Os cultivos de frutas, verduras, legumes e grãos produzidos por pequenos produtores rurais resultam na maioria dos alimentos consumidos no Brasil. Para continuar a obter o sucesso com esse consumo, a agricultura familiar deve estar atenta a aspectos gerais que envolvem os negócios, como economia solidária e tendências de mercado.
Isso porque, mais do que a venda de produtos, esse comércio provoca uma transformação na qualidade de vida dos envolvidos, pois opera respeitando questões sociais e ambientais, além de incentivar uma produção responsável e o consumo ético.
Respeito à legislação trabalhista, sustentabilidade, igualdade de gênero, combate ao trabalho infantil, redução de intermediários, empreendedorismo com vínculos na comunidade, segurança no ambiente profissional e produção orgânica compõem o conjunto de práticas dessa forma de pensar as relações de mercado.
Há que se lembrar, também, que preço e paladar estão, muitas vezes, fortemente relacionados à decisão do consumo de determinados tipos de alimentos. No caso das frutas, essa realidade não é diferente. Estudo realizado em todo o Brasil pelo Instituto CNA, em parceria com o SENAR, comprovou que a inclusão de frutas na lista de alimentos consumidos nos lares brasileiros tem correlação direta com a classe social.
A justificativa, segundo os pesquisadores, é o fato das frutas serem consideradas caras pelas classes mais baixas, que costumam optar por produtos que trazem maior sensação de saciedade, como as carnes.
Vale ressaltar, ainda, a importância da agricultura familiar para a alimentação escolar. Em centenas de municípios brasileiros, os pequenos produtores rurais são os principais fornecedores do alimento servido aos meninos e meninas que frequentam as escolas públicas.
Quer saber mais sobre como se estabelecer e conquistar mercados com a agricultura familiar? Acesse: http://www.sebrae2014.com.br/Sebrae2014/Alertas/Cartilha-da-agricultura-familiar-facilita-acesso-ao-mercado-e-programas-federais-e-estaduais#.Uz24HW1VZpc