Foi-se o tempo em que, no Brasil, moda significava padrão.
Hoje o que atrai o consumidor é a fuga do óbvio. Com isso, um importante elemento está em cena: a criatividade.
A expressão da diversidade da cultura brasileira inspirando o desenvolvimento de coleções no segmento do vestuário tem produzindo uma gama de oportunidades no mercado tanto nacional como internacional. São oportunidades que permitem a inclusão de profissionais e empresas anteriormente não favorecidas, uma vez que, atualmente, a aplicação do conceito de brasilidade reflete positivamente na definição dos preços dos produtos e serviços.
O Relatório de Economia Criativa – Uma opção de Desenvolvimento Viável – de 2010, ressalta que os números do comércio mundial para indústrias criativas são clara evidência de que estas se constituem como um novo setor dinâmico no comércio mundial. A magnitude e o potencial do mercado mundial de produtos da indústria criativa são enormes, e só recentemente foram reconhecidos.
A economia criativa em geral e as indústrias criativas, em particular, estão realmente abrindo novas oportunidades para que os países em desenvolvimento deem um salto nos setores de alto crescimento da economia mundial, e aumentem a sua participação no comércio mundial.
Porém, fica claro que existe necessidade de maior apropriação destas oportunidades quando se compara o desempenho da economia criativa do mercado externo com a do mercado interno. A economia criativa representa de 8% a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010), a contribuição dos segmentos criativos foi de 2,84% do PIB nacional.
Oportunidades
A Tecnologia, a demanda e o turismo são os três impulsionadores da economia criativa. O aumento deste último, por exemplo, continua acontecendo em todo o mundo, estimulando o crescimento das indústrias que vendem bens criativos e serviços culturais nesse mercado.
A Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olimpíadas de 2016 com suas abrangências de mídia e de público vão iluminar a pluralidade brasileira. Nestas ocasiões, em que o turismo movimentará o País, novas perspectivas são abertas para as empresas brasileiras.
De acordo com o Relatório de Economia Criativa, as empresas de pequeno e médio porte (PMEs) – muitas das quais são micronegócios ou profissionais liberais – predominantemente preenchem as várias fases das cadeias de fornecimento de produtos criativos em muitos países. Fato que não poderá ser diferente no Brasil.
A base das indústrias criativas está nas diferentes formas de expressão do país: canções, danças, poesias, histórias, imagens e os símbolos que são o patrimônio singular da terra e do povo.
Conhecer e transmitir as tradições culturais permite suas constantes reinterpretação e adaptação a novos formatos. Cultura acessada pelas pessoas de várias maneiras diferentes. Na indústria têxtil, por exemplo, ocorre na concepção de estilos e estampas das roupas.
Assim, a indústria criativa transforma conhecimentos tradicionais em produtos e serviços criativos que reflitam os valores culturais de um país e de seu povo.
Ao mesmo tempo, esses produtos também têm um potencial econômico; eles podem estar em demanda pelos consumidores locais ou podem entrar nos canais de marketing internacionais para satisfazer a demanda dos consumidores de outros países.
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