Alguns setores da economia brasileira estão crescendo de forma diferenciada e continua. O setor de Comércio cresceu nas faixas de 5% a 7% ao ano, puxados pela maior oferta de crédito ao consumo, mobilidade social e políticas de inclusão social – responsável pelo aumento de negócios e postos de trabalho em todo o território nacional.
Um ponto de atenção é que comércio competitivo pode significar aumento de importações.
O setor de Serviços começa a crescer no País. Isto revela a maturidade de nossa economia, uma vez com este segmento cumpre seu papel de agregador de valor. Aqui, o desafio é a qualidade do serviço como diferenciador. De todo modo, este segmento se fortalecerá nos próximos anos, gerando mais negócios e postos de trabalho e melhores oportunidades.
A indústria, que passa por um momento difícil, precisa dar a volta por cima. Uma nação desenvolvida e forte não pode carecer de uma indústria robusta e diversificada. O setor industrial brasileiro precisa ser competitivo e inovador, não só para dar suporte ao novo ciclo de desenvolvimento pelo qual estamos passando, mas para contribuir para a sustentabilidade deste desenvolvimento.
Para isso, é necessária uma convergência de ações estratégicas, como políticas de apoio à inovação e o uso do poder de compra, acopladas aos instrumentos de investimento e capacitação de recursos humanos. Este alinhamento estratégico permitirá, num horizonte não muito distante, recuperar e reconverter a posição de nosso parque industrial.
Agronegócio
O agronegócio hoje tem participação significativa no PIB e na geração de postos de negócio. Garante os saldos positivos de nossa balança comercial e uma interiorização mais equilibrada de geração de riqueza, reduzindo as discrepâncias. Este setor precisa continuar seu papel de estabilizador do momento econômico e de defensor dos recursos naturais.
Atualmente, há políticas de apoio que integram crédito para a agricultura familiar e empresarial, seguro e assistência técnica, baseada em tecnologia desenvolvida aqui e comprometida com nossos biomas. O resultado dessa combinação é adequação dos processos de produção e dos produtos aos padrões internacionais; incremento da produtividade no meio rural; e maior competitividade em várias culturas e tipos de criação.
Entretanto, o desafio do uso de boas práticas de produção e gestão continua. Se somarmos as boas práticas de produção e gestão ao associativismo, conseguiremos minimizar nossos problemas de logística e desperdício.
Hoje temos uma atividade produtiva que vem se espraiando por todo território nacional, reduzindo diferenças e preservando a heterogeneidade e o meio ambiente. Uma atividade produtiva que começa a dar prova de sua capacidade inovativa, e com isto acessando a novos mercados.
Locomotiva em pleno vapor
A economia brasileira já se posiciona de forma competitiva entre as maiores do mundo, partindo de um mercado interno robusto e que se insere internacionalmente de forma diferenciada, seja pela sua competitividade na oferta de diversos produtos, seja pela sua capacidade de surpreender na lógica da criatividade.
Esta é uma década-chave para inserção competitiva do País no mercado internacional, por meio da visibilidade decorrente dos megaeventos que aqui ocorrerão ou em função de algumas janelas de oportunidade das quais temos nos beneficiado. A recente crise climática pela qual o mercado americano passa permitiu uma colocação adicional de nossas commodities agrícolas naquele mercado.
Ser competitivo, fortalecendo nossa produção sustentável com inclusão socioprodutiva, pode dar suporte a este momento de desenvolvimento pelo qual estamos passando e também ser diferencial para a oferta de produtos e serviços brasileiros no mercado mundial.
O momento é agora!
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Edição: Fernanda Peregrino, da F&C Comunicação e Projetos