A embalagem é um componente decisivo para o sucesso comercial de praticamente todos os produtos.
O consumidor, conforme pesquisa realizada pela ABRE (Associação Brasileira de Embalagem), é fortemente influenciado pela embalagem no momento da compra.
Ela é o vendedor silencioso de um produto.
Se alguém duvida que muitos produtos sejam adquiridos pelo simples fato de que sua embalagem é completamente diferente dos outros, é só começar a perguntar por aí quem gostaria de tomar um café e depois comer a xícara. Com essa ideia, o designer venezuelano Enrique Luis Sardi, junto com a empresa italiana de café Lavazza, lançaram no mercado a xícara comestível. Feita de uma massa coberta com um açúcar especial, ela funciona como um isolante fazendo com que a xícara fique impermeável e que não se dissolva, deixando um gostinho especial no café.
Em Paris, capital da França, já existe um bar só de alimentos condicionados em embalagens comestíveis.
O engenheiro biológico e professor de Harvard, David Edwards, provocou uma discussão, em sala de aula, sobre a possibilidade de criar embalagens comestíveis inspiradas nas propriedades de contenção das cascas de frutas como uvas e maçãs. Edwards descobriu que essas cascas são compostas por partículas insolúveis, que protegem a polpa de bactérias e agentes externos. O engenheiro fundiu células de laranja e de chocolates com carboidratos para replicar a estrutura. O resultado dos 15 anos de trabalho do pesquisador é uma membrana orgânica, capaz de conter iogurte, café e diversas bebidas alcoólicas, cujas propriedades de conservação são similares às das embalagens convencionais.
No final de 2012, a rede de fast-food Bob’s decidiu distribuir, por um dia, embalagens de sanduíches comestíveis em seus estabelecimentos. Quem decidiu comer por lá nem precisou tirar o papel do hambúrguer para matar a fome. A embalagem distribuída era branca e tinha textura muito semelhante aos pacotes que estamos acostumados a ver junto aos produtos da marca.
Diante de inovações como essas, é possível observar que o setor de embalagens antecipa um momento de grandes transformações na forma de consumo dos produtos. As embalagens comestíveis é claro que são 100% sustentáveis e se, no varejo, a sua função principal é atrair e seduzir para vender, as embalagens comestíveis estão cumprindo muito bem o seu papel.
Mas, em geral, as funções tradicionais das embalagens vão muito além. São muito mais abrangentes, pois do ponto de vista logístico, cabe-lhes proteger o produto da origem ao destino, inclusive estendendo seu prazo de vida (shelf life) e viabilizando sua distribuição e identificação. O fato é que as embalagens são determinantes tanto na hora da escolha de um produto como também em todos os processos pelos quais ele passa.
O desenvolvimento de um elemento tão importante na vida de um produto é realizado por especialistas em agências de propaganda, consultoria de marketing ou no departamento de design.
A ABRE alerta que, para o consumidor, o produto e a embalagem se confundem como um único elemento. Por isso devem estar em plena sintonia com os valores da sociedade e parâmetros globais do mercado.
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