exportações brasileiras de café verde foram Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão; café solúvel – Rússia, Estados Unidos, Ucrânia e Japão; e café torrado e moído – Estados Unidos, Itália, Argentina e Japão.
A maioria dos produtores de café se organiza em cooperativas de trabalho para facilitar as transações comerciais, tanto para a venda do produto, como aquisição de insumos, participação em eventos, capacitações, principalmente em um momento em que mercado exige mais qualidade ao produto final comercializado. As cooperativas se destacam como as principais compradoras do produto, depois as empresas de torra, solúveis e corretores.
Tendências
O café coado/filtrado é consumido por 93% da população, mas o consumo de café expresso, café instantâneo, cappuccino, descafeinado e orgânicos apresenta crescimento. O segmento de cafeterias apresenta evolução e tem potencial de crescimento de 20% ao ano, sendo esse ramo com grande potencial de investimento e exploração para os grandes eventos esportivos, devido a grande circulação de pessoas e hábitos comuns de frequentar ambientes tipo cofee shops.
Além das lojas e lanchonetes, os bares, as pousadas e hotéis demandarão do café torrado e moído de qualidade, para serem servidos aos hóspedes e haverá diferentes mercados para diferentes tipos de produtos nesse segmento, dos mais convencionais aos gourmets dependendo do público, de sua renda e exigência. Outras tendências apontadas são a valorização e diversificação a partir de diferentes sabores e aromas do pó de café, com diferenciações como: suave & forte; aromático & refinado, forte & encorpado, com identificação específica na embalagem para facilitar a escolha pelo cliente.
Qualidade
Produtos com certificação de origem e indicação geográfica começam a se destacar no Brasil. O reconhecimento da fama, tradição e qualidade de produtos com o selo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) são a garantia de um mercado diferenciado, como já acontece com uma parcela significativa de produtores de café. O selo certifica que o produto de uma região atende um padrão diferenciado de produção.
Para isso, os agricultores necessitam se enquadrarem em diversas normas como as que contemplam adequação para equipamentos e defensivos, normas especificas para cafés gourmet, como também normas ambientais de coleta seletiva de lixo, manutenção de áreas de reserva legal, entre outras normas para obtenção do selo e muitos já participam inclusive de mercados futuros junto a países como a China.
Para saber mais sobre o segmento, acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Informa%C3%A7%C3%B5es-de-mercado-sobre-caf%C3%A9-goumert-e-org%C3%A2nico