Babs Ryan e Gabriel Brigidi, especialistas em inovação estratégica e em inovação da ThoughtWorks, respectivamente, publicaram recentemente um artigo apontando tendências inovadoras para o Varejo vão fazer muitas empresas a vencerem a concorrência.
“A cara do varejo está constantemente mudando, e nos próximos anos varejistas continuarão a surpreender a todos com sua capacidade de inovar e criar experiências fantásticas em suas lojas. O que não mudará, contudo, é que o cliente é, e sempre será, o principal ator do negócio”, destacam no artigo.
Em geral, são ações que fazem os consumidores terem experiências inspiradoras e emocionantes dentro da loja, e isso é determinante para que divulguem o negócio e queiram voltar.
Os varejistas inovadores estão mudando a forma de integrar o virtual e a loja física. “Estão oferecendo aos seus clientes uma experiência de consumo totalmente diferenciada. Este é o futuro do varejo: ser a fusão entre invenções de alto impacto emocional e experiência centrada no cliente”, afirmam os autores.
Confira algumas tendências inovadoras que devem fortalecer o varejo nos próximos anos:
– Interfaces humanas e interação em múltiplos canais
Os autosserviços digitais e móveis caem por terra com a Geração Y, que é duas vezes mais propensa a fazer compras em companhia de amigos e evitar o isolamento, como fazia a geração de seus pais.
Interfaces humanas e interação em múltiplos canais são as apostas para os próximos 10 anos. Sistemas de atendimento eletrônico – URAs – serão menos utilizados assim que departamentos de atendimento ao cliente perceberem que esse canal aumenta o ruído na comunicação e não proporciona experiências satisfatórias aos consumidores.
– Experiências sociais enriquecedoras
Para ampliar a experiência nas lojas, varejistas, companhias aéreas, bancos e academias intensificarão a união com cafés, bares, cursos e clubes. Nos próximos 10 anos, conquistarão mais clientes aqueles que juntarem estabelecimentos e marcas já consagrados, e não os que tentaram sozinhos se tornar badalados pontos de encontro.
– Impacto das residências menores no Varejo
Haverá uma migração urbana da Geração Z para apartamentos menores, o que resultará em um aumento de “armários em nuvem”, inspirados por e-varejistas como Rent the Runway e, no Brasil, a Dress & Go. Redes como C&A e Zara ainda representarão o modelo de varejo de “ir à loja”, mas a tendência de “usar apenas uma vez” se tornará mais popular.
Modelos baseados em aluguel e assinatura crescerão muito e darão aos consumidores opções que vão além de vestuário: de organizadores de eventos alugando vestidos de noivas a lojas de móveis oferecendo serviços de aluguel de mobiliários sazonais e itens de decoração.
– O 3D e as compras virtuais
A expectativa é que, em 10 anos, as impressoras 3D estejam presentes em muitos lares, o que aumentará a oferta de serviços de entrega instantânea de produtos, por meio de download direto e impressão 3D em casa. Se alguém, por exemplo, gostou de um par de brincos usado no último desfile em Milão, tudo o que precisará fazer é comprar online e imprimir em casa. Impressionante, não?
– Tecnologias que facilitarão a compra virtual
Acredita-se que em 2025 a compra virtual será a mais utilizada, sobretudo através de dispositivos como o Google Glass; o Occulus Rift, do Facebook; e outros que surgirão para batalhar pela liderança do mercado de shoppings virtuais. No futuro, consumidores terão a opção de comprar em lojas físicas interativas, ou usufruir da conveniência de comprar de casa imergindo em lojas virtuais, ou ainda participar de desfiles de moda virtuais ou selecionar itens de seus próprios guarda-roupas digitais.
– Atender realmente ao interesse do cliente
Hoje varejistas defendem “foco no consumidor”, “envolvimento do cliente” e “omni-channel”, porém focam prioritariamente em operações, canais de venda, entregas, descontos e produtos – não em pessoas. Nos próximos 10 anos, terão mais sucesso os varejistas que inovarem pensando nas pessoas, e não em canais. Mas os melhores mesmo serão aqueles que buscarão entreter, e não apenas engajar, os seus consumidores – afinal, mais tempo em loja representa mais compras realizadas.
Com informações da CIO.
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Edição: Fernanda Peregrino, da FC Comunicação.