No Brasil, estima-se que a atividade mandioqueira proporcione uma receita bruta anual equivalente a 2,5 bilhões de dólares (IBGE, 1998) e uma contribuição tributária de 150 milhões de dólares. A produção de mandioca, que é transformada em farinha e fécula, gera, respectivamente, receitas equivalentes a 150 a 600 milhões de dólares.
A mandioca pode ser classificada em dois tipos. De “mesa”: comercializada na forma in natura; e para a indústria: transformada principalmente em farinha e fécula que, junto com seus produtos derivados, têm competitividade crescente no mercado de amiláceos para a alimentação humana, ou como insumos em diversos ramos industriais, como o de alimentos embutidos, embalagens, colas, mineração, têxtil e farmacêutica.
Tradicionalmente, as cadeias são compostas basicamente de quatro segmentos/elos: sistema produtivo, processamento, distribuição e consumo. Além disso, há a indústria de insumos e bens de capitais e os ambientes organizacionais e Institucionais que completam todo o agronegócio.
Apesar da grande diversidade, o sistema produtivo da cadeia de mandioca apresenta três tipologias básicas: a unidade doméstica, a unidade familiar e a unidade empresarial. A primeira é caracterizada por usar mão de obra familiar, não utilizar tecnologias modernas, pouco participar do mercado e dispor de capital de exploração de baixa intensidade. A segunda adota algumas tecnologias modernas, tem uma participação significativa no mercado e dispõe de capital de exploração em nível mais elevado. A contratação de mão de obra de terceiros é a característica marcante da unidade empresarial. Essas unidades, juntamente com as unidades do tipo familiar, respondem pela maior parte da produção de raízes no Brasil.
Oportunidade
O segmento de processamento da cadeia de mandioca está quase em sua totalidade relacionada com o uso das raízes: farinha ou fécula. A escala de operação das indústrias de processamento de farinha vai desde as pequenas unidades artesanais de processamento (comunitárias ou privadas) existentes no Brasil como um todo, até unidades de grande porte que processam, em média, 300 sacas de farinha por dia, passando pelas unidades de médio porte que possuem capacidade instalada para processar 100 sacas por dia. Estima-se que, no Paraná, existam mais de 200 farinheiras concentradas na Região de Paranavaí.
A maioria das fecularias possui capacidade operacional para moer, no mínimo, 150 tomeladas de mandioca por dia (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca, 1998).
Além das formas de processamento citadas anteriormente, na cadeia de mandioca são identificados outros produtos de importância econômica regional e produtos que são comercializados de forma informal. Esses produtos, a exemplo da raspa de mandioca, apresentam potencialidades de mercado caso seja melhorado o processo de organização da comercialização. A baixa utilização da parte aérea também proporciona produtos que podem ser utilizados na alimentação humana e animal.
Para saber mais sobre o segmento, acesse: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Busca?q=mandioca