O uso do celular como canal de vendas foi um dos assuntos mais abordados na NRF 2015, maior feira e congresso do Varejo que ocorre todos anos em janeiro na cidade de Nova Iorque.
No painel “The mobile shift: using mobile moments to influence and drive commerce”, a vice-presidente da Forrester Research, Julie Ask, apresentou dados de estudo realizado por sua empresa sobre o uso do celular. O levantamento da Forrester aponta que 21% dos clientes querem fazer tudo pelo celular; e em dois anos, esse número vai subir a 50% dos consumidores.
A pesquisa também mostra que as pessoas dão uma conferida no celular de 150 a 200 vezes por dia. Cada acesso deste representa uma oportunidade de se conectar ao cliente, nem que seja através de simples notificações ou sinais de áudio.
Segundo a vice-presidente, a maioria das empresas não tem uma estratégia para conseguir aproveitar “essas conferidas”. “Somente 4% das empresas que pesquisamos têm os recursos necessários para atender as necessidades digitais do cliente”, afirma Julie. “Trata-se de uma tarefa dificílima, pois a expectativa do cliente é ter aquilo que ele quer imediatamente”, ressalta.
Mobilidade e facilidade
Para aproveitar esta oportunidade e fazer negócio, não basta estar na internet, é preciso ir atrás dos consumidores. Os varejistas têm o grande desafio de entender as necessidades dos clientes, e como elas mudam de acordo com as condições e os momentos vividos por eles.
Por exemplo, uma pessoa que vai viajar pode reservar sua passagem, através de um aplicativo no celular. Dois dias antes da viagem, pode querer trocar o assento ou pedir um upgrade. Já no dia da viagem, a necessidade passa a ser diferente: descobrir onde estão as lojas e lanchonetes no aeroporto ou mesmo a direção certa para o portão de embarque. Já durante o voo, aquela pessoa quer saber a que horas o avião vai pousar e outras informações.
Todos esses pontos de contato precisam ser trabalhados pelas empresas. Os benefícios, segundo Julie Ask, são os seguintes:
- O Marketing Mobile estimula compras por impulso. A Wtso, revendedora digital de vinhos, criou uma estratégia de mensagens eletrônicas e chegou a aumentar suas vendas em 70 % durante as ações.
- A influência que vem dos usuários de smartphones é importantíssima. O impulso online pode elevar o fechamento da venda em 15%.
- As promoções em dispositivos móveis podem mexer seriamente com o comportamento dos consumidores. Uma fabricante de artigos esportivos recentemente mandou uma mensagem eletrônica aos frequentadores de um shopping, avisando que eles teriam direito a um desconto de 99% sobre qualquer produto da loja. Havia, porém, uma pegadinha: o desconto iria diminuir um ponto percentual por segundo, o que provocou uma correria no local. O recorde foi de um rapaz que conseguiu um desconto de 87%.
Com informações da GS&MD.
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Edição: Fernanda Peregrino, FC Comunicação.