Ao longo da história, cada povo desenvolveu sua bebida típica a partir das matérias-primas que dispunha para produzi-las. No Brasil, não foi diferente. No período colonial, em meio às imensas plantações de cana-de-açúcar, teve início a produção da cachaça, um dos símbolos do país.
Quase cinco séculos depois, a cachaça reflete a alma do povo brasileiro com sua diversidade. Na Bahia, segundo produtor de cachaça de alambique do país, a bebida é produzida dentro dos padrões de qualidade exigidos pelos melhores mercados consumidores e, por isso, vem conquistando o mundo.
As etapas para a produção da cachaça artesanal, ou de alambique, começam no plantio da cana de açúcar e passam pela sua colheita, a fermentação, a destilação em alambiques de cobre e o envelhecimento em tonéis de madeiras nobres. Este processo confere à cachaça da Bahia características exclusivas, como: aroma atraente, suavidade e sabor peculiar.
O setor de cachaça da Bahia envolve aproximadamente 1.500 empresas formais e cerca de 30 mil produtores informais, gerando em torno de 10 mil empregos formais e cerca de 200 mil informais. O Sebrae apoia iniciativas dos produtores de derivados de cana de açúcar dos municípios de Paulo Afonso, Itanhém, Lajedão, Mucuri, Nova Viçosa, Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã.
Algumas marcas da cachaça baiana já são destaques no cenário nacional e internacional. Um exemplo é a Cachaça Abaíra, produzida pela Associação dos Produtores de Aguardente da Microrregião de Abaíra (Apama).
A fábrica é resultado da iniciativa dos produtores de cachaça locais que, em 1986, iniciaram o processo de organização associativa e, com isso, implantaram a primeira fábrica de cachaça comunitária dessa microrregião.
Em Paulo Afonso, a Associação dos Produtores Agrícolas do Baixo Araticum (Apaba) é fruto da união de 16 empresários do município. Outra associação importante é a Cooperativa de Produtores de Derivados de Cana-de-Açúcar (Coodecana) da região do Rio Gavião. A cooperativa produz duas marcas: Matinha e Nascente do Taquaril.
O Sebrae tem estimulado, ainda, os produtores dos municípios de Itanhém, Lagedão, Nova Viçosa e Mucuri, no Extremo Sul do estado a produzir cachaça de qualidade dentro das normas e padrões legais. A medida visa aumentar a participação da cachaça nas exportações nacionais. Menos de 1% do volume total produzido é destinado ao mercado internacional.
Por ser uma bebida tipicamente brasileira, tentando ganhar espaço num mercado altamente competitivo, a evolução do processo produtivo é fundamental para que os produtores ganhem competitividade e consigam alcançar o mercado externo.
Uma das ações do Sebrae nesse sentido é a certificação de cachaças. O selo tona mais fácil o acesso de novas marcas ao mercado internacional, além de agregar valor ao produto, que passa a ter um “atestado de qualidade”. Para receber o certificado, o produto precisa estar em conformidade com as regras do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial que estabelece critérios rígidos aplicados a cada fase da produção, visando questões sanitárias e a qualidade final do produto.
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