Os consumidores estão interligados como nunca!
Na China emerge mais um fenômeno que promete não respeitar as fronteiras políticas: o tuangou, ou compra em grupo.
A estratégia é adotada pelos chineses e consiste em pessoas, às vezes conhecidas, mas possivelmente estranhas, conectadas à internet e que concordam em fazer uma compra com o fornecedor via web para ganhar descontos. O grupo concorda em comprar o mesmo item e como resultado os clientes ganham o desconto e a empresa o ganho de escala. Assim, as pessoas se comunicam para mostrar o interesse por um mesmo produto e identificar os possíveis interessados; dessa forma, todos em busca de seu interesse, promovem a competitividade.
O fenômeno tem como base a conectividade entre os consumidores e demonstra uma nova conduta de compra para a qual as empresas devem estar atentas. É necessário analisar as informações disponíveis dos consumidores por meio das redes sociais que utilizam, sempre dinâmicas e diretas. A percepção sobre essa coletividade é muito importante.
Essa revolução partiu de consumidores interligados e que partilham suas experiências de compra. Tais experiências são fundamentais para as empresas. Em uma entrevista ao canal Management TV, Mike Walsh, autor do livro Futuretaintenement, defendeu que para as empresas terem conhecimento de como inovar elas devem buscar as informações fornecidas por clientes insatisfeitos, que apresentam suas reclamações. Segundo ele, provavelmente as potenciais inovações que diferenciariam uma empresa estão no departamento jurídico, em processos de consumidores. No caso das pequenas empresas, as mínimas percepções devem ser investigadas com o mesmo afinco: provavelmente ali residem as oportunidades de diferenciação de um produto e de uma marca.
Ainda nessa vertente, é crescente a valorização da antropologia no mercado, tendo em vista o crescente reconhecimento da necessidade de se compreender o comportamento do consumidor. A informação gerada pelos consumidores, com a virtude das redes sociais, é crescente. Não é à toa que Mike Wash afirmou que “o futuro do marketing está na informação”. Um exemplo utilizado foi o caminhão de tacos de coreanos em Los Angeles, nos Estados Unidos, que publica no Twitter sua localização diária, gerando seguidores, mantendo suas filas grandes e o interesse maior ainda.
As redes sociais demonstram seu poder de mobilização. Calcula-se que uma pessoa atinge em média outras 150 por meio das redes sociais no mundo interconectado.
As empresas devem buscar continuamente melhorar a comunicação e vislumbrar o potencial de tempos com predominância da web e celular. Esses podem potencializar as vendas e a imagem da empresa de forma simples e ágil.
Luciana Pecegueiro Furtado
Da Unidade de Acesso a Mercados