Em junho deste ano ocorre no Rio de Janeiro a Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável). Com a proximidade da realização do evento, tem crescido o número de notícias e publicações sobre Economia Verde. Há em diversas mídias vários relatos de bons exemplos e boas praticas de produção sustentável.
Certamente, a Economia Verde apresenta boas oportunidades de negócio para as MPEs. Aproveitando que o tema está na agenda setting, faço algumas considerações que as empresas de micro e pequeno porte devem fazer se quiserem lucrar com a sustentabilidade.
Produção e consumo sustentável
Para que ocorra a Economia Verde, temos que ter produção e consumo sustentável. Apesar de a ampliação da produção sustentável ainda ser um desafio, os produtos ecológicos começam a deixar de ser nicho e passam a ter parcelas significativas em alguns mercados. Os alimentos de base orgânica ganharam, por exemplo, mais espaço nos supermercados, que aumentaram o número de gôndolas com esses produtos. Também cresceu a quantidade de lojas especializadas em produtos sustentáveis.
Segundo o Instituto Akatu, a barreira do diferencial de custo também vem caindo nos dois sentidos: o consumidor concorda, cada vez mais, em pagar um diferencial de preço pelo produto sustentável; e o custo de produção vem reduzindo frente à produção tradicional, em especial na área de alimentos, o que contribui para a redução de preço.
Outra ponto positivo, que contribui para o crescimento deste mercado, é a melhoria da comunicação com o consumidor. Hoje, há campanhas que esclarecem dúvidas sobre os processos de produção e apontam os impactos dos produtos verdes na saúde e no meio ambiente. Além disso, o estabelecimento de processos de certificação de produtos, serviços e processos de produção verde facilita a interação fornecedor/cliente, com melhor resultado para o consumidor e menor custo para o produtor.