Por Luciana Pecegueiro Furtado*
O Sebrae fez um levantamento da vida urbana moderna e seu impacto nas relações de consumo. O estudo analisou as conseqüências da intensificação da urbanização. Em 100 anos, a população que vive em grandes cidades passou de 5% para 50% (2008). As projeções avisam que esse percentual chegará a 70% em 2050.
Qual a conseqüência disso para o consumo? Como as novas condições de vida se demonstram nesse ambiente? Como as micro e pequenas empresas podem aproveitar as oportunidades daí emergentes?
O estudo demonstra que essa tendência é caracterizada pela escassez de tempo, consequência da multiplicidade de papéis que as pessoas assumem. São novos padrões no comportamento de consumo, e as empresas devem se propor a resolver os problemas emergentes, focado na economia de tempo.
As novas necessidades que se deve responder são: sofisticação, indulgência, bem-estar e praticidade e conveniência. É importante considerar que a conveniência tem gerado maior impacto, assim, conveniência e praticidade são, acima de tudo, as principais prioridades. Com isso, têm grande potencial embalagens econômicas, comida instantânea, compras on-line, lojas perto de casa, lanchonetes e restaurantes, fast foods, lojas de conveniência e serviços de pronta-entrega.
Faça negócios nos centros urbanos
As empresas podem desenvolver algumas estratégias para atender as demandas decorrentes da vida urbana. Confira algumas melhoras que os negócios podem adotar ou ofertar:
• Embalagens fáceis de abrir, com fechamento firme;
• Embalagens econômicas, com porções individualizadas;
• Embalagens com design e informações sobre os benefícios à saúde do produto;
• Práticas relacionadas à sustentabilidade;
• Canais de distribuição focados em pequenos estabelecimentos, que atendem localmente;
• Produtos e serviços pela internet.
E não basta apenas ofertar, mas é preciso também promover uma exposição maior dessas mercadorias na loja ou supermercado.
No próximo post, veremos um dos segmentos com maior potencial para essa vida urbana corrida: alimentos.
*Luciana Pecegueiro Furtado é da Unidade de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae